terça-feira, 4 de março de 2008

O arrebatamento da Igreja de Cristo universal


O significado do arrebatamento para a Igreja:

O arrebamento da Igreja Triunfante se dará após a primeira ressurreição de todos genuínos cristãos que já "dormem no Senhor", antes da grande tribulação. O apóstolo Paulo descreveu assim:

a) Acerca da ressurreição e vinda de Cristo:

1ª Ts 4.13-17. - "13Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. 14Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele. 15Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. 16Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; 17depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. 18Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras".

b) Transformação de nossos corpos para habitar nos céus:

Conforme o apóstolo Paulo escreveu em 1ª 15.47-57, haverá a transformação e glolrificação dos corpos de todos genuínos cristãos na primeira ressurreição, para vivermos numa nova dimensão com os nossos corpos imortalizados e espiritualizados, para podermos habitar nas regiões celetiais, livres da presença do pecado e da morte. A seguir transcrevemos o referido texto como o apóstolo Paulo escreveu esse evento à igreja em Conríntios:

1ª Co 15.47-57. - "47O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. 48Qual o terreno, tais são também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os celestiais. 49E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.50E, agora, digo isto, irmãos: que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção. 51Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, 52num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 53Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. 54E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. 55Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? 56Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. 57Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo".

De acordo com 1ª Co.15:51,52, acima mencionado, os que forem encontrados vivos receberão um corpo incorruptível de glória, e não experimentarão a morte física (1ª Co.15:20,35,40), enquanto, os que morreram em Cristo serão transformados primeiro, participando da mesma dádiva divina dos demais (1ª Ts.4.13-18).

Para todo cristão genuíno, isso significará o recebimento da natureza de Cristo, de maneira real e vital, pois receberemos um corpo ressurrecto, à semelhança do Senhor Jesus Cristo; e, então, se cumprirá a Palavra de Deus, prevista em Fl 3.20-21; 1ª Jo.3:1,2.

O projeto de Deus em Cristo é ainda mais extraordinário, quando imaginamos que a nenhum dos anjos Ele chamou de “filho”, nem ao mais glorioso entre eles. Mas a nós, menores do que eles em dignidade e poder, anteriormente escravizados pelo pecado e destinados à morte, sim, a nós miseráveis homens, pelo glorioso sacrifício de Cristo, nos tem prometido essas coisas maravilhosas.

Que gloriosa promessa! Os filhos de Deus, transformados, na imagem de Cristo, serão elevados muito acima de todos os outros seres angelicais, pela imensa graça de Deus e seu poder (Fl 3:20-21; 2ª Pe.1.3,4).

Essa é uma das mais profundas revelações do evangelho, mas que tem sido objeto de descaso ou ignorância por parte das igrejas. A salvação tem sido reduzida ao mero perdão dos pecados e a uma futura “mudança de endereço para os céus”, e não tem causado qualquer impacto de mudança de conduta e postura de vida cristã autêntica, para a obediência e entrega total ao senhorio de Cristo.

c) Quando ele ocorrerá?

Daquele dia e hora ninguém sabe é um segredo exclusivo de Deus Pai, como disse Jesus aos seus discípulos, assim: Mt 24.36-44. - "36Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai. 37E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. 38Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, 39e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem. 40Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; 41Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. 42Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. 43Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. 44Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis."O sermão continua. A parábola dos dois servos.

Após a ressurreicçao de Jesus os discípulos pensavam que já era o tempo que Jesus iria implantar o reino messiânico em Israel, e perguntaram-lhe: "6(...) dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? 7E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. 8Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra".

O Senhor Jesus nos ensinou o princípio que rege todo estudo da escatologia: “não vos compete saber a ocasião ou o dia que o Pai marcou pela sua própria autoridade” (At.1:7). Então, permaneçamos somente naquilo que o próprio Senhor Deus nos revela em Sua Palavra. Por exemplo: a passagem de 1Ts.4:15-17, nos indica que Paulo esperava estar vivo para a vinda de Cristo, ressaltando, assim, a sua iminência.

d) O arrebatamnto da Igreja Triunfante:

A palavra utilizada no texto, traduzida do grego, pode significar “arrebatar, furtar, levar”. Deriva-se de "arparks", isto é, “ladrão”, e descreve quão repentinamente se dará o arrebatamento da Igreja, o qual virá como um laço sobre os moradores da terra (1ª Ts.5:1-3).

A bem aventurança futura implica tanto a nossa reunião com Cristo, quanto, também, uns com os outros. Indica a conexão íntima entre a transformação dos crentes vivos e a ressurreição dos crentes falecidos, com bem pouco tempo intermediário, de tal modo que ambos os acontecimentos são reputados como virtualmente simultâneos. Assim, se cumprirá a promessa feita pelo próprio Senhor Jesus, em Jo.14:3 e 17:24. Sim, ficaremos para sempre em companhia do Senhor, como indicação de que essa comunhão caracterizará o estado eterno da Igreja.

Após o julgamento no Tribunal de Cristo (Rm.14:10; 1ª Co.3:11-15; 2ª Co.5:8-10), os remidos entrarão na sua glória, sendo co-herdeiros com Cristo (Rm.8:17,30). Não haverá mais despedidas, não haverá mais partidas (Ap. 3:21).

e) Antes, ou depois, da tribulação?

Esse é um ponto de difícil interpretação, merecendo um estudo profundo, em várias partes das Escrituras, impossível de ser contemplado aqui. Entretanto, nos restringiremos a apresentar a posição doutrinária da Igreja de Cristo, que crê no arrebatamento antes da tribulação (posição “pré-tribulacionista”). Existem, ainda, o “midi-tribulacionismo” (no meio da tribulação) e o “pós-tribulacionismo” (após a tribulação).

Utiliza-se a expressão “a vinda de Cristo” para designar o arrebatamento da Igreja, como um rapto, invisível para o mundo, (1ª Ts 4.15-17), ao passo que a expressão "a volta de Cristo" (a parousia) é uniformemente usada em alusão ao retorno visível de Cristo à terra, a fim de estabelecer o seu reino milenar, assim: "Eis que vem com as núvens e todo olho O verá, até os mesmos que O traspassaram; e todas as tribus da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém". Ap 1.7. (Continua)

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