quinta-feira, 2 de maio de 2013

“(...) de graça recebestes de graça dai”





“(...) de graça recebestes de graça dai”



Disse Jesus: “ (...) v7 E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. v8 Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Mt 10:7-8.

Introdução – “Graça No Antigo Testamento significa, especialmente na frase “achar graça”, como está escrito: “(...) Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR”. (Gn 6:8). No novo Testamento é aquele favor que o homem não merece, mas que Deus livremente lhe concede, algumas vezes é posta em contraste com as “obras da lei”. “(...) Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça”. (Rm 6:14); e também exprime a corrente de misericórdia divina, pela qual o homem é chamado, é salvo, é justificado e achar isso suficiente para andar vitorioso como filho de Deus”. (Dicionário Bíblico Universal de A. R. Buckland). (Gl 1.5; Ef. 2.8-9; Rm 3,24; 8.14; I Co 15.10; II Co 12.9).

1. A graça na criação – Na criação tudo o que Deus fez viu que era bom. Deu ao homem, Adão, autoridade para cuidar e governar para o seu próprio sustento e demais seres vivos, abundantemente. Como está escrito: (...) “Gn 1:26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. 1:27 E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (Gn 1.26-27). (...) 1:31 E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto” (Gn 1.31)

2. A graça na natureza – É de graça que recebemos diariamente, a luz do Sol que dá vida as plantas, que libera o oxigênio no ar que respiramos, as estações que produzem as flores, as sementes e os frutos. As águas nos rios e nos mares, dá vida aos peixes, animais e aves que nos sustentam, como está escrito: “(...)“(...)1:29 E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. 1:30 E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi”. (Gn. 1.29,30).

3. A graça no dom da vida natural Gn 2:7 E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. Portanto o sopro da vida vem de Deus de graça cada dia.

4. A graça no Dom da vida eterna – O plano eterno de Deus que formou o homem a Sua imagem e semelhança – triuno: espírito, alma e corpo – (I Ts 5.23), era e é que o homem viva isento do pecado e da morte eternamente, porém, com a intromissão de Satanás, os nossos primeiros pais desobedeceram, pecaram, e com o pecado a morte passou a todos os homens, assim: “(...) Rm 5:12 Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”. Porem Deus, soberanamente, aniquilou a lei do “pecado e da morte”, dando Seu Filho Jesus Cristo, sem pecado, para pagar a pena da morte e expiar nossos pecados na cruz do Calvário, como está escrito: “(...) Rm 6:23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (...)2:8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. 2:9 Não vem das obras, para que ninguém se glorie; (Ef 2.8-9). Jo 3:16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

5. A graça na manifestação “da glória dos filhos de Deus" – Na vinda gloriosa de Jesus Cristo para arrebatar a Sua Igreja, isto é, na primeira ressurreição, todos genuínos cristãos ressuscitarão com seus corpos imortalizados e glorificados para viver eternamente com Criso Jesus. Como está escrito: “(...) 8:21 Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. 8:22 Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. 8:23 E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. (Rm 8-21-23).

6. A graça na nova criação – Deus vai fazer novo Céu e nova Terra para habitarmos com Ele eternamente, como está escrito em Ap 21.1-721:1 E Vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 21:2 E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. 21:3 E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.21:4 E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. 21:5 E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. 21:6 E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. 21:7 Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

7. A graça no Ministério ou no serviço do Evangelho – Da mesma maneira como recebemos de Deus de graça todas as coisas, inclusive a vida terra, de maneira nenhuma o obreiro pode ser  mercenário, pode negociar ou vender produtos religiosos em busca de alcançar méritos e bênçãos materiais de Deus. Isto é uma apostasia dos últimos dias dessa dispensação. "Os tais que fazem fraudulosamente por interesse material, praticando o mercenarismo na Obra de Deus, Jesus os classifica assim: "(...) Jo 10:12 Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. 10:13, Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas". (Jo 10.12-13). Por isto que Jesus ordenou aos seus discípulos assim: (...) v7 E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. v8 Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.” (Mt 10.7-8). Exemplo do apóstolo Paulo: (...) v16 "Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! v17 E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiado. v18 Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o evangelho de Cristo para não abusar do meu poder no evangelho". ( I Co 9. 16-18)
1 Coríntios 9:18
1 Coríntios 9:17

E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada.

Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o evangelho de Cristo para não abusar do meu poder no evangelho.
1 Coríntios 9:16-18

E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada.

Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o evangelho de Cristo para não abusar do meu poder no evangelho.
1 Coríntios 9:16-18

Consideração finais – Fazer qualquer coisa no reino de Deus por interesse financeiro ou em troca de bênçãos de prosperidades materiais, é uma abominação contra o Senhor. A Palavra de Deus nos exorta assim: “- 2:1 E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. 2:2 E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. 2:3 E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita. ( II Pe 2.1-3). As palavras de Jesus Cristo permanecem para sempre afirmando essa verdade santa” (...) “de graça recebestes de graça dai”. (Mt 10.8b) Amém Jesus. Pr Djalma

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Qual é a natureza do casamento instituído por Deus?















QUAL É A NATUREZA DO CASAMENTO INSTITUÍDO POR DEUS?

  Princípios absolutos sobre o casamento. 

i - O bom relacionamento entre maridos e mulheres, que é a base ideal do casamento: O amor mútuo, A fidelidade mútua, a Responsabilidade mútua, o Respeito mútuo, o Perdão mútuo, a Renuncia mútua,  a Cooperação mútua, e o Diálogo mútuo permanente.

ii. O ensino de Paulo: "(...)  v21 Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo. v22 Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor,  v23 pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. v24 Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos. v25 Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela v26 para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra,  v27 e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. v28 Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. v29 Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, v30 pois somos membros do seu corpo. v31 "Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne." v32 Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja. v33 Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a você mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito. (Ef 5.21-33).

iii. O repúdio ou o divórcio. 


E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?

Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.

Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?

Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.

Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
Mateus 19:4-9

O ensino de Jesus sobre o casamento: "(...) v4 Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que om Criador, desde o princípio os fez homem e mulher, v5 E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? v6 Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. v7 Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la? v8 Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. v9 Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério"Mateus 19:4-9 


E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?

Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.

Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?

Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.

Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.   v4 Então, respondeu Jesus: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher, v5 e que disse: por esta causa deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, tornando-se ois dois uma só carne? De modo que já não serão mais dois, porém uma só carne. Portanto. o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mt 19.4-6)

E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?

Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.

Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?

Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.

Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
Mateus 19:4-9

E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?

Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.

Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?

Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.

Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
Mateus 19:4-9

E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?

Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.

Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?

Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.

Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
Mateus 19:4-9

iv. A sociedade moderna perdeu o senso de valor sobre o casamento.

Corroborando os conceitos sobre a importância do casamento, citamos uma matéria importante sobre esse tema, publicada pelo Pr  Hernandes Dias Lopes, em seu livro de meditações: Gotas de Consolação  para a alma, a saber:

“A sociedade contemporânea perdeu o senso de valores. Está confusa acerca das coisas mais simples da vida. Desde que o mundo é mundo, sabe-se que o casamento é a união de um homem e uma mulher. Hoje, questiona-se o gênero. Fala-se em casamento entre homem e homem, entre mulher e mulher. Isto é um desatino, um erro, uma torpeza, uma disposição mental reprovável, uma abominação. Quais são os pilares de um casamento? Busquemos na Palavra de Deus essa resposta. Por isso deixa o homem pai e mãe e se une e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. (Gn 2.24) O casamento tem três pilares. Primeiro, o casamento é heterossexual. O casamento é a união entre um homem e uma mulher e não entre dois homens ou entre duas mulheres. Ainda que nossas cortes supremas legitimem a relação homossexual, ela estará sempre em desacordo com o projeto de Deus”

Considerações finais.  Por princípio e definição, o casamento só é casamento ideal, estável, se for a união de um homem e uma mulher para poder constituir uma família básica e sadia. Caso contrário, fora desse princípio, a sociedade como um todo perde o seu referencial básico. É, pois como disse o sábio Rui Barbosa: A família é a célula "mater". da sociedade. Portanto, destruir o princípio básico da sociedade, é corromper todo tecido social, sem possibilidade de restauração. Como está  escrito: "Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne” (Ef 5.31). O dever da sociedade é preservar o princípio básico, universal, celular do tecido social, que é o casamento entre o homem e a mulher. Fora disso é abominação perniciosa. (Pr Djalma Pereira) 

sexta-feira, 1 de março de 2013

A Renúncia Papal de 1415

Pastor Manoel de Jesus 
Colaborador do OJB 

 Nos próximos dias haverá muito noticiário na mídia, a respeito da renúncia do papa. Ele ficou até o dia 28 e fevereiro, e agora acontece eleição do novo papa. A notícia vem sempre acompanhada do acréscimo que, desde 1415, não havia acontecido renúncia de um papa. A nós batistas cabe lembrar que os noticiários amais mencionarão que, foi nesse ano, que um fiel seguidor das Escrituras foi queimado, em virtude de suas pregações genuinamente evangélicas. Pressionado a retratar-se, sempre respondia: “O amor de Cristo me constrange”, e mantinha-se firme. 

 Vamos transcrever um trecho de um livro de História da Igreja, a propósito, um autor católico, pois o livro foi editado por Edições Paulinas. Seu autor é Pierre Pierrard. “Na Boemia, o ódio que os tchecos sentiam em relação aos alemães que se infiltravam em suas cidades, estendia-se à Igreja romana, considerada como sua cúmplice. Esse país, mais do que nenhum outro na Europa Central, era agitado pelas teorias joaquinitas, valdenses e wiclifianas sobre as Escrituras, como único fundamento da fé, sobre Cristo como único mediador entre Deus e os homens, sobre o caráter infame das cerimônias romanas e do luxo dos dignatários romanos. E eis que em 1402 o reitor da jovem Universidade de Praga - que fora fundada em 1348 - João Huss tomava a palavra na capela de Belém e vociferava também contra os abusos eclesiásticos. João Huss tinha então trinta e três anos: marcado pelo otimismo, havia estudado os tratados de João Wicliff, que seu amigo Jerônimo de Praga levara de Oxford. Huss não possuía uma doutrina original, mas sua pregação, essencialmente evangélica e de coloração revolucionária, tocava profundamente a gente humilde porque preconizava um retorno à Igreja primitiva. Excomungado duas vezes, foi protegido pelo povo de Praga, que não deixou que o decreto de condenação fosse lido em cátedra: e ele próprio apela diretamente para o único chefe da Igreja, Jesus Cristo. Em 1414 João foi intimado pelo concílio de Constança; munido de um salvo conduto do Imperador Sigismundo, lá compareceu, mas foi abandonado pelo Imperador nas mãos do concílio; uma morte que poderia passar por um martírio, o concílio teria preferido uma abjuração infamante; mas Huss recusa-se a se retratar, sendo condenado à fogueira (6 de julho de 1415). Em 30 de maio de 1417, Jerônimo de Praga, por um momento enfraquecido, sofria a mesma pena.” Esse trecho foi extraído da página 156, do livro acima citado. 

 Gostaríamos de citar dois princípios muito bem conhecidos dos batistas: As Escrituras como único fundamento da fé, e Jesus Cristo como único mediador entre Deus e os homens. Notem o que custou para um nosso antepassado na fé, sustentar praticamente 100 anos antes de Lutero, esses princípios a nós batistas, tão preciosos. Assim sendo, nesses dias que muito ouviremos que, desde 1415 não se tinha uma vacância papal, aproveitemos para informar o que aconteceu nessa vacância. Em tempo oportuno lembremos que Gregório XII condena Huss em 6 de julho de 1415, e havia deixado o papado em 4 de julho de 1415. O papado fica vago de 4 de julho de 1415 até 11 de novembro de 1417, e lembremos que Jerônimo de Praga, companheiro de Huss na defesa da sã doutrina, morreu queimado em 30 de maio de 1417, então morreu na vacância papal. Isso mostra que havia uma tremenda luta política no seio da Igreja, mas, para produzir mártires não faltavam poderes. 

 Finalmente, é bom lembrar, que não podemos condenar os católicos de hoje, pelos erros da Igreja em que militam, em tempos idos. Eles nada conhecem a esse respeito. Mas, principalmente, é bom lembrar que falta muito conhecimento dos batistas do quanto custou nossa fé para nossos antepassados que defendiam a sã doutrina. Muitos evangélicos hoje, falam grosso, como se fossem donos da verdade, esquecendo que essa verdade lhes foi legada por outros, que deram a própria vida, para que as herdássemos. Eis a razão porque me comovi tanto, quando nossa filha, moradora em Praga, nos mostrou a capela de Belém. Rogo a Deus, que o neto que chega no mês de julho próximo, lá na cidade de Praga, seja, como seu antepassado, um defensor da autoridade suprema das Escrituras, e de Jesus Cristo, como único mediador entre Deus e os homens 

 Fonte: Jornal Batista edição de 03/03/2013- Pr Manoel de Jesus

História e Simbolismo da Mitra

A mitra (do grego μίτρα: cinta, faixa para a cabeça, diadema) é uma insígnia pontifical utilizada pelos prelados da Igreja Católica, da Igreja Ortodoxa e da Igreja Anglicana, sejam eles: abades, bispos, arcebispos, cardeais ou mesmo o Papa. A mitra é a cobertura de cabeça prelatícia de cerimônia.

Simbolismo

A mitra usada pelo bispo simboliza um capacete de defesa que deve tornar o prelado terrível aos adversários da verdade. Por isso, apenas aos bispos, salvo por especial delegação, cabe a imposição do Espírito Santo no sacramento do Crisma ou Confirmação.

Definição

A mitra é um tipo de cobertura de cabeça fendida, consistindo de duas peças rígidas, de formato aproximadamente pentagonal, terminadas em ponta, por isso, às vezes chamadas corno ou cúspides, costuradas pelos lados e unidas por cima por um tecido, podendo ser dobradas conjuntamente. As duas cúspides superiores são livres e na parte inferior forma-se um espaço que permite vesti-la na cabeça.
Há duas faixas franjadas na parte posterior, chamadas ínfulas, que descem até as espáduas. Na teoria, a mitra sempre é supostamente branca.

História


Papa Bento XVI usando Mitra
  • Origem
A mitra pontifical é da origem romana, sendo derivada de uma cobertura de cabeça não litúrgica, exclusiva do papa, o camelauco, do qual também teve origem a tiara. O camelauco era usado antes do século VIII, como se relata na biografia do Papa Constantino, no “Liber Pontificalis”. O nono ‘’Ordo’’ indica que o camelauco era confeccionado de um material branco e tinha a forma de um capacete. As moedas dos papas Sérgio III e Bento VII, em que São Pedro usava um camelauco, dão a este a forma de um cone, que é a forma original da mitra. O camelauco foi usado pelos papas principalmente durante as procissões solenes. A mitra evoluiu do camelauco, no curso do décimo século X, quando o papa começou a usar a mitra durante procissões à igreja e também durante o serviço religioso subseqüente. Não se pode afirmar que tenha havido alguma influência do ornamento de cabeça sacerdotal do sumo sacerdote do Antigo Testamento. Foi só após a mitra estar sendo universalmente usada pelos bispos, é que se levantou a hipótese dela ser uma imitação da cobertura de cabeça sacerdotal judaica.
Janice Bennett, em seu livro “Sacred Blood, sacred Image” , cita uma tradição seguida por Tadeu de Edessa, de que no cristianismo, a mitra desenvolveu-se a partir da prática de São Pedro colocar o Sudário em sua própria cabeça, como símbolo de um ministério curativo. Tal fato não encontra nenhum respaldo histórico ou teológico.
Desde o século XVII tem se escrito muito sobre em que tempo a mitra começou a ser usada na liturgia. Alguns autores crêem que seu uso é anterior aos tempos apostólicos, portanto anterior ao cristianismo. Segundo outros, remonta aos séculos VIII ou IX. E uma terceira corrente afirma que ela surgiu por volta do início do segundo milênio, sendo que antes era usado um ornamento para a cabeça na forma de grinalda ou coroa.
O certo é que um ornamento episcopal para a cabeça, na forma de uma faixa, nunca existiu em Europa ocidental, e que a mitra foi usada primeiramente em Roma por volta da metade do século X, e fora de Roma no ano 1000. A prova Exaustiva para isto é dada no trabalho "Die liturgische Gewandung im Occident und Orient" (pp. 431-48), onde todas as teorias da origem da mitra são estudadas. A mitra é descrita para a primeira vez em duas miniaturas do começo do século XI; uma destas miniaturas está em um registro batismal, a outra num pergaminho do Exultet, da catedral de Bari, Itália. A primeira referência escrita sobre a mitra é encontrada numa bula de 1049, do Papa Leão IX. Nesta o papa, que tinha sido anteriormente bispo de Toul, na França, confirmou a primazia da igreja de Tréveris ao bispo Eberardo de Tréveris, anteriormente seu metropolita que o tinha acompanhado a Roma. Como um sinal desta primazia, o Leão IX concedeu ao bispo Eberardo a mitra romana, a fim de que pudesse a usar de acordo com o costume romano, ao executar os ofícios da igreja. Pelos anos 1100 a 1150, o uso da mitra já havia se generalizado entre os bispos.
Os cardeais já usavam a mitra no fim do século XI, provavelmente tendo adquirido este direito na primeira metade daquele século. Leão IX concedeu este privilégio aos cônegos da catedral de Besançon, em 1051. Os cardeais, certamente, gozaram deste privilégio, anteriormente a esta data. A primeira concessão de uma mitra a um abade data do ano 1063, quando o Papa Alexandre II concedeu a mitra ao abade Egelsino, na Abadia de Santo Agostinho, em Cantuária. Desde então as concessões aos abades foram aumentando até se generalizarem.
Também aos príncipes cristãos foi concedida, às vezes, a permissão usar a mitra, como uma marca da distinção; por exemplo, o Duque Wratislaw, na Boêmia recebeu este privilégio do Papa Alexandre II; Pedro de Aragão recebeu de Inocêncio III. O imperador alemão também gozou deste direito.

Forma


Mitra estilo simples tradicional: branco com damasco seus babados brancos terminando em franjas vermelhas.

A evolução da mitra, da Enciclopédia Católica de (1913)

Considerando a forma, há tal diferença entre a mitra do século XI e a mitra atual que, por vezes, é difícil reconhecer serem as duas a mesma peça litúrgica.. Na sua forma mais antiga, a mitra era uma cobertura simples, de material macio, que terminava acima numa ponta; tendo geralmente, mas não sempre, em torno da borda mais baixa, uma faixa ornamental (circulus). Parece também que as ínfulas não estiveram sempre unidas à parte traseira da mitra. Por volta do ano 1100, a mitra começou a ter uma forma curvada para cima, tomando forma de um barrete redondo. Em muitos casos apareceu logo um depressão, na parte superior similar a essa que é feita quando um chapéu de feltro macio é pressionado para baixo na cabeça, forçando-o na testa e na parte de trás da cabeça. Em diversas mitras, uma faixa ornamental passou da parte dianteira à parte traseira através do recorte; isto fêz mais proeminente as cúspides, na parte superior das lâminas, dos lados direito e esquerdo da cabeça. Esta mitra em forma de calota foi usada até tarde, atingindo o início do século XII; e, em alguns lugares, até o último quarto deste século.
Por volta de 1125, uma mitra de um outro formato e aparência um tanto diferente é freqüentemente encontrada. Nela as abas nos lados tinham-se tornado chifres (cornua), que terminavam, cada um, em uma ponta, tendo sido endurecidos com pergaminho ou alguma outra intertela. Esta mitra forneceu a forma de transição ao terceiro estilo, que é essencialmente o da mitra usada ainda hoje. A terceira mitra é distinta de sua predecessora, não realmente por sua forma, mas somente por sua posição na cabeça. Ao manter sua forma, a mitra foi, desde então, colocada na cabeça com os cornos já não acima da região temporal, mas acima da testa e da parte traseira da cabeça. As ínfulas tiveram, naturalmente, que ser prendidos na borda inferior abaixo do corno da parte traseira. O primeiro exemplo de tal mitra apareceu por volta de 1150. As mitras elaboradas desta forma tiveram não somente uma faixa ornamental (circulus) na borda mais baixa, mas uma faixa ornamental similar (titulus), que foi verticalmente aplicada sobre o meio dos cornos. No século XIV, esta forma de mitra começou a ser distorcida. Até então, a mitra tinha sido um tanto mais larga do que elevada, quando dobrado, mas neste período nela começou, lentamente, mas firmemente, ter a sua altura aumentada; até que, no século XVII, cresceu como uma torre real. Uma outra mudança, que surgiu no século XV, foi que os lados já não eram feitos na vertical, mas na diagonal. No século XVI, começou a ser habitual curvar-se, com mais ou menos intensidade, os lados diagonais dos cornos. A ilustração dá um sumário do desenvolvimento da forma da mitra..
Estas as mudanças não ocorreram em toda parte, ao mesmo tempo, nem a mitra teve todas as formas do desenvolvimento, em todos os lugares. Um grande número mitras do início da Idade Média foram preservadas, mas todas pertencem á terceira forma. Muitas têm ornamentação riquíssima, sendo costume ornamentar as mitras com bordados, faixas ricas (aurifrisia), pérolas, pedras preciosas, pequenos discos ornamentais de metais preciosos; e fazê-las planas, para receber pinturas. Uma mitra medieval do início da igreja de São Pedro, em Salsburgo além de estar ornamentada com cem pérolas , apresenta cerca de quinhentas pedras preciosas, pesando cerca de cinco libras e meia. Outras mitras similares são mencionadas também no inventário de 1295 de Bonifácio VIII. Oito mitras medievais são o preservadas na catedral de Halberstadt. Nos séculos XVII e XVIII, as mitra passaram a ser ornamentadas com bordados ricos, de fios de ouro, o que lhe deu uma aparência mais imponente. Uma mitra do século XVIII preservada no tesouro da catedral em Limburgo é notável pelo grande número de pedras preciosas que a adornam. O material original da mitra parece ter sido apenas linho branco, mas a partir do século XIII (à excecção do curso da mitra simples), geralmente foi feita de seda ou ornamentada com bordados de seda.

Tipos

O cerimonial distingue dois tipos de mitras
  • A Ornada quando é guarnecida de adornos, mais ou menos ricos. As mitras ornadas se dividem em:
    • Preciosa (Pretiosa): é decorada com pedras preciosas e ouro
    • Aurifrisada (Auriphrygiata): é de tecido liso de ouro ou de seda branca bordada a ouro e prata
    • Faixada: com duas faixas ornamentais ou galões, uma (circulus) na borda mais baixa, e outra (titulus) em posição vertical, no meio de cada pala ou corno.
  • A Simples é inteiramente de tecido branco, interna e externamente, sem ornamentos, nem mesmo nas ínfulas, que portam franjas vermelhas. Ela será de linho para os bispos e de seda adamascada branca apenas para os cardeais.

Papa


Papa João Paulo II, usando Mitra e Báculo, durante visita ao Brasil

Atualmente a tiara papal é usada na heráldica eclesiástica do papado, tal como nos brasões pessoais dos papas e no brasão da Cidade do Vaticano, combinada com as chaves do céu de São Pedro.
Tradicionalmente, o papa, conforme a circunstância, serve-se de três tipos de mitra:
  • A Gloriosa: ornada de pedras preciosas e de um círculo de ouro que lhe forma a base. (Nesta categoria está inclusa a mitra com a tripla faixa dourada).
  • A Preciosa: ricamente decorada, mas sem o círculo da base.
  • A Argêntea: de lhama de prata, correspondente à mitra simples dos bispos.
No caso do Papa, a mitra pode ter o formato de uma coroa tripla, sendo, neste caso, chamada de tiara papal ou "triregnum". O uso da tiara papal foi abandonado, mas não abolido, pelo Papa Paulo VI, que adotou a mitra comum, com a intenção de enfatizar mais o caráter pastoral do que temporal da autoridade pontifícia.

Uso


Cardeal Daniel DiNardo da Igreja Católica é o Arcebispo Metropolitano de Galveston-Houston. Na Igreja Católica, o pálio é exclusivo para um bispo metropolitano.

O "Cerimonial dos Bispos" manda que a mitra, o anel episcopal e o báculo sejam abençoados antes da ordenação episcopal de quem o deva receber; sendo que a primeira imposição deve ser feita apenas durante o rito da ordenação. Antes das celebrações litúrgicas, deve sempre ser um diácono quem impõe a mitra no bispo.
Pelas normas litúrgicas atuais, a mitra deve sempre ser uma só na mesma ação litúrgica. A mitra preciosa é usada nas celebrações mais solenes. A aurifrisada é usada no advento, na administração dos sacramentos, e nas “memórias”. A faixada, nos dias comuns. A mitra simples usa-se na “Quarta-Feira de Cinzas”, na “Sexta-Feira Santa”, no dia de “Finados”, nas “Assembléias Quaresmais”, no rito da “Inscrição do Nome”, na solene celebração do sacramento da Penitência, na celebração de Exéquias e quando um bispo concelebrar com outros, não sendo ele o celebrante principal. Portanto, nas concelebrações, somente o celebrante principal pode usar a mitra ornada.
O direito de usar a mitra pertence somente ao papa, aos cardeais, aos bispos e abades. Porém houve alguns privilégios a prelados menores como dignitários de cabidos, prelados da Cúria Romana, e Protonotários Apostólicos, porém este uso era bem limitado. A mitra chegou a ser permitida ainda às abadessas de mosteiros femininos.
A mitra é distinta de outras insígnias e sempre é retirada quando o bispo está rezando, em decorrência do preceito apostólico do homem sempre rezar com a cabeça descoberta (1ª Cor 11, 14).
Na ordenação de um bispo ele recebe primeiro o livro do Evangelho, depois o anel episcopal, a mitra e por último o báculo.
Pelas leis litúrgicas a mitra é usada pelo bispo, sobre o solidéu, quando se dirige ou retorna, processionalmente, para alguma função sagrada; quando está sentado; quando faz homilia; quando faz saudações; locuções e avisos; quando dá a bênção solene; e quando faz gestos sacramentais. O bispo não usa a mitra: nas preces introdutórias; nas orações; na “Oração Universal”; na “Oração Eucarística”; durante a leitura do Evangelho; nos hinos, quando estes são cantados de pé; nas procissões em que leva o Santíssimo Sacramento, ou as relíquias da Santo Lenho; e diante do Santíssimo Sacramento exposto.

A mitra no rito Grego Ortodoxo

No rito grego Ortodoxo não se usou uma cobertura de cabeça litúrgica até o século XVI. Antes disto, somente o Patriarca de Alexandria, usou desde o princípio do século X, uma cobertura litúrgica para a cabeça, a qual era um simples A mitra pontifical grega é uma cobertura de cabeça elevada com uma dilatação para fora , no alto, que se expande diagonalmente em dois arcos; no ápice há uma cruz em relevo ou achatada. Ela é baseada na coroa imperial fechada do período tardio do Império Bizantino. Conseqüentemente, é baseada também no camelauco, embora divirja muito dele, posto que se desenvolveu com elementos adicionais. Tem, pois forma de coroa bulbosa, decorada com brocados e ricas jóias.
Como uma insígnia imperial, tal qual o sakkos ou a dalmática imperial, significa a autoridade temporal dos bispos, especialmente do Patriarca de Constantinopla, dentro da administração da comunidade Cristão, no Império Otomano.

Cristianismo Oriental


Mitra do bispo de Sztojkovics, Hungria, cerca de 1860, foto: 1989

Mitra dourada do Patriarca Maxim da Bulgária
Nas Igrejas Católicas Orientais o uso da mitra é prerrogativa dos bispos, mas pode ser concedida aos arciprestes, aos protopresbíteros e arquimandritas. A mitra prebiteral não é sobreposta pela cruz e é concedida por determinação de um sínodo.
Os bispos ortodoxos orientais usam, às vezes, mitras do estilo ocidental ou oriental. No passado, os bispos coptas usaram o ballin, um omofório enrolado em torno da cabeça como um turbante. Os bispos ortodoxos da Síria usam o masnafto (maşnaphto), literalmente “turbante”) ao presidir a Liturgia. Esta é uma capa grande, rica e bordada freqüentemente com a uma imagem do Espírito Santo, em forma de pomba. Os padres ortodoxos armênios usam mitras bizantinas, enquanto seus bispos usam mitras ocidentais.

Igreja Anglicana

O uso da mitra foi abandonado na Igreja Anglicana, após a Reforma de Henrique VIII, mas foi re-introduzida no princípio, em conseqüência do chamado Movimento de Oxford, sendo atualmente usada pela maioria dos bispos anglicanos.

Heráldica

A mitra foi suprimida dos brasões de armas dos bispos católicos, em 1969, sendo mantida nos brasões das dioceses.
Nos brasões anglicanos a mitra sempre esteve presente como timbre.
As ínfulas são descritas com forro vermelho.
O Papa Bento XVI , por influência por do heraldista Monsenhor Andréa Cordero Lanza de Montezemolo (depois criado cardeal), retirou a tiara de seu brasão, substituindo-a por uma mitra de prata com três traços dourados (numa referência às três coroas da tiara). Esta atitude de Montezemolo gerou crítica em todas as instituições heráldicas do mundo, que dentre as muitas argumentações, a principal evocada é a de que a Heráldica tem leis seculares e fixas. A Sociedade Americana de Heráldica chegou a sugerir que Montezemolo utilizasse pelo menos o camelauco no brasão papal.

Fonte: Wikipedia

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Homem Espiritual Tem a Mente de Cristo


O CRISTÃO GENUINO TEM A MENTE DE CRISTO. 

Texto bíblico: "v12 Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. v13 As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. v14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. v15 Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. v16 Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. 1ª Co 2.12-16

Para se entender bem este assunto, preliminarmente, precisamos entender os três tipos do ser humano que o apóstolo Paulo descreveu nesse texto, a saber:

1. O homem natural, (no grego, psuchixos), que é o indivíduo em estado natural, sem o Espírito Santo de Deus, o homem ainda não regenerado, isto é, que não nasceu de novo da "água e do Espírito", ainda não tem a habitação do Espírito Santo, (Rm 8.9), portanto, sem discernimento espiritual. Só tem o "psíquico" ou a alma humana desligada do Espírito Santo, ou seja, sem "a mente de Cristo".(1ª Co 2.14-16).

2 O homem espiritual, (no grego, pneumatikos), é o homem regenerado, o que nasceu de novo do Espírito, isto é, o que é nova criatura, conforme está escrito em 2ª Co 5.17: "v17 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". Portanto, o espiritual já tem o Espírito Santo habitando nele, e consequentemente, tem "a mente de Cristo", assim: v9 "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele". Rm 8.9 (1ª Co 2.16; Gl 4.6). Paulo fez clara distinção, entre o natural e o espiritual no décimo quarto e no décimo quinto versículo mencionados acima, entre o natural sem entendimento das cousas espirituais, e o "experimentado" ou espiritualmente maduro que discerne bem as cousas do Espírito. (Jo 3.1-7).

3. O crente carnal, (no grego, sarkinos), o qual Paulo menciona em 1ª Co 3.1-4, é o crente que ainda não é maduro, mas, é espiritualmente menino, imaturo. (1ª Co 3.1). Por isto age impulsionado pela natureza carnal ou humana, propiciando uma guerra da carne contra o Espírito, em si mesmo. Então, para resolver esta questão, o apóstolo Paulo indica o caminho certo, ou seja, precisa crucificar a carne com suas concuspiscências, para poder cumprir a vontade de Deus, assim: "(...) v24 E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. v25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito". Gl 5.22-25.


4. A mente de Cristo. Todo crente genuino tem a "mente de Cristo", porque habita nele o Espírito Santo, que nos faz discenir espiritualmente todas as cousas, "comparando as cousas espirituais com as espirituais", porque o Espírito Santo que habita nele é que dá o discernimento espiritual. É isto que Paulo chama da "mente de Cristo", assim: "(...) v16 Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo". (1ª 2.16). Foi Jesus quem pediu ao Pai que enviasse o Consolador o Espírito Santo da verdade para permacer conosco para sempre e para nos guiar em toda verdade, assim: "v16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, v17 o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós". Jo 14.16-17. Como muito bem disse o apóstolo Paulo: "(...) Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. (1ª Co 6.19-20).(...) Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus". (Rm 8.14). Dai derivou o nome de cristão (no grego "cristós") que quer dizer "ungido" pelo Espírito, assim: (...) Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos". (At 11.26b; 26.28; 1ª Pe 4.16). Desta maneira o nome de cristão identifica o ser humano como racional e espiritual, distinguindo-o de um aninal irracional.

5. Como o homem espiritual deve ocupar a sua mente?. Deve ocupar sua mente, prioritariamente, com as coisas espirituais, asssim:

a) Meditar na Palavra de Deus de dia e de noite: Como está escrito: "v1 Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. v2 Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. v3 Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará". Sl 1.1-3. (Js 1.8).


b) Ensinar os filhos desde criança na doutrina evangélica. Como está escrito no livro de Proverbios: " v6 instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele". Pv 22.6.


c) Vivenciar os mandamentos da Palavra de Deus, em toda maneira de viver. Para ser bem sucedido em seus caminhos: "(...) v104 Pelos teus mandamentos, alcancei entendimento; pelo que aborreço todo falso caminho. v105 Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho". Sl 119.104-105. (Js 1.8).


d) Santificar-se pela Palavra de Deus. Como disse Jesus: "(...) v17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade". Jo 17.17. Como também disse o apóstolo Pedro: "(...) v14 como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; v15 mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, v16 porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo". 1ª Pe 1-15-17. (Ler: Rm 12.1-2; Hb 12.14; ).


e) Ocupar a mente com tudo que é de boa fama e puro. Conforme disse o apóstolo Paulo, assim: "(...)v8 Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai". Fl 4.8


f) Falar de acordo com a Palavra de Deus. Assim se cumprirá o que Jesus disse: "(...) porque a boca fala do que está cheio o coração a ". Lc 6.45b. Conforme está escrito também na epístola de Tiago: "(...) v10 de uma mesma boca procede bênção e maldição? Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. v11 Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? v12 Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce". Tg 3.10-12. Portanto, pelas palavras que falamos, revelamos o estado sadio ou patológico de nossas almas ou mentes. (Ler: Mt 5.37; 15.18; Mc 13.11; Lc 21.15; 2ª Pe 1.21)

Conclusão. Todo cristão deve ser como o homem espiritual, pensando, falando, e agindo de acordo com a pureza, a ética, e a moral cristã. Pensando sempe nas coisas que são espirituais, ou celestiais do reino de Deus, como disse o apóstolo Paulo, assim: "v1 Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. v2 Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra; v3 porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. v4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, também vós vos manifestareis com ele em glória". Cl 3.1-4. Falar da mensagem da cruz que apresenta Jesus Cristo como Redentor e Salvador suficiente e que nos dá a vida eterna. Como disse Jesus: "v15 E disse-lhes: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. v16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado". Mc 16.15-16. (Ler: Jo 3.16; 5.24; 1ª Co 1.18-24). Amém.



2 comentários: