NOVA JERUSALÉM CELESTIAL
i) O apóstolo Paulo fála-nos de duas Jerusalens, a saber:
A JERUSALÉM TERRENA:
1. A Jerusalém da terra que "agora existe". Correspondente ao monte Sinai da Arábia, que é "escrava com seus filhos", descendentes das 12 tribos de Jacó, escravos do jugo da Lei que foi dada a Moisés no monte Sinai, (Gl 4.25). Como está escrito: "9E viu Sara que o filho de Agar, a egípcia, que esta tinha dado a Abraão, zombava. 10E disse a Abraão: Deita fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com meu filho, com Isaque". Gn 18.9-10; (Gl 4.21-31), e,
A JERUSALÉM CELESTIAL:
2. A Jerujalém celestial, "que é a livre, a qual é a mãe de todos nós", os cristãos genuinos. (Gl 4.26).
O apóstolo Paulo descreve a Nova Jerusalém, para os Hebreus, assim: "22Mas chegaste ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos, 23à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; 24e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel". Vejamos a seguir:
ii) A BASE DA NOVA JERUSALÉM, A ESPOSA DO CORDEIRO
A revelação no livro de "Apocalipse" - "2E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. 3E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus. Ap 21.2-3.
iii) PARALELISMO DO CAPÍTULO 4.1-8 DO LIVRO DE JOSUÉ E DO APOCALÍPSE - (Js 3.12; 4:1-9; Ap 7:1-9; 21:9-27)
Para compreenderrmos melhor esta revelação escatológica, é preciso se fazer um paralelismo hermeméutico referente estes dois textos bíblicos, entre Js 4.1-9 e Ap 21.9-27, e entender o paralelismo profético entre as 24 pedras tiradas do leito do rio Jordão, e os 24 anciãos do livro de Apocalipse, a saber:
iv) Orientação dada pelo Semhor a Josué. Seguindo à orientação do Senhor, foram levantadas vinte e quatro (24) pedras do leito do rio Jordão, sendo 12 por 12 homens um de cada tribo de Israel, no lugar dos pés dos sacerdotes, e mais doze pedras erguidas no leito do Jordão, somente, por Josué, (que quer dizer Salvador), tipificando Jesus e os doze apóstolos. Vejamos:
v) O paralelismo das 24 pedras. As 24 pedras em Js 4.1-9 correspondem aos 24 anciãos no livro de Apocalpse. (Ap 21.9-14)
Observe que se somando as 12 pedras representando as 12 tribos de Israel, mais as 12 pedras levantadas por Josué (um tipo de Cristo) no Jordão, (Js 4.9), da um total de 24 pedras, correspondendo aos 24 anciãos no livro do Apocalipse, (Ap 4:4; 5:14), sendo, respectivamente, os nomes das 12 tribos nas 12 portas e os nomes dos 12 apóstolos nos 12 fundamentos da nova Jerusalém no livro de Apocalipse (revelação de Jesus Cristo). (Ap 21:9-14). Portanto, só no Apocalipse é que aparece na Nova Jerusalém, a esposa do Cordeiro, a revelação do simbolismo das 24 pedras, e das duas alianças, respectivamente, do Antigo e Novo Testamento.
vi) PARALELISMO DAS 12 PRIMEIRAS PEDRAS TIRADAS DO RIO JORDÃO E AS 12 TRIBOS DE ISRAEL NO LIVRO DO APOCALIPSE. - A VELHA ALIANÇA.
b) Representação simbólica das 12 tribos de Israel. Observemos que Deus orientou a Josué para que “escolhesse dentre o povo 12 homens, de cada tribo de Israel um homem” (Js 4:2) para retirar 12 pedras “do lugar onde estiveram parados os pés dos sacerdotes” (Js 4:3) que tinham a arca do concerto sobre seus ombros, como memorial aos filhos de Israel, correspondendo cada pedra a cada tribo de Israel.
c) A parada no meio do rio Jordão simbolisa a interrupção da aliança com Israel,
a) Revelação do simbolismo das 12 tribos de Israel. Estas 12 pedras correspondem aos nomes das 12 tribos de Israel vistos nas doze portas da Nova Jerusalém, as que o apóstolo João viu na revelação do Apocalipse, conforme Ap 21.12, assim: "12Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel".
b) O apóstolo João viu o número simbólico e representativo dos cento e quarenta e quatro mil selados de Israel, assim: Ap 7.1-8: "1Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. 2Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, 3dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus. 4Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel: 5da tribo de Judá foram selados doze mil; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; 6da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; 7da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; 8da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim foram selados doze mil".
c) Esta revelação apocalípitica corresponde ao número simbólico e representativo das doze tribos de Israel. As doze primeiras pedras representam os nomes das doze tribos de Israel, (Ap.21:12) que aparecem no livro de Apocalipse no cap. 7.1-8, quando o anjo que “subiu da banda do sol nascente que tinha o selo do Deus vivo" assinalou a liderança dos filhos das doze tribos de Israel, de cada tribo 12.000”, (12 x 1.000); (Ex 18:21,25; Num cap 2; 10:1-10). Este número de 144.000 (12 x 12 x 1.000) corresponde aos “príncipes, os cabeças dos milhares de Israel”, remanescentes, (Rm 11.5-32), que representa a aliança do Velho Testamento, pois é mencionado nominalmente os nomes de cada tribo de Israel.
Este acontecimento se dará na tribulação após o arrebatamento da Igreja Triunfante que é a esposa do Cordeiro (Jesus). (Mt 24.4-31; Ap 6.1-17; 7.1-8). Aqui só tem israelitas assinalados, não tem nenhum gentio, pois, a igreja (ekkelsia) será trasladada antes da tribulação. A Igreja é formada dentre as nações gentílicas, constituida pelos salvos da "Nova Aliança" firmada no sangue de Jesus (o Cordeiro), como está escrito em At 15.13-14, referente ao primeiro concílio realizado em Jerusalém: " (...) E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Varões irmãos, ouvi-me. Simão (Pedro) relatou como, primeiramente, Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome". Ler: At. 15.13-18. Isto (sobre a Igreja) veremos na próxima postagem sobre as 12 pedras que Josué levantou no meio do Jordão simbolisando os 12 apóstolos de Cristo. (Continua na próxima postagem) >>>