Introdução - É de suma importância saber o significado da "Tiara Papal - Triregnum” - coroa tríplice Papal, que representa o poder supremo do "Pontififex Maximus", retido pelo "soberano dos governos políticos de toda terra", na pessoa do chefe de Estado do Vaticano em Roma. Vejamos:
Texto bíblico: "E vi subir da terra outra besta, tinha tinha dois chifres semelhantes ao de um cordeiro; e falava como dragão. e exerce todo poder da primeira besta, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada" Ap 13.11-12.
O PROCESSO HISTÓRICO:
A Origem da tiara Papal:
Há discordância entre os autores,
quanto à origem da tiara papal. A maioria deles admite ser a tiara originária
do ‘’camelauco’’, uma espécie de barrete frígio, cônico, alto, de tecido
branco, à moda frígia, que do oriente passou a Roma, simbolizando a liberdade;
sendo que, pelo fim do século IV, foi adotado pelos papas. Não se confirmou,
historicamente, a tradicional afirmação de que o Papa Silvestre I recebeu de
Constantino I o camelauco, em sinal da liberdade da Igreja.
O certo é que os papas usavam,
inicialmente o camelauco, símbolo tradicional de soberania no Oriente, com a intenção de portarem uma peça
distinta da mitra dos bispos. A tiara
era usada pelos reis da Ásia em ocasiões de paradas, sendo que ordinariamente
aqueles usavam também uma espécie de mitra. Estando os romanos acostumados com
o título de “Pontifex Maximus” dado à mais alta dignidade da religião, que a
partir de César Augusto foi incorporado pelo imperador, os papas buscaram
estabelecer um vínculo entre o seu poder e os antigos imperadores romanos,
assumindo a cobertura de cabeça dos imperadores romanos do Oriente – os únicos
imperadores romanos que então restavam – e adotando a idéia dos reis assírios e
persas de um “Rei dos Reis”, ou seja um Imperador.
As três coroas da tiara papal:
Os autores também discordam quanto à
afirmação de que Papa teria colocado a primeira coroa na base da tiara, sendo
que alguns dizem ter sido o Símaco; outros, Leão III ou Nicolau I. Muitos
historiadores franceses admitem que esta primeira coroa tenha sido colocada em 1130, sob Inocêncio II, como expressão da
soberania papal sobre o Patrimônio de São Pedro. Outra corrente afirma que
Clóvis, batizado por volta do ano 498, venceu os visigodos, na Batalha de
Vouillé, em 507, graças ao apoio recebido de Anastácio, Imperador do Oriente,
que lhe nomeou cônsul e lhe concedeu o uso dos ornamentos correspondentes à
dignidade de augusto. Na igreja de São Martinho, em Tours, foi revestido destes
ornamentos e teve sua fronte cingida por um diadema, o qual ele ofertou em seguida ao Papa Símaco, constituindo este diadema a
primeira coroa da tiara papal (Pfeffel, Histoire d’Allemagne,
citada por Anquetil, Histoire de France, Paris 1837, título I, p.323). Este
gesto de Clóvis ratificou a afirmação de que a primeira coroa atesta que o Papa
é pai dos reis. Assim esta cobertura de cabeça passou a se chamar Regnum. O termo tiara é citado pela primeira vez, na biografia do Papa
Pascoal II, no Liber Pontificalis, em 1118. Até o
final do século XIII, a primeira coroa era um aro denteado e radiante, quando
então passou a ser adornada de florões e folhas de acanto.
Em decorrência do conflito entre
Filipe, o Belo, e a Santa Sé; em 1301, o Papa Bonifácio VIII acrescenta uma
segunda coroa à tiara papal, para simbolizar a superioridade de sua autoridade
espiritual em relação à autoridade civil. Passou a tiara aser donominada Biregnum. Quanto à terceira coroa, com a qual a tiara passou a ser
denominada Triregnum, os historiadores
divergem quanto à data e quem a acrescentou.
Segundo Pfeffel, foi João XXII que a
acrescentou e o Grande Dicionário Histórico (Grand Dictionnaire Historique), de
Moreri, nas sua sexta edição, dá o Papa Urbano V , e o Dicionário de Expressões
e Fábulas, de Brewer (‘’Brewer’s Dictionary of Phrase & Fable’’ –
millennium edition) dá como autor deste acréscimo o Papa Bento XI ou Clemente
V. Mas, a maioria dos autores admite que, em 1342, o Papa Bento XII acrescenta
à tiara sua terceira coroa, para simbolizar a autoridade moral do Papa sobre
todos os soberanos civis. Com este ato ele também reafirmou a posse e Avinhão.
As duas ínfulas foram acrescentadas
no século XIII, sendo que apenas no início do século XVI foram acrescentados o
globo a cruzeta, como se pode ver na tiara de Júlio II. A primeira tiara de
metal, surgida no período gótico, causou vicissitudes, em razão do poder
temporal que ela representava. Levada para Avinhão, foi reconduzida a Roma, por
Gregório XI e, novamente, transferida a Avinhão, por Clemente VII. Passou
depois à Espanha, com o antipapa Bento XIII, antes de ser retomada por Martinho
V, em 1429, desaparecendo em 1485, quando foi roubada (E. Müntz, La Tiare
pontificale du VIIIe au XVIe s. – Mém. de l’Acad. des Inscriptions, 1897).
Durante a época da Revolução e da
guerras da Itália, os soldados franceses pilharam muitas tiaras, das quais se
perderam os rastros. Restaram entretanto as mais belas: a de Júlio II e de
Paulo III.
AS TIARAS MAIS ANTIGAS:
As tiaras mais antigas foram destruídas, particularmente, a de Júlio II
desenhada por Ambrósio Foppa ao custo de duzentos mil ducados, um terço das
arrecadações anuais dos Estados Pontifícios, na época em que um
pároco recebia vinte e cinco ducados ao ano; e a de São Silvestre Algumas
tiaras antigas foram desmanchadas pelos papas outras saqueadas por invasores
militares. O Papa Clemente VII mandou fundir todas as tiaras e jóias do papado,
em 1527, para reunir os quatrocentos mil ducados pedidos em resgate pelo
exército invasor do Imperador Carlos V. O saque realizado
pelo exército de Louis Alexandre Berthier, em 1798, subtraiu inúmeras tiaras ao
patrimônio dospapas. Demonstrando que a importância da tiara emas
pelo que ela representa do que pelo seu valor material, quando Roma estava nas
mãos dos franceses, o Papa Pio VII exilado em
Veneza, foi coroado a 21 de março de 1800, com uma tiara de papel maché, feita
pelas damas da cidade. Em decorrência do Tratado de Tolentino, o Papa Pio VI as
entrega em pagamento, conservando apenas a de “papel maché”. Muitas tiaras
foram oferecidas aos papas por líderes mundiais e Chefes de Estado, com a
rainha Isabel II de Espanha, o kaiser Guilherme II da Alemanha, e o Imperador Francisco
José I da Áustria.
Após a concordata, Napoleão oferece uma tiara suntuosa a Pio VII, a
chamada “Tiara Napoleônica”, feita com peças das tiaras papais anteriormente
pilhadas.
A última tiara usada numa coroação foi a de Paulo VI, que era
muito mais cônica que as anteriores, sem jóias e gemas preciosas, e que,
seguindo a tradição, foi ofertada ao pontífice eleito pelos fiéis da sua cidade
de origem, no caso Milão.
Vinte e duas tiaras papais chegaram aos dias atuais e maioria dela
estão em exposição no Vaticano. As mais apreciadas são: a chamada “Tiara Belga”
de 1871, a de 1877 e a de 1903.
SINGNIFICADO DA TIARA – COROA TRÍPICE PAPAL ou “Triregnum”
Simbolismo da tiara papal: Os autores dão vários significados
para as três coroas. Sendo que todos se referem a um triplo poder.
O significado das três coroas
evoluiu no decorrer da história. Tradicionalmente,o triplo poder (militar, civil e religioso) era
igualmente exprimido por três títulos:
1. Pai de reis
2. Regente do Mundo
3. Vigário de Cristo
A maioria dos autores assim explicam:
·
A primeira coroa é símbolo do poder da Ordem Sagrada, pelo que o
Papa éVigário de Cristo sucessor de São
Pedro , nomeando os bispos e sendo, por excelência, o grande Pai da Cristandade.
·
A segunda coroa representa o poder do Jurisdição, em virtude do
poder das chaves, ou seja, o de ligar e desligar na terra e no céu.
·
A terceira coroa representa o poder do Magistério, em virtude da
infalibilidade papal. Outros autores dizem que as três coroas expressam as três
fases da Igreja: militante (na terra), padecente (no purgatório) e triunfante
(no céu).
Outra explicação fala das três
funções do papa:
·
Sacerdote: (bispo de Roma)
·
Rei: Chefe de Estado soberano
·
Mestre: árbitro e detentor do magistério supremo, dotado de infalibilidade
Ainda temos que o Papa é para os
cristãos:
·
Sacerdote soberano
·
Grande juiz
·
Legislador
E por fim, outros dividem as coroas
pelos poderes:
Temporal: Chefe de Estado soberano
Espiritual: Chefe da Igreja
Moral: superioridade em relação aos outros poderes do mundo O uso da tiara papal:
Seu uso sempre foi extra-litúrgico,
sendo utilizada na cerimônia de coroação papal e quando o Sumo Pontífice se
dirigia e retornava das funções solenes, como por exemplo nas procissões. Era
também colocada sobre o lado direito do altar (lado das leituras), nas missas
solenes.
Quando usada nas procissões solenes,
e quando o Papa era transportado na sede gestatória. Além disso, a tiara era
usada nos atos jurídicos solenes, como por exemplo as falas ex cathedra , no
uso da infalibilidade papal; e também na tradicional bênção Urbi et Orbi, no
Natal e na Páscoa, cerimônias que prescreviam o seu uso.
Desde Clemente V até Paulo VI todos
os papas foram corados com a tiara e a usaram como símbolo da sua autoridade,
em ocasiões cerimoniais. Os papas não eram limitados a usar somente a sua
tiara, sendo que poderiam livremente, usar outras antigas, de seus
predecessores, desde que lhes adaptassem o tamanho.
A coroação papal:
O primeiro papa a ser solenemente
coroado, depois de sua eleição, foi Nicolau II, em 1059. As primeiras coroações
ocorreram na Arquibasílica de São João Latrão. Porém, tradicionalmente, as
coroações passaram a ser na Basílica de São Pedro, sendo que algumas ocorreram
em Avinhão. Em 1800. Pio VII foi coroado na igreja do mosteiro beneditino de
São Jorge, em Veneza. Desde 1823, todas as coroações ocorreram em Roma, sendo
que até a metade do século XIX, voltaram a ser realizadas na Arquibasílica de
São João Latrão e depois, novamente, em São Pedro. Os papas Leão XIII e Bento
XV foram coroados na Capela Sistina. Pio XI foi coroado na frente do altar-mor
da basílica vaticana.
Já, os papas Pio IX, Pio XII, João XXIII e Paulo VI foram todos coroados no
balcão principal da basílica, para que a multidão da Praça de São Pedro pudesse
visualizar a cerimônia. A primeira coroação a ser filmada e transmitida por
rádio foi a de Pio X II, que durou seis horas e contou com a presença de
diversos reis, príncipes, chefes de Estado.
Considerações finais - Pelo visto nessa matéria, fica provado a autencidade da profecia, historicamente, no livro do Apocalipse, indicando que tudo tem secumprido através dos anos, e que vai se cumprir o que ainda resta, no final dos tempos dos gentios. Então, o mundo verá o cumprimento dessa profecia: "v7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém. v8 Eu sou o Alfa e o èmega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.(...) "Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Senhor Jesus" Ap 22.20 (Pesquisa do Pr Djama Pereira)