Quatro símbolos importantes e misteriosos
Pv 30.18-19- Estas três coisas me maravilham; e a quarta há que não conheço: O caminho da águia no ar; o caminho da cobra na penha; o caminho do navio no meio do mar; e o caminho do homem com uma virgem.
Introdução. Considerando o livro de cantares como um simbolismo da Igreja como uma virgem desposada com um puro e desejado amado, e o amado como o noivo comprometido e fiel - Cristo – que vai honrar e cumprir a sua palavra empenhada até o dia da sua segunda vinda, então, podemos, paralelamente, aplicar nesta metáfora do capítulo 30 e vv 18-19, do livro de Provérbios, a seguinte analogia:
O que é o símbolo? Símbolo é aquilo que, por princípio de analogia, representa ou substitui outra coisa espiritual.
PARALELISMO SIMBÓLICO DO VELHO COM O NOVO TESTAMENTO
Explicação do paralelismo simbólico dos quatros seres (animais) viventes de Ez capítulo 1º e Ap 4.5-7, e dos quatro Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João, respectivamente, a saber:
NO VELHO TESTAMENTO, VISÃO DE EZEQUIEL: “(...) E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem. E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas. E os seus pés eram pés direitos; e as plantas dos seus pés como a planta do pé de uma bezerra, e luziam como a cor de cobre polido. (Nm 19.1-6). E tinham mãos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e assim todos quatro tinham seus rostos e suas asas. Uniam-se as suas asas uma à outra; não se viravam quando andavam, e cada qual andava continuamente em frente. E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro. Ez 1.5- 10.
NO NOVO TESTAMENTO, VISÃO DO APÓSTOLO JOÃO: “E havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás. E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando. Ap 4.5-8.
Em Ezequiel vemos que todos quatro seres tinham nos rostos, cada um, semelhança de quatro seres que estavam unidos em cada rosto, assim: a semelhança de seus rostos era como rosto de homem, e também, de leão, de boi, e rosto de águia todos os quatro. Isto significa que se trata de uma só pessoa com características diferentes por ser revelada, mas que, profeticamente, iriam no futuro se identificar com o Messias e o Filho do Homem, revelando a missão de Jesus como está registrado nos quatro Evangelhos e em Apocalipse 4.6-8..
Já no livro de Apocalipse que é a revelação de Jesus Cristo, houve uma revelação progressiva mais completa, onde aparece O QUARTO ANIMAL COMO UMA ÁGUIA VOANDO, REPRESENTANDO A DIVINDADE DE CRISSTO, que simboliza, também, agora Ele já glorificado como nosso representante entronizado a Direita de Deus Pai, Ler: Ap 3.21 e o capítulo 5.
Esclarecimento: Segundo a tradição judaica dizia que cada estandarte representando as quatro divisões dos exércitos dos príncipes das tribos de Israel, tinha em cada bandeira sua insígnia respectiva, a saber:
a) Da tribo de Judá era um leão -
Símbolo do Evangelho de Mateus que apresenta Jesus como o Rei de Israel da descendência de Davi
Símbolo do Evangelho de Mateus que apresenta Jesus como o Rei de Israel da descendência de Davi
b) Da tribo de Ruben era um rosto de um homem
- Símbolo do Evangelho de Lucas que apresenta Jesus como o Filho do Homem descendente de Adão
- Símbolo do Evangelho de Lucas que apresenta Jesus como o Filho do Homem descendente de Adão
c) Da tribo de Efraim era a cabeça de um boi -
Símbolo do Evangelho de Marcos do Servo sofredor, que apresenta Jesus como o Servo do Senhor, Jesus Nazareno
Símbolo do Evangelho de Marcos do Servo sofredor, que apresenta Jesus como o Servo do Senhor, Jesus Nazareno
d) Da tribo de Dã era uma águia -
Símbolo do Evangelho de João que apresenta Jesus como o Filho Unigênito de Deus. Não tem genealogia porque é eterno sem pricípio de dias, e é o princípio e o fim de todas as coisas. Jo.1.1, 14; Hb 7.1-11; Ap 22.13
Símbolo do Evangelho de João que apresenta Jesus como o Filho Unigênito de Deus. Não tem genealogia porque é eterno sem pricípio de dias, e é o princípio e o fim de todas as coisas. Jo.1.1, 14; Hb 7.1-11; Ap 22.13
Para se entender este simbolismo é preciso se entender o que representa estes quatro seres (animais) viventes olhando adiante o que ainda vai acontecer, e olhando para trás, isto é, olhando o cumprimento das profecias até o primeiro advento de Jesus, e olhando para adiante o que haverá de acontecer profeticamente até o segundo advento de Cristo como o Messias.
Repetindo para uma melhor compreensão. Então, os quatro seres viventes, simbolicamente, representam Jesus Cristo nos quatro Evangelhos, assim:
e) Evangelho segundo Mateus - Como o Leão da tribo de Judá que representa Jesus como o Messias o Rei de Israel, como o Leão da tribo de Judá, é como está escrito em Gêneses, assim: “Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão. Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos. Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas. Os olhos serão vermelhos de vinho, e os dentes brancos de leite. Ler: Sl 2; Zc 9.9; Mt 1.1-17, 20; 2.1-6; 21.1-11; 27.37; Ap 19.11-16.
f)
Evangelho segundo Marcos – Apresenta Jesus como um novilho simbolizando o servo humilde, sofredor, sem genealogia (Is 52,13-14; 53.1-3), era desprezado, homem de dores, experimentado nos trabalhos, viam-nO como o carpinteiro humilde de Nazaré filho de Maria desprezado pelos seus patrícios. Mc 6.1-4.
Evangelho segundo Marcos – Apresenta Jesus como um novilho simbolizando o servo humilde, sofredor, sem genealogia (Is 52,13-14; 53.1-3), era desprezado, homem de dores, experimentado nos trabalhos, viam-nO como o carpinteiro humilde de Nazaré filho de Maria desprezado pelos seus patrícios. Mc 6.1-4.
g)
O Evangelho segundo Lucas – Apresenta Jesus como o Filho do Homem perfeito. Por isto que apresenta a genealogia começando com José indo até Adão e Adão de Deus, que criou o homem a “imagem e semelhança de Deus” , (Gn 1.26) antes da queda pelo pecado. “O terceiro animal tinha o rosto como de homem”.
O Evangelho segundo Lucas – Apresenta Jesus como o Filho do Homem perfeito. Por isto que apresenta a genealogia começando com José indo até Adão e Adão de Deus, que criou o homem a “imagem e semelhança de Deus” , (Gn 1.26) antes da queda pelo pecado. “O terceiro animal tinha o rosto como de homem”.
h) O Evangelho segundo João –
Simbolizado pela águia que voa mais alto e vê tudo de cima, representa a divindade de Jesus Cristo, por isto não tem genealogia e começa apresentando Jesus como o “Logos” eterno, preexistente, no princípio de tudo, como o “Unigênito Filho de Deus”, assim: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens”. Jo 1.1-4; (...) “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. Jo 1.14. (...) Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” Jo 20.31.
Simbolizado pela águia que voa mais alto e vê tudo de cima, representa a divindade de Jesus Cristo, por isto não tem genealogia e começa apresentando Jesus como o “Logos” eterno, preexistente, no princípio de tudo, como o “Unigênito Filho de Deus”, assim: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens”. Jo 1.1-4; (...) “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. Jo 1.14. (...) Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” Jo 20.31.
Isto posto, agora tentaremos explicar os quatro caminhos de Pv 30.18-19:
1. O caminho da Águia voando.
2. O caminha da cobra na penha
3. O caminho do navio no meio do mar
4.
O caminho do homem com uma virgem.
O caminho do homem com uma virgem.
O caminho da Águia voando. O caminho da Águia significa que Deus Pai, onipotente, onisciente e onipresente, está vendo tudo e acompanhando de Sua glória, o processo histórico, desde o primeiro sacrifício do Cordeiro com derramamento de sangue, cuja pele serviu para cobrir a nudez da vergonha do pecado de Adão e Eva (Gn 3; 21. ; Rm 5.12.21; Hb 11.4; 1ª Pe 1.18-20; Ap 5), até a volta de Cristo para reinar. Ap 11.15; 19.7-21. Jesus se revela nesse processo como o Alfa e Ômega, o Princípio e o fim de todas as coisas. Ler: Ap. 1.7-8; 17-18; 21.27; 22.12-17, 20.
O caminha da cobra na penha. Este símbolo indica ser a “antiga serpente” que enganou os nossos primeiros pais no Jardim do Éden, e traiu Jesus entregando-O com um falso beijo ao sinedrio de Israel. Nisto prova que Satanás, disfarçadamente, desliza como uma serpente sobre a “penha do tempo” tentando não deixar rastro. A sua sentença de condenação já estava decretada desde Gn 3.14-15, assim: “Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.
Quanto a penha ou pedra, dar a entender que Satanás trabalha entre as nações, (Mt 4.1-11), ocultamente, traiçoeiramente, inutilmente, “procurando a quem possa tragar”, porém já foi derrotado na Cruz do Calvário por Jesus. Em 1ª Pe 5.8, está escrito assim: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”.
No capítulo 12 de Apocalipse mostra como Satanás, persegue ocultamente, desde o princípio como a antiga serpente, perseguindo o “Filho Varão” (Jesus) quando nasceu em Belém, porém, não conseguiu seu intento. A sentença da “antiga serpente” já está prevista no livro de Apocalipse, assim: “E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele”. Ap 12.7-9. (...) “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo”. Ap 20.1-4.3 (...) “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”. Ap 20.10. (...) Todavia, nossa esperança fica firme assim: “E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém” Rm 16.20.
O caminho do navio no meio do mar. Isto nos faz lembrar a Arca de Noé que foi salva no meio nas águas do dilúvio, com, somente, oito almas, como disse o apóstolo Pedro: “Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água; Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo;" 1ª Pe 3.20-21. (...) “E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios” 2ª Pe 2.5. E o apóstolo Paulo nos mostra que foi pela fé, como também, somos salvos de graça pela fé em Jesus, (...) “Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé”. Hb 11.7.
Como foi mencionado por Pedro a salvação de oito almas sobre as águas como uma verdadeira figura do batismo, então, se conclui que arca é um símbolo da Igreja navegando sobre as nações através do tempo, como se fosse um grande navio sobrevivendo, historicamente, entre os povos. (Ap 2 e 3). Também o apóstolo Paulo diz que Noé como pregoeiro da justiça que é segundo a fé, e, para salvação da sua família preparou a arca, divinamente orientado por Deus. Nisto dá para se entender como figura da Igreja, cuja a salvação é de “graça pela fé em Jesus Cristo, assim: “Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”. Ef 2.7-9.;
O mar representa os povos e as nações como está escrito assim: "E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas”. Ap 17.15; Ap 13.1.
No meio do mar significa que estava no meio do caminho como um tipo da Igreja navegando sobre as águas até a vinda de Jesus para arrebatar os seus que são salvos pelo seu nome. Nesta caminhada através dos anos os mares que representam os povos estão cada vez mais bravios e as tempestades da incredulidade e da apostasia estão aumentando gradativamente. Por isto que Jesus disse: “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem”.
Os sinais proféticos dos últimos dias estão aumentando cada vez mais, indicando que a vinda do Senhor para arrebatar a sua Igreja está mais próximo do que nunca, e a porta da salvação em Cristo Jesus breve se fechará, como está escritoL...) “E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir”. Mt 25.11-13.
Lembre-se que a arca só tinha uma porta de entrada e foi Deus quem a fechou por fora, como também, simbolicamente, a Igreja só tem uma porta que é Jesus, assim: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens”. Jo 10.9. E breve vai se fechar e terminará o tempo do Evangelho da graça.
O caminho do homem com uma virgem. O caminho é longo e tem as marcas de sangue tipificado no Cordeiro pascal, na novilha vermelha sacrificada fora do arraial (Nm 19.1-6), nas pegadas históricas do noivo pela sua noiva querida, desde Gêneses 3.15 até Ap 22.17. Este homem representa Jesus como o noivo amado que deu a sua vida sem pecado, pura e santa, para adquirir, resgatar com o seu sangue a sua esposa querida, como disse o apóstolo Paulo em Ef 5.24-27; "De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra. Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”.
O apóstolo Paulo alerta-nos que Satanás continua perseguindo a Igreja como a uma virgem, assim como, a “serpente” enganou nossos primeiros pais, a saber: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo”. 2ª Co 11.2-3.
Em Cantares de Salomão tem uma pergunta importante! Indagando sobre a ausência de uma virgem. Por que? Porque a Igreja de Cristo como a noiva e esposa do Cordeiro, ainda não podia aparecer sem que tivesse as vestiduras brancas, lavadas no sangue do Cordeiro! Como está escrito assim: “Quem é esta que sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumada de mirra, de incenso, e de todos os pós dos mercadores?" Cant 3.6. (...) "As filhas de Jerusalém sente saudade do amado e pergunta: “Para onde foi o teu amado, ó mais formosa entre as mulheres? Para onde se retirou o teu amado, para que o busquemos contigo? O meu amado desceu ao seu jardim, aos canteiros de bálsamo, para apascentar nos jardins e para colher os lírios. Eu sou do meu amado, e meu amado é meu; ele apascenta entre os lírios”. Cant 6.1-3. O nosso amado Jesus foi assunto aos céus prometendo voltar da mesma maneira, até que se cumpra todas as profecias. (At 1.9-11; Ap 1.7).
Só no livro de Apocalipse é que foi revelado a noiva do amado, a esposa do Cordeiro – Cristo - já preparada para as bodas de casamento, assim: (...) “E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro". Ap 7.13-14. (...) “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus”. Ap 19.7-9.
Só o apóstolo João recebeu do anjo a revelação completa da noiva, a esposa do Cordeiro, assim: “E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro. E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente". Ap 21.9-11; (... ) ” E a ela trarão a glória e honra das nações. E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro”. Ap 21.26-27.
Este paralelismo simbólico entre o Velho e o Novo Testamento é uma simples aplicação espiritual para melhor se entender os “mistérios” de Deus revelados na Sua Palavra. Meditando-se e orando mais, ainda pode ser acrescentado muito mais, pela revelação do Espírito Santo segundo a Sua soberana vontade.
Isto é muito importante e maravilhoso!
Fraternalmente, Pr Djalma Pereira
São Paulo, 22 de abril de 2011
APOSTASIA UM SINAL DOS TEMPOS ESCATOLÓGICOS
APOSTASIA UM SINAL DOS TEMPOS: (II Tes 2.1-11; I Tm 4.1-2; II Tm 4.1-5; II Pe 2.1-3) “Ora, irmãos, rogamos-vos (...), que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito¸ quer por palavra, quer por epístola, como de nós¸ como se do Dia de Cristo estiveste já perto. Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição”. (II Ts 2.1-3)
1. A palavra apostasia vem da palavra grega “apostassia” que quer dizer “afastamento”, ou abandono deliberado da crença na fé cristã anteriormente defendida. Ex. At 21.21 e II Ts 2.3. Depois veio significar: “manter-se longe de”, como uma forma posterior do grego “apostasis”. 1. No Novo Testamento: É a rebelião ou revolta, com abandono dos princípios básicos doutrinários da fé cristã. Vai além da mudança de idéias sobre doutrinas cristãs, é, também, a entrega da alma a alguma causa maligna contra a sã doutrina da Palavra de Deus.
2. A apostasia conforme foi previsto em II Ts 2.3 e na carta dirigida à Igreja em Laodicéia, (Ap 3.14-22), indicam que no fim dos tempos, antes da parousia, isto é, da segunda vinda de Cristo, antes do Milênio, haverá um afastamento delidberado de muitos, que abandonarão a fé cristã, como prenúncio da manifestação do anticristo e do seu sistema sincrético econômico-político-religioso, tendo as seguintes características:
3. Corrupção generalizada na Sociedade: II Tm 3.1-9.- “Sabe porém isto que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos (...), assim:
a) Materialismo: homens avarentos; mais amigos dos deleites do que amigos de Deus;
b) status social: presunçosos, soberbos, orgulhosos; bajuladores;
c) blasfemos: traidores, ultrajando as dignidades, ofendendo os preceitos religiosos e divinos.
d) secularismo: profanos, contrário às normas tradicionais e aos valores sagrados, maculando-os com comportamentos insubordinados e incoerentes;
e) Desmoronamento da família: A família é a unidade básica da sociedade. E a educação religiosa começa no seio da família cristã que, certamente, repercutirá na Igreja a qual é o somatório das famílias cristãs. Então, destruindo-se os valores cristãos das famílias, criar-se-á o caos nas igrejas e na sociedade. O desrespeito e a insubordinação de “filhos profanos, blasfemos, atrevidos, ingratos, desobedientes a pais e a mães, sem afeto natural, irreconciliáveis, incontinentes, sensuais, cruéis, traidores, orgulhosos,”, etc., têm sido a causa da degeneração moral e social desses últimos dias, evidentemente, como um sinal dos tempos;
4. Apostasia da doutrina: O conhecimento doutrinário bíblico, tradicionalmente preservado com muito sacrifício, passa ser desprezado e substituído por novos conceitos religiosos adequados ao modismo da modernidade eclética secularizada, mesmo sendo contrário à Palavra de Deus, (II Tm 4.5};
5. Crença em doutrinas de demônios: Doutrina contrária à redenção pelo sangue de Jesus derramado na cruz pelos nossos pecados, (Rm 4.25), como quebra de maldição hereditária, regressão hipnótica para cura interior, evangelho puramente social e material com o comércio de produtos religiosos, etc. (I Tm. 3.1; Mt 10.8; Rm 3.21-26; Ef 2.8-9; II Cor 5.17; I Jô 1.7; II Pe 2.3; Hb 10.10-25; Ap 5.9);
6. Ensino de doutrinas heréticas por mestres “segundo suas próprias concupiscências”. Os pregadores do evangelho modernizado não falam mais contra o pecado da vaidade, da luxúria, dos maus costumes mundanos, da sensualidade, da lasciva, do sexo antes e fora do casamento, do homossexualismo, lesbianismo, etc. (I Cor 6.10; I Rm 1.21-32), para não desagradarem os seus ouvintes, que não suportarão mais tais doutrinas, etc, (II Tm 4.3; II Pe 2.1)
7. Manifestação do engano por espíritos de demônios: Manifestação de espíritos enganadores nos meios de divulgação pelo rádio e televisão dando espetáculos promocionais, num escandaloso “marketing”, à moda de sessões espíritas. (I Tm 3.1; 4.1-2); 8. Falsos profetas e enganadores; Falsos profetas enganado e usando o nome do Senhor para tirarem vantagens e dinheiro das igrejas e de crentes incautos. (Mt 7.16-23; 24.11). 9. Falsos apóstolos e ministros (apóstolos ou missionários): Homens fraudulentos que se intitulam de apóstolos consolidando uma hierarquia clerical contrária à Palavra de Deus, para se manter no topo da pirâmide do poder eclesiástico. (II Cor. 11.13-15; II Tm 4.1-5.; II Pe 2.1-3. Tg 1.3-19; Ap 2.2).
8. Como estava previsto na Bíblia, portanto, já esta havendo uma clara apostasia prenunciando a vinda do Senhor para arrebatar a Sua Igreja Tiunfante, quando haverá uma separação, entre “o joio e o trigo”, , conforme está escrito nas parábolas do joio e do trigo e das 10 virgens (Mt 13.24-30, 36-43; Mt 25-1-13). Será, também, como um ladrão de noite de supresa, para os que e ”estão dormindo em trevas”, (Mt 24.36-44 e Lc 17.21-37; I Tes 5-1-7), portanto, precisamos ser vigilantes, como as cinco virgens prudentes. Disse Jesus: “Eis que venho como um ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda os seus vestidos, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas'. (...) "E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” Ap 22..12. (...). "Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho”. Amém, Ora vem, Senhor Jesus”. Ap 22.20. (Fonte: Estudo feito por Pr Djalma Pereira)
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INTERDEPÊNCIA EM TER, SER, DIZER E FAZER
Textos bíblicos: Jo 5.24; Rm 5.1,9; Mt 7.21-29; Tg 2.14-18; 1ª Co 3.4-16, Ap 22.12
Introdução - Examinando os verbos ter, ser, dizer e fazer observamos que é indispensável ao conhecimento do verdadeiro discípulo de Jesus, saber que os referidos verbos, são interdependentes e complementares, porque, no Reino de Deus sem ter Jesus como Salvador e Senhor, portanto, por não ser filho de Deus, (Jo 1.11-12), não tem o Espírito Santo habitando nele (Rm 8.9), não tem autoridade de dizer ou pregar o Evangelho, e não tem como fazer obras dignas de arrependimento dando testemunho de sua transformação. Como não tem Jesus, nem o Espírito Santo, (Rm 8.9) não tem poder para testemunhar do nome de nosso Senhor Jesus Cristo, por conseguinte, não tem frutos para a vida eterna. Evidentemente, há uma “corrente inquebrável”, um entrelaçamento interdependente no discipulado e na vivência prática no Senhor, em ter, em ser, em dizer e em fazer, tendo o Evangelho de Jesus Cristo, como a única regra de fé e conduta prática. Como Ele mesmo disse: “vós sois os meus amigos se fizerdes o que vos mando” Jo 15.14.
Vejamos agora a interdependência sequencial entre o Ter, o Ser, o Dizer e o Fazer.>>>>>
a) O VERBO “TER”- Primeiro é preciso ter Jesus no coração e ter a vida eterna, para depois ser, dizer e fazer como discípulo. Portanto, é imprescindível ter Jesus como Senhor e ter o Espírito Santo reinando no íntimo do seu ser, para que exista uma interdependência espiritual entre Cristo Jesus e seus discípulos, como Ele disse assim: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. Jo 15:5. É preciso ter Jesus para ter a vida eterna, pois, é Deus Pai que o diz a respeito de Seu Filho assim: (...) "v11 E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. v12 Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. v13 Estas coisas vos escrevo, a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna”. 1ª Jo 5.11-13
O ter Jesus implica em ter as seguintes condições:
i.Ter Jesus no coração para ter a vida eterna. “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida”. (Jo 5.24); (...) v12 "Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1ª Jo 5.12)
ii Ter paz com Deus pela fé em Jesus Cristo é a porta de entrada da Graça. Ter esclarecimento de que a salvação é de graça pela fé em Jesus Cristo como suficiente Salvador e Senhor, e que o galardão do Justo Juiz no Tribunal de Cristo, (2ª Co 5.10) é o prêmio para os fieis servos trabalhadores da Seara ( Mt 10.42; Lc 9.62; 2ª Tm 4.7-8; 2ª v8; Ap 22.12;). Portanto, a salvação de graça é para quem tem fé genuína na redenção dos seus pecados pelo sangue de Jesus derramado na cruz do Calvário - Obra Perfeita Eficaz de Cristo – (1ª Co 6.19; 1ª Pe 1.18-19), porém, o galardão é o prêmio para os servos fieis trabalhadores da Seara do Senhor. (Mt 25.19-23). Como escreveu o apóstolo Paulo, o doutor dos gentios: “v1 Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, v2 por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus”. Rm 5.1-2. (...) “v8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. v9 não vem das obras, para que ninguém se glorie. v10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas” Ef 2.8-10
iii. Ter obras para provar a fé que tem, realmente. Como disse Tiago: “Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo?" Tg 2.14 (...) "Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma". Tg 2.17. "Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras". Tg 2.17. (...) "Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta". Tg 2.18.
iv. Ter obras de boa qualidade para ter galardão na glória eterna. Haverá o julgamento das nossas obras como discípulos, no tribunal de Cristo, para recebermos os galardões, assim: (...) "v13 a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo, e o fogo provará qual seja a obra de cada um. v14 Se permanecer a obra que alguém sobre ele edificou, esse receberá galardão. v15 Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo todavia como que pelo fogo". 1ª Co 3.13-15. (...) “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal”. 2 Co 5:10. (...) "Eis que cedo venho e está comigo o meu galardão, para retribuir a cada um segundo a sua obra". Ap 22.12.
v. Ter testemunho autêntico. Praticar a Palavra de Deus provando o discipulado verdadeiro. Como disse Jesus no sermão da montanha: “v21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. v22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? v23 E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; v24 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. V26 Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. v27 E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda”. Mt 7.21-27. Assim, dizer e não fazer o que diz, é falso testemunho. (Êx 20.16; Mt 5.37; Ap 21.8)
b) O VERBO "SER" – O ser é a essência do caráter de Deus. O ser sem ter Jesus e não praticar a sua Palavra na vida diária, não tem valor para com o Deus que Se declarou ser a verdade e ser o mesmo eternamente, assim: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”, Jo 14:6.
i. Como disse Deus a Moisés: “v14 Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos olhos de Israel: EU SOU me enviou a vós”. Êx 3.14.
ii. Como disse Jesus: “(...) Antes que Abraão existisse “EU SOU”. Jo 8.58b.
iii. Como também disse o apóstolo Paulo aos Hebreus: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente”. Hb 13:8.
iv. Portanto a conjugação do verbo “ser” para o verdadeira discípulo de Jesus, tem o caráter da eternidade e da verdade. Ser autêntico aqui e agora, para ser o verdadeiro filho de Deus na eternidade. Pois, assim como Ele é o seremos, herdando a mesma natureza eterna do “novo ser espiritual”, como está escrito: “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos”. 1ª Jo 3.1-2. (1 João 3:1-2; 1ª Co 15.44-64; Fl 3.20-21).
v. Não ser ouvinte esquecido, mas, cumpridor da Palavra de Deus como também disse Tiago: V22 (...) "E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. v23 Pois se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante a um homem que contempla no espelho o seu rosto natural; v24 porque se contempla a si mesmo e vai-se, e logo se esquece de como era. v25 Entretanto aquele que atenta bem para a lei perfeita, a da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas executor da obra, este será bem-aventurado no que fizer". Tg 1.22-25
c) O VERBO "DIZER". Dizer sem fazer é ser falso discípulo de Jesus. O discurso, muitas vezes eloquente e emocionante, se não for autenticado com a vivência prática, perde o valor e autoridade de quem fala. “O exemplo convence, porém, as simples palavras voam ou desaparecem no esquecimento”. É como disse Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”. Mt 7:21
d) O VERBO "FAZER" – O fazer primeiro para depois dizer ou ensinar, credencia o discurso autêntico e verdadeiro. É diferente do “fermento dos fariseus” que ensinavam, mas, não faziam, não praticava o que diziam. Fazer como Jesus fez primeiro para depois, ter autoridade de ensinar (dizer) a verdade, assim: “(...) "E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas”. Mt 7:28-29. Como está confirmado em Atos dos apóstolos: (...) “v1 Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar, V2 Até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera"; At 1.1-2. O verdadeiro discípulo de Jesus tem que ter frutos dignos de arrependimento, evidenciando a fé que tem no seu coração, através de suas boas obras ou frutos. (Tg 2.14-18).
Considerações finais. Dizer sem fazer é ser falso discípulo, e evidencia que a pessoa não tem Jesus reinando no seu coração, porque não “nasceu de novo da Água (Palavra) e do Espírito”, como Jesus disse a Nicodemos: “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus”, (Jo 3:5), isto é, não foi transformado em nova criatura, como disse o apóstolo Paulo: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. (2ª Co 5:17).
Portanto, assim fica claro a “interdependência” em ter, ser, dizer e fazer. Porque dizer sem fazer é ser falso discípulo, e evidencia que não tem Cristo reinando no seu coração, por não ter sido transformado em nova criatura, por conseguinte não ser filho de Deus. É preciso ter Jesus reinando no coração para ser e fazer, e para dizer que Jesus Cristo é o Senhor da sua vida, como autêntico discípulo, assim: “(...) e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo”. (1ª Co 12.3b), (Fl 2.9-11). É como também disse o apóstolo Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim". (Gl 2.20). (...) “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito”. Gl 5:24-25. Amém. (Pr Djalma Pereira)