sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O Espírito Santo e a santificação


A santificação é o processo que leva o cristão a ser transformado numa pessoa identificada com a natureza santa de Deus. Esse processo de santificação se inicia no novo nascimento e prossegue durante toda a vida do cristão, até quando ele receber um corpo glorificado à semelhante ao de Cristo.

Para uma melhor compreensão de cada parte desse processo, dividiremos este tema em três aspectos: santificação posicional, vivencial ou Prática e Final.

1) A santificação posicional:

Corresponde à salvação eterna mediante à justificação de nossos pecados diante de Deus. (Rm 4.25). É aquela que alcançamos diante de Deus, mediante o valor eterno e imutável da obra redentora de Cristo Jesus na Cruz do Calvário, isto é, a purificação dos nossos pecados no sangue de Jesus (Hb.10:14,18; 1ª Jo.l:7; Ap.1:5; 5:9) este é o aspecto da salvação da culpa do pecado siginifica a posição da santificação absoluta e eterna do crente genuíno diante de Deus, através da redenção em Cristo Jesus, feita de uma só vez por todas (1ª Co.1:2; 6:11; Hb.10:10,14).

Ao chamar os crentes em Corinto de santificados, apesar de haverem contendas e pecados entre eles, o apóstolo Paulo estava dando ênfase à posição em Cristo, em face da remissão dos pecados deles, mediante o valor do sangue de Jesus. Foram justificados em Cristo Jesus. Por conseguinte, foram comprados por grande preço e separados (santificados) para servirem a Deus.

Conmforme está escrito na Bíblia: "17 E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação, 18sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, 19mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado",(1ª Pe 1.17-19).

Esta santificação, diante de Deus, é o resultado da Obra salvadora de Cristo, que nos comprou e nos separou para si mesmo como sua propriedade exclusiva e povo santo, tirando-nos (airó) para fora do sistema mundano de Satanás (kosmos), e nos transportando para o "reino do Filho do seu amor" (Cl.1:13). Este é exatamente o significado da palavra Igreja (ek+klesia – Igreja – literalmente: “a assembléia dos tirados para fora de”).

Aos olhos de Deus, já fomos separados (santificados) eternamente, e somos dEle por direito de compra, cujo preço foi o sangue se Jesus Cristo (Ef.5:25,26; 1Pe.1:18,19).

2) Santificação vivencial ou prática em cada dia:

Corresponde à salvação do domínio do pecado. Em outras palavbras, é a vivência prática, autêntica e verdadeira de um genuíno cristão, que possui uma nova natureza em Cristo. É o testemunho vivo do novo nascimento que se processou interiormente no cristão, e que se reflete exteriormente, em seu comportamento e maneira de viver, como nova criatura, pelo poder do Espírito Santo e da Palavra de Deus.

Esta transformação exteriorizada, visível como a luz, surge a partir da transformação interior pelo Espirito Santo. (Jo.3:1-7; 1ª Jo.1:5-7). Este é o aspecto da salvação do domínio do pecado. Através dela, é manifestada a diferença entre o verdadeiro e o falso cristão; entre o “nominal-teórico” e o “verdadeiro-prático”; pois, como disse Jesus, em Mt.7:15-27: “por seus frutos os conhecereis”. Isto fica evidenciado nos atos praticados diariamente, se somos (ou não) luz e sal da terra, diante do mundo, através do nosso testemunho, daquilo que já somos de fato e em verdade, em Cristo Jesus. (Mt 5.13-16; Jo 8.12; 2ª Co.3:18; 5:17; 1ª Jo 2.15-17).

O novo homem interior é refletido na imagem exterior, em virtude de que uma coisa está, necessária e intimamente, vinculada a outra, isto é, a causa da nossa santificação exterior "em toda nossa maneira de viver" ou em nossa santificação integral: espírito, alma e corpo (1ª Ts.5:23), é a regeneração, a santificação posicional diante de Deus. A nossa maneira de ser atesta, dá prova cabal de nossa fé, através de nosso testemunho. (Ez.23:25-30; At.1:8; Ap.19:8).

O apóstolo Paulo definiu o verdadeiro testemunho em Ef.4:20-24, assim: "20Mas vós não aprendestes assim a Cristo, 21se é que o tendes ouvido e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus, 22que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano, 23e vos renoveis no espírito do vosso sentido, 24e vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade".

Também, lemos na carta de Paulo aos Romanos, a exortação do apóstolo a que apresentemos os nossos "corpos em sacrifício vivo e santo, que é o nosso culto racional, e que não nos conformemos, tomar a mesma forma de; imitar; modelar-se a; identificar-se com este mundo, mas transformemo-nos (dar nova forma), pela renovação do nosso entendimento (a mente de Cristo), para que experimenteis (vivenciar na prática), qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade Deus". (Rm.12:1-2).

A conseqüência natural dessa entrega total ao poder do Espírito Santo, é a libertação do domínio do pecado na vida diária (Rm.6:14-18, 22). A vontade de Deus é que se produza em nós, através da santificação diária, a imagem santa de seu Filho, como embaixadores do seu reino santo. O Espírito Santo de Deus é quem opera em nós, progressivamente, aquela transformação à semelhança de Jesus Cristo, refletindo como luz num espelho, a imagem do seu caráter santo, em nossas vidas.

Por isso mesmo, está escrito em Fp.2:12-15: "(...) assim também efetuais a vossa salvação com temor e tremor (...) para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo".

3) A santificação final sem a presença do pecado:

A santificação final se dará somente no dia da redenção plena (na primeira ressurreição) quando formos libertados, definitivamente, da presença do pecado e da morte física de nossos corpos, os quais serão transformados, glorificados e imortalizados, à semelhança do corpo glorioso de nosso Senhor Jesus Cristo, quando acontecer a Sua vinda para arrebatar a Sua Igreja Triunfante (1ª Co.15:35-58; 1ª Ts. 4:13-18; Fp.3:20-21). É a consequência do aspecto da salvação da presença do pecado.

Trata-se da libertação total da presença do pecado, quando, através da ressurreição, o nosso corpo será transformado, glorificado e imortalizado à semelhança do de Cristo Jesus. 1ª Co.15:51-54. É a remoção total da presença do pecado do corpo do crente genuíno. Isto significa que fomos salvos da culpa e do domínio do pecado, na esperança de sermos salvos da presença do pecado, no dia da "manifestação da glória dos Filhos de Deus", na ressurreição dos nossos corpos. Ler: Rm 8:18-24.

O apóstolo João afirma esta mesma verdade, em 1ª Jo.3:2-3. Em outras palavras, significa que seremos semelhantes a Ele, pois não estaremos mais com a presença do pecado, não mais morreremos e os nossos corpos serão imortalizados e glorificados.

3 comentários:

nikonman disse...

Agradeço que retire a fotografia que ilustra o texto, pois a mesma é de minha autoria e não me foi pedida autorização para aqui a inserir.
João Espinho

Unknown disse...

PAstor Djalma
Estou Muito feliz por mais esta oportunidade de ver e mostrar para todos o ministério que Deus lhe proporcionou e assim tbn meditações na palavra e que sirva de ajuda para todos.

que Deus abençoe grandemente
fq na paz
Michelle

Djalma Pereira disse...

Amada irmã Mechelle

Jesus nos ama muito!!!

Obrigado pelo amável comentário.

Receba meu abraço fraternal.

Pr Djalma