sexta-feira, 5 de junho de 2009

A Soberania de Deus nos Três Grandes Julgametos (II)

2º) - Julgamento das Nações Vivas na segunda vinda de Cristo Jesus, para reinar. Mt 25:31-46:

Introdução - Trata-se do julgamento das nações gentílicas que sobreviverão durante à Tribulação e que deve ser distinguido dos outros grandes julgamentos nas Escruturas, a saber:

a) O julgamento das obras dos crentes após o arrebamento da Igreja Triunfante, (2ª Co 5.10-11);

b) O julgamento final dos ímpios mortos, após o milêlnio, com o qual términa as dispensações em que a obediência do homem foi testada em relação à revelação e o plano de Deus sobre a terra.

i. O Tempo do Julgamento das Nações Gentílicas. O tempo deste julgamnto é "quando vier o Filho do Homem como o Messias, e "assentar-se no trono da Sua glória", isto é, na segunda etapa da segunda vinda de Cristo (parousia), depois da tribulação, logo antes do Milênio. Os réus deste julgamemnto serão de "todas as nações", isto é, todos os gentíos (gr.ethnê) vivos que se encontrarão na terra, (Mt 25.31-32), juntamente com o "remanescente de Israel convertido" (Rm 9.27-29). As boas obras neste julgameto são a prova da fé viva, e não o fundamento da fé e da salvação, pois, a salvação é de graça pela fé e não pelas obras, (Ef 2.8-10; Ap 12.10-11). As obras, como disse Jesus: "feitas aos meus pequeninos irmãos", é o sinal visivel dessa conversão, revelando a comunhão íntima com Deus. Mt 25.39-40.

ii. O julgamento das nações vivas sobreviventes. Neste julgamento feito por CRISTO das nações sobreviventes, será de acordo como trataram a Israel contra ou favor, especialmente, durante a tribulação, para entrada do reino milenar. Mt. 25:31-32. Este julgamento tanto é individual, pelos feitos de cada um (Mt 25.35-40), como coletivo das nações, como Ele disse: "(...) então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: vinde benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde o fundação do mundo". Mt 25.34. A recompensa do tratamento certo conferido a Israel será uma benção e um privilégio especiais, durante o milênio, como também para algumas nações e indivíduos. Visto que a salvação pessoal dos indivíduos, também, está indicada nos versículos 34 e 46 do capítulo 25 de Mateus, e não apenas no julgamento das nações, pois, o princípio pessoal e geral dos julgamentos de DEUS, é claramente ensinado em outros trechos bíblicos, e não apenas aqui. Ler: Sl 15; 112; Mt 25.21, 23, 26-30; Rm 2.1-24; 14.9-12; Ap 20.4-6, 12, 15; 22.12

iii. Definição das três categorias dos indivíduos.
Neste texto bíblico há três categorias de indivíduos, a saber: 1) as ovelhas são os gentios salvos durante a tribulação; 2) os cabritos são os gentios inconversos, não salvos; 3) os irmãos são o povo de Israel remanescente, convertido conforme está escrito em Zc 12.10-11; 13.6-7; Jo 10.11-16, 24-30. (Ler: Gn 12.1-3; Êx 3.13-15).

iv. O SENHOR também julgará indivíduos. Porquanto as nações se compõem de agrupamentos de indivíduos, então, o julgamento individual das partes componentes repercute no total do julgamento das nações, como um todo. É uma consequencia matemática em que a soma das parcelas constitui o somatório total.

a) O Senhor é o Juiz e o Rei de toda terra. Ler o Salmo 2. "(...) 6Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. 7Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei. 8Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão" Sl 2.6-8. Quem é o "Rei dos reis que julgará as nações"?. É Ele mesmo - Cristo Jesus - conforme está revelado na figura apocalíptica do "Cavalo Branco" no capítulo 19 e vv 11 a 16, assim: "11E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. 12E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito que ninguém sabia, senão ele mesmo. 13E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. 14E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro. 15E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso. 16E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos Reis e Senhor dos Senhores". Por isto que Jesus disse em Mt 25.31-32, que quando vier na Sua Majestade e todos os anjos com Ele, então se assentará no trono da sua glória para julgar, assim: "31E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; 32e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas". Assim se cumprirá a esperança da manifestação da glória dos filhos de Deus. Ler: Rm 8.18-25. Aguardemos firmemente a promessa daquele que disse: "20Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém! Ora, vem, Senhor Jesus! (Ap 7.13-14).

b) Identificação das "ovelhas" como os "benditos do Pai celestial". Como está escrito em: Mt 25.32-33, "32 e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos cabritos as ovelhas. 33E porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda". Haverá a separação das ovelhas (os justos) e dos cabritos (os maus) que compoem as nações, cada qual de acordo com sua conduta específica, mormente em relação a Israel. Estas nações justas comparadas com "as ovelhas", entrarão com Cristo no reino milenial (Ap 7; 20.4-6), glorificadas para reinar eternamente, como disse Jesus: "(...) Vinde benditos de meu Pai, entrai na posse do reino que está preparado desde a fundação do mundo", Mt 25.34. As profecias do Antigo Testamento mostram que certas nações gentílicas terão parte no milênio, juntamente com a nação de Israel (Ler: Is 2.1-5; 11.1-21; 61:4-11; 62:1-6; Zc 13.7-9). As Escrituras revelam que Israel tornar-se-á a cabeça das nações, durante esse período milenar, Dt 28.1-13; Rm 11.25-32. Esse é o julgamento que essa passagem de Mateus está frisando, embora vejamos que as descrições sejam gerais, incluindo princípios de julgamento em geral, também, haverá salvação pessoal dos indivíduos como está escrito nos vv 35 a 40 do cap. 25 de Mateus.

c) Identificação individual dos "cabritos" como "malditos destinados ao fogo eterno". Como está escrito em Mt 26.41, 45-46: "41Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; (...) 4Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão e não te servimos? 45Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. 46E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna". Este julgamento identifica que aqueles que deixaram de assistir aos pequeninos irmãos de Jesus, como a Israel, também, deixaram de fazer a Ele mesmo como o Messias da nação israelita, é o tal pecado de omissão. Por isto, que Ele disse: "irão para o fogo eterno que foi preparado para o Diabo e seus anjos rebeldes". (Is 14.12-16; Ap 6.12-17). Da entender que isto acontecerá com os covardes, durante a Tribulação, quando o Aticristo perseguirá a Israel na figura apocalíptica do Dragão (Satanás) e à "mulher que fugiu para o deserto perseguida pelo Dragão vermelho".Ler: Ap 7.1-17; 12.1-18; 14.8-13; 19.17-20;20.1-6.

v. Local do julgamento. Este acontecimento será na terra, (Mt 25.31), e não no céu no Tribunal de Cristo (1ª Ts 4.15-17; 2ª Co 5.10-11; Ap 19.7-9), e muito menos no juízo final do "Trono Branco", (porque só os ímpios condenados participarão do juízo final como está escrito em Ap 20.11-15, quando serão abertos os livros memoriais das obras pecaminosas dos ímpios mortos, julgados e condenados pelos seus pecados, após o milênio, Neste julgamento final (do trono branco) não hverá salvos, mas, somente condenados. (Ap 20.13-15).

vi. A recompensa para as nações gentílicas convertidas.
Vejamos como será a recompensa do tratamento certo conferido a Israel e às nações convertidas: Todas as famílias que restarem de todas as nações e que vierem "adorar o senhor como o Rei dos reis", serão abençodas e terão privilégios especiais, durante o milênio. Isto foi revelado pelo profeta Zacarias que disse assim: "(...) v5b, então, virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos contigo, ó Senhor. (...) 9E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu nome. 10Toda a terra em redor se tornará em planície, desde Geba até Rimom, ao sul de Jerusalém; ela será exalçada e habitada no seu lugar, desde a Porta de Benjamim até ao lugar da primeira porta, até à Porta da Esquina, e desde a Torre de Hananel até aos lagares do rei. 11E habitarão nela, e não haverá mais anátema, porque Jerusalém habitará segura". (...) "16E acontecerá que todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorarem o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrarem a Festa das Cabanas". Zc 14.4-11, 16.

Conclusão. Aqueles que crerem em Jesus e perseverarem até ao fim da Tribulação, que suportarem as perseguições do Aticristo, (Ap 12.13-17; 13.4-10-18), e até mesmo a morte nesse tempo do fim, estes serão salvos e incluidos com o remascente de Israel, (Rm 11.25-27), como está escrito em Mt 24.13-14. (...) "Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. 14E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim". Esse tempo do fim encerra o tempo do governo humano dos gentios sobre a terra, como foi revelado ao profeta Daniel, assim: "Dn 12. 1E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro. 2E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno. (...) 8Eu, pois, ouvi, mas não entendi; por isso, eu disse: Senhor meu, qual será o fim dessas coisas? 9E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim. 10Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão. 11E, desde o tempo em que o contínuo sacrifício for tirado e posta a abominação desoladora, (Mt 24.15), haverá mil duzentos e noventa dias. 12Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias. 13Tu, porém, vai até ao fim; porque repousarás e estarás na tua sorte, no fim dos dias". (Ap 7.2-4). Próximo assunto será o julgamento do Trono Branco ou juizo final. (Continua) >>>.



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