quarta-feira, 26 de março de 2008

As palavras de Jesus na cruz


As palavras de Jesus ditas na cruz definem, claramente, que a mensagem da cruz tem como objetivo principal a salvação da alma do pecador, concedendo-o a vida eterna, livrando-o do inferno e da escravidão de Satanás. Como está escrito em Jo 5.24: "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida". O apóstolo Paulo explica o sentido da morte de Jesus na cruz, e o valor da Sua ressureição, com estas palavras, assim: "(...) O qual (Jesus) por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação" (Rm 4.25).

Vejamos, então, o significado das palavras de Jesus ditas na cruz:

1. Palavras de perdão e graça:

Jesus com grande amor pedoa os pecadores sem merecimentos, assim: "E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". (Lc 23.34). Com estas pavras Jesus declara a Sua graça infinita como favor imerecido. É com outras palavras, também, que reafirma o apóstolo Paulo, assim: "Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para a condenação, assim também por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida". Rm 5.18.

2. A salvação imediata, "ainda hoje estarás no paraíso".

Jesus prova a eficácia e suficiência da Sua obra, e a salvação de graça pela fé nEle, salvando na mesma hora o ladrão da direita na cruz que se arrependeu, quando disse: "(...) Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino". (Lc 23.42). E, Jesus, imediatamente, respondeu ao ladrão da direita, dando certeza da sua salvação, com estas palavras: "(...) Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso". (Lc 23.43). Com outras palavras o apóstolo Paulo confirma a graça salvadora de Cristo Jesus, assim: "Porque pela graça sois salvos por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para nimguém se glorie". (Ef 2.8-9).

3. A exclamação dolorida de Jesus na cruz:

Foram estas as palavras de grande clangor proferidas por nosso humilde Salvador, em nosso lugar: "Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloi, Eloi, lemá sabctâni? Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste" (Mc 15.34). Esta foi a exclamação agonizante do Filho de Deus quando o Pai viu sobre Ele os nossos pecados. (Sl 22.1; Is 53.4-5; Fl 2.6-11; 1ª Pe 2.24).

4. Jesus fala ao apóstolo João, como o Filho do Homem, como a "semente da mulher", (Gn 3.15).

Aqui se cumpriu a promessa que Deus fez quando disse que a "semente da mulher" esmagaria a cabeça da serpente, Satanás, (Gn 3.15; Ap 20.2), como está escrito assim: "Porei inimizade emtre ti (a serpente, Satanás) e a mulher, e entre a tua semente (da serpente) e a sua semente (da mulher); e esta (semente da mulher, Jesus) te feririrá a cabeça, e tu (a serpente, Satanás) lhe ferirás o calcanhar" Gn 3.15. Jesus, conscientemente, no papel de Filho do Homem, - "a semente da mulher" - como estava previsto desde a queda de Adão e de sua mulher, (Rm 5.12), disse assim: (...) Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, ao lado dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis ai tua mãe (Gn 3.20; Gl 3.16). E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa". (Jo 19.26-27). Observe que Jesus não chama Maria de mãe, mas, de "mulher" como a "semente da mulher" cumprindo as Escrituras (Gn 3.15), pois, na sua concepção não teve a interferêcia genética de homem nascido em pecado, mas, foi gerado do Espírito Santo sem pecado, na virgem Maria. (Ler:Is 7.14; Mt 1.18-25; Lc 2.28-35; Jo 2.3-5).

5. Para se cumprir as Escrituras:

Vendo Jesus que ainda faltava se cumprir a Escritura do Salmo 69.21, e Nm. 19.6, disse: "tenho sede. (...) Depois, sabendo Jesus que já todos as coisas estavam terminadas, para que se cumprisse a Escritura, disse tenho sede. (...) E encheram de vinagre uma esponja, e pondo-a num hissopo, lha chegaram a boca". (Jo 19.28-29). Com estas palavras de Jesus fica provado que se cumpriu, detalhadamente, o plano de Deus para salvação do homem (Jo 3.16), em cumprimento a todas as profecias com respeito a Sua morte vicária na cruz. Jesus estava em plena consciência do que estava fazendo em sua crucificação, pois, Ele disse "tenho sede" para que se cumprimisse o Salmo 69.21 e Nm 19.6). Sua morte na cruz foi voluntária e não forçada ou involutária, pois, se oferecu como "propiciação pelos nossos pecados". (Lc 24.25-27; Jo 10.11, 15, 17, 18; 1ª Jo 2.1-2).

6. Missão consumada por Jesus na cruz:
Após chegarem à boca de Jesus o hissopo com vinagre, para cumprimento das Escrituras, Ele declarou diante do Pai, dos anjos e dos homens, que a consumação da Sua obra para salvação eterna de todo o pecador arrependido, estava acabada de uma vez para todo o sempre, assim: "E quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado" (Jo 19.30). Conforme disse Paulo em Hb 10.14: "Pois com uma só oferta (Jesus) tem aperfeiçoado para sempre os que são satificados".

7. Disse Jesus: Pai em tuas mãos entrego o meu espírito.

Com estas palavras Jesus prova que a Sua morte vicária foi voluntária e consciente, e não como um mártire que morre contrariado por um ideal, pelo contrário, espontaneamente, Ele bradou em alta voz, entregando o Seu espírito ao Pai celestial, assim: "E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai em tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou", (Lc 23.46).

Conclusão - Sem essas palavras de Jesus e a obra comsumada na cruz, a pregação do evangelho perdiria o seu sentido, os pecadores morreriam em seus pecados, sem a redenção, sem a justificação, sem a esperança de salvação, não haveria a ressurreição, e também, a vida eterna. Consequentemente, não haveria a "mensagem da cruz". Todavia, o fundamento da principal mensagem do Evangelho permanece firme, como está escrito: "Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. (...) Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação (da cruz) os que crêm". (1ª Co 1.18, 21).

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