quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O NATAL HISTÓRICO


I- BREVE HISTÓRICO DO TRADICIONAL NATAL:

A primeira informação histórica sobre a data do Natal, é da primeira metade do século III d.C. Hipólito, bispo de Roma, escolheu a data 2 de janeiro para celebrar o nascimento de Jesus. Outros cristãos escolheram outras datas, tais como: 6 de janeiro, 25 ou 28 de março, 18 ou 19 de abril e 20 de maio, baseando-se no período em que os pastores pastoreavam os rebanhos em Belém (Lc.2:8-9). O contexto histórico do evangelho de S. Lucas, revela-nos que foi na primavera, época do recenseamento determinado por César Augusto (Lc.2:1-2), e não no inverno, correspondente ao mês de dezembro. Não há registro bíblico desta data, do nascimento de Jesus em que o “ (...) Verbo se fez carne e habitou entre nós...” Jo.1:14.

A comemoração universal de 25 de dezembro se firmou entre os anos de 325 a 354 d.C., aproximadamente, baseada numa festividade pagã do calendário do Império Romano, do “Natal do Sol Invicto”, celebrada pelos adoradores do Sol, identificado com o deus Sol (Mitra). Em Roma foi escolhida a mesma data, no ano 336 d.C, como sendo a data do Natal de Jesus. Vejamos como se processou, tradicionalmente, a data da festa sincretizada e secularizada do Natal, a saber:

i - Festa mitraica do culto ao deus Sol (religião persa) - Festa rival do cristianismo nos primeiros séculos para cultuar o deus Sol (Mitra ou Mithra), chamada Natalis Invicti Solis (nascimento do vitorioso Sol). Eles mitologicamente criam que o deus Mitra morria no inverno e ressuscitava na primavera.

Em 275 d.C, o Imperador Aureliano decretou obrigatória a comemoração do nascimento do "Sol Invicto" no dia 25 de dezembro, que, porém, já tinha sido repudiada pelo patriarca Orígenes em 245 d.C.

ii - As Saturnálias romanas do culto ao deus Saturno - Festa em homenagem a Saturno deus da Agricultura, era um festival de inverno, celebrado em Roma de 17 a 24 de dezembro, com a troca de presentes entre eles.

iii - Cultos Solares do deus Sol - Festa pagã celebrada entre os celtas e os germânicos da mesma maneira;

iv - O Solicisto do iverno - Data festiva do solstício do inverno do nascimento do Sol, de acordo com o calendário Juliano, era 25 de dezembro.

v - Culto pagão do filho da deusa Isis - No Egito, também, acreditava-se mitologicamente que Horus, o filho da deusa Isis (rainha do céu), havia nascido em 25 de dezembro. Finalmente, em 440 d.C, foi fixada a data de 25 de dezembro com a finalidade de cristianizar as festas pagãs de diversas divindades, acima mencionadas.

vi - A sincretização do Natal - Assim, os cristãos daquela época tentando substituir as festividades pagãs, “cristianizaram” um dia festivo do calendário romano, argumentando que Jesus é a “Luz verdadeira do Mundo” (Jo.8:12), em substituição ao deus mitológico Sol (Mitra).

vii - O verdadeiro sentido evangélico do Natal - Para nós cristãos evangélicos, o importante não é a data, mas o acontecimento: Jesus de fato nasceu em Belém da Judéia! Ainda hoje os cristãos ortodoxos comemoram o Natal de Jesus no dia 19 de janeiro, e os cristãos sírios e armênios, no dia 6 do mesmo mês. O importante não é a data, mas celebrarmos com ação de graças o dia glorioso do nascimento de Jesus Cristo, o Salvador, que nasceu na cidade de Davi, em Belém Efrata, como está registrado em Lc 2.1-7. "(...) E aconteceu, naqueles dias, que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse. (Este primeiro alistamento foi feito sendo Cirênio governador da Síria.) E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. E subiu da Galiléia também José, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem". (...) Aleluia!!!. Ler: Mt 1.18-25; Lc 2.8-20.

II - COMO SURGIRAM OS SÍMBOLOS E A SINCRETIZAÇÃO DO NATAL:

1) A árvore de Natal e o paganismo: A ávore de natal surgiu nas regiões nórdicas pelas tribos celtas teutônicas pagãs, que adoravam os pinheiros, como árvores “sempre-vivas”, pelo fato de suportarem o rigoroso inverno sem perderem suas folhas, e realizavam festas celebrando o retorno da vida eterna, com a vinda do deus Sol (Mitra). Era assim que eles criam, pois não tinham conhecimento do evangelho.

2) A tradição da árvore de natal segundo Martinho Lutero: Segundo a tradição, conta-se que Lutero, ao passar por um bosque, observou a beleza das estrelas que brilhavam entre os ramos dos pinheiros (sempre-vivas), e impressionado com essa visão ele tentou duplicá-la em casa, acendendo velas entre ramos de “sempre-vivas”, daí o surgimento da atual árvore de natal com lâmpadas e pisca-piscas. Desta forma, uma parte da igreja reformada assimilou a tradição do paganismo nas festas natalinas.

3) O Surgimento da moderna árvore de natal: Teve sua origem na Alemanha, conforme referência que se encontra numa crônica alemã “crônica de Schlettstadt” no ano de 1.600 d.C, aproximadamente. As famílias alemãs decoravam as árvores de natal com doces, frutas e papéis coloridos, espalhando-se essa tradição por toda Europa. Depois, chegou à América do Norte através dos colonizadores alemães e, daí popularizou-se, atigindo o mundo inteiro.

III - COMO SURGIU A LENDA DO PAPAI NOEL, O BOM VELHINHO?

a) Lenda do "Papai Noel". - A lenda do bom velhinho conhecido como “Papai Noel”, surgiu em Lycia uma província da planíce de Anatólia na Ásia menor, onde é hoje a Turquia. Foi inspirada na vida de São Nicolau, um dos santos da Igreja Católica Romana. A estória diz que São Nicolau, bispo de Mira, teria nascido na segunda metade do século III, e falecido no dia 6 de dezembro de 342 d.C, que esteve no Egito e na palestina ainda jovem, onde se tornou bispo. Quando da perseguição pelo Imperador Romano Diocleciano, ele foi preso e solto posteriormente por Constantino, o Grande. São Nicolau foi escolhido como o santo patrono da Rússia e da Grécia, das crianças e dos marinheiros. A transformação mitológica de São Nicolau em “Papai Noel” consolidou-se na Alemanha, inclusive em alguns igrejas Protestantes, que transferiram a figura dele, de “Bom Velhinho”, como tutor e patrono do Natal de Jesus. Em 1.822, Clemenmt C. Moore escreveu o poema “A Visit from St. Nicholas”, retratando a figura do "Papai Noel" passeando em um trenó puxado por oito pequenas renas, o mesmo modelo de transporte utilizado na Escandinávia. O Primeiro desenho retratando a figura de "Papai Noel", como conhecemos nos dias atuais, foi feito por Thomas Nast e publicado no semanário Harper’s Weekly, em 1.866. (Fonte: Instituto Cristão de Pesquisa - ICP).

b) O Bom Velhinho - Foi assim que a estória do “Bom Velhinho” se transformou na mais famosa, lendária, popular e comercial das festas religiosas, descaracterizando o verdadeiro sentido cristão do Natal de Jesus Cristo, o Senhor e Salvador do Mundo. Hoje em dia o comércio dos produtos natalinos é a fonte de grandes lucros, tanto no comércio como na indústria religiosa em todo o mundo capitalista.

e) O verdadeio sentido do Natal de Jesus - Ao contrário, devemos comemorar o sobrenatural nascimento de Jesus, como o Filho de Deus, nascido da Virgem Maria, numa humilde manjedoura em Belém, sem nenhum interesse comercial, dando sempre “(...) glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens”. Lc 2.14. Atentando para o grande amor de Deus, como está escrito em Jo 3.16: “(...) porque, Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Este é o verdadeiro sentido do Natal de Jesus, como o Salvador do mundo, segundo o Evangelho de Mateus, assim: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS, porque ele salvará o seu povo de seus pecados” (Mt 1:21). Amém.

sábado, 13 de dezembro de 2008

O NATAL DE JESUS


O SENTIDO DO NATAL DE JESUS (I)

O verdadeiro sentido do Natal de Jesus. - O nascimento de Jesus Cristo é o acontecimento máximo da expressão do amor de Deus para com toda humanidade! Com o nascimento de Jesus Deus cumpriu o Seu plano para resgatar do pecado e salvar o homem da condenação eterna.

Observemos como a Bíblia registra a expressão desse incomparável amor: “E o anjo do Senhor lhes (aos pastores) disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor; ” . Lc 2: 10-11. “(...) Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo 3:16. Este é o sentido do Natal, pois, sem o nascimento de Jesus como o Salvador do mundo não haveria esperança de salvação e vida eterna após a morte. Lc 2.8-20; Mt. 1.18-25; Gl 4.4.

A partir do nascimento de Jesus em Belém de Judá e da Sua ressurreição, deu-se início a mensagem do verdadeiro sentido da palavra evangelho que quer dizer “boas novas”.


A palavra evangelho ou boas novas, historicamente, marcou três estágios importantes:

1. Nos antigos gregos: os heróis recebiam recompensa por trazer “boas novas” das vitórias;

2. Na Septuaginta, (tradução da Bíblia para o grego) as próprias boas novas do nascimento, vida, morte e ressurreição de Jesus, foram traduzidas com a palavra “Evangelho”.

3. No N. Testamento: os livros que apresentam as "boas novas" sobre Jesus foram intitulados de os Evangelhos: segundo São Mateus, segundo São Marcos, segundo São Lucas e segundo São João. Vejamos como na Bíblia Sagrada estão registrado as "Boas Novas" desses acontecimentos, a seguir:

I - AS PROFECIAS NO V. T. SOBRE O NASCIMENTO DE JESUS


As principais profecias que autenticam de como seria a Sua concepção virginal, a Sua encarnação sem pecado e o local do Seu nacimento, são:


a) "E porei inimizade entre ti (Satanás) e a mulher e entre a tua semente e a sua semente (Jesus); esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar". Gn 3.15

b) "Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel". Is 7.14

c) "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz". Is 9.6

d) "E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade". Mq 5-2

II – O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS SOBRE O NASCIMENMTO DE JESUS

i) Nascimento de uma virgem - Mt 1.20-25 - "(...) E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo. E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus conosco). E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher, e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de Jesus".

ii) Deus se fez homem e habitou entre nós - O Verbo (Logos) eterno se fez carne humana entre nós, porém, sem pecado. Col 1.14-19; 1ª Jo 1.1-2.

iii) O Verbo era Deus - "No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com ". Jo 1-1-2.

iv) O Unigênito do Pai cheio de graça e de verade - "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (...) Ninguém jamais viu a Deus; o Filho unigênito que esá no seio do Pai, esse o revelou". . Jo 1.14, 18.

iii) Nascimento de Jesus Cristo em Belém de Judá. "E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, (Belém) vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor". Lc 2.10-11; Mq 5.2.

iv) O nascimento de Jesus é o marco histórico da plenitude dos tempos. Foi o apóstolo Paulo quem disse ser o nascimento de Jesus a plenitude dos tempos, assim: "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo". Gal 4.4-7.

v) O objetivo da mensagem do Evangelho é salvar os pecadores: “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”. Jo 3.18 “(...) E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa”. At 16.30-31 “(...) Quem crê no Filho de Deus em si mesmo tem o testemunho; quem em Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creiais no nome do Filho de Deus”. 1ª Jo 5.10-13.

Conclusão - O Evangelho traz a boa notícia de salvação de graça pela fé em Jesus para todos os homens, (Ef 2.8-9). Porém, todos precisam se arrepender e crer em Jesus Cristo como seu suficiente Salvador. É como está escrito na Palavra de Deus: Mc 1.14-15, (...) E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho. Mc 16.15 (...) E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Então, creia e serás salvo por Cristo Jesus, “(...) tu e tua casa”, (At 16.31). Amém. (continua).

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Quem são os pobres? (I)



QUEM SÃO OS POBRES (I) ?!?!?!?!

Disse pois Jesus: "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus". Mt 5.3.
"(...) Porque os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes". Jo 12.5-8.
Entendendo o siginficado original da "palavra pobre" no Antigo e no Novo Testamento, usada nos textos originais, segundo as considerações do Pr Carlos Pinheiro de Queiroz, no seu livro: "Eles Herdarão a Terra", temos o seguinte:

I - As palaras originais no Antigo Testamento:

a) "rãs", usada cerca de onze vezes, significando "carente", "necessitado". Às vezes traduzida por "penés", principalmente no livro de Provérbios para contrastar entre o rico e o pobre. Pv 10.15-16; 19.17.

b) "dal" usada vinte e duas vezes significando "fraco, "magro" ou "débil". Pv 18.23.

c) "ebyon", termo hebraico semelhante à palavra grega "ptóchos" usada onze vezes significando "mendigo" "pedinte" "não saciado".

d) "ani" usada cerca de trinta e sete vezes, no sentido de "baixado e aflito", referente à pobreza em consequência da opressão política, religiosa e psicológica e, também, por causas econômicas.

II - As palavras originais no Novo Testamento:

a) "penés" significa o homem trabalhador com meios limitados, mas, que sobrevive com dignidade.

b) "ptóchos" derivada do verbo "ptossein", que significa "abaixar-se", "encolher-se" trata-se do indivídio miserável que para sobreviver necessita de esmolar, perdendo sua dignidade. Exemplo de Lázaro citado por Jesus em Lc 16.19-31 que mendigava à porta do rico para sobreviver.

Em seu comentário no livro "Eles Herdarão a Terra", o Pr Carlos Queiroz diz que a palavra "ptóchos" descreve também a confiança daqueles que creem em Deus e não confiam em si mesmo, pois, não dispõe de prestígio, influência e poder.

III - Quem são os pobres? - "São esses pobres a quem Jesus foi ungido para evangelizar, (Lc 4.18), para quem são dadas as bem-aventuranças, (Mt 5.1-12), para quem o evangelho é revelado (Mt 11.28), que são os indigentes, carentes, fracos, sob humilhação, etc. Principlmente, são os que trabalham com dignidade e possuem somente o trivial, vivendo, assim, em condição de miséria absoluta". Vejamos:

i) Os pobres em consequência da preguiça e do pecado - A pobreza é, também, fruto da preguiça e "do pecado do próprio indivíduo que é pobre". Ler: Pv 6.6-11; 19.17; 20.13; 23.21; 2ª Ts 3.10-12.

ii) Os pobres como produto social e econômico - São aqueles oprimidos como resultado do mercantilismo selvagem e do poder dominante sem piedade para com o ser humano criado à imagem e semelhança de Deus. Estes povoam toda a terra como produto social de ideologia política, econômica e religiosa. São os "ebionitas" e "pitoches" da vida secular, injustiçados pelos homens dominadores, materialistas, mentirosos e egoístas. Ler: Js 9.1-27; Tg 5.1-6.

iii) Os pobres explorados pelos gananciosos sem pudor - São aqueles inocentes uteis enganados pela "midia" formadora de opinões a qualquer preço, sem pudor, sem piedade em expor publicamente as jovens de corpos sensuais, com o objetivo cego do lucro capitalista. São, também, aqueles ou aquelas jovens carentes, pobres, mendigando o pão, exploradas, prostituidas a mercê dos "turistas" internacionais iventores de males. São as vítimas dos patrocinadores de propagandas das bebidas, dos vícios, das vaidades cosméticas, das estéticas sensuais, e dos exploradores do corpo humano feito à imagem e semelhança de Deus. Esses são os pobres indefesos vendidos como mercadoria descartável, como produto de uma sociedade corrupta escrava da concupiscência da carne, da lascívia, da prostituição, da fornicação, dos vícios e das drogas, etc. Ler: 1ª Cor 6.9-10; Gl 5.19-21; 1ª Jo 2.15-17; 1ª Tm 2.9-10; Ap 21.8.

iv) Os pobres humilhados e escravos da pobreza - São os pobres socialmente injustiçados, oprimidos, "mergulhados sob as abas de um chapéu para esconder a vergonha de esmolar". São tantos que povoam toda a terra, inclusive no Brasil dos bóias-frias, empregadas domésticas, padeiros, serventes de pedreiros, cobradores de ônibos, motoristas, doentes nas filas dos hospitais, analfabetos humilhados e excluídos nas agências de emprego, as rendeiras, sapateiros, biscateiros, os palafitados, marisqueiros, pescadores artesanais, as meninas e os meninos de ruas, etc. Esses são os pobres que carregam as feridas da humilhação no íntimo da alma, no "psiquê" da divisão da alma e do espírito que só Deus conhece muito bem. Vejamos como Deus atenta para esses tais, assim: "(...) Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam? Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais? Porventura, não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado? Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. (...)" Tg 2.1-9; Hb 4.12.

v) Os pobres dos valores do Reino de Deus - São pobres espirituais: pobres em amor, em justiça, em misericórdia, em benficência, etc. Mesmo sendo ricos materialmente e socialmente, valorizados pela sociedade secularizada como homens de sucesso empresarial, tais como: os banqueiros, industriários, os comerciantes, os políticos, os donos dos meios de comunicações, etc.

vi) Os cidadões do Reino de Deus - Continua ainda o Pr Carlos Queiroz afirmando: "São ainda os cidadãos do Reino de Deus que, desprovidos de qualquer socorro humano e material, recorrem exclusivamente ao socorro de Deus. E por isso são felizes, conforme o sermão da Montanha, (Mt 5.3; 6.19-21), por não acumularem tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, (...) mas, porque resolveram servir somente ao Senhor e abandonar as riquezas, porque sabem que não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo", ou seja: a Mamon - deus das riquezas - e ao reino de Deus, como disse Jesus: "Ninguém pode servir a dois senhores, pois ou há de aborrecer a um amar ao outro, ou há de unir-se a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e as riquezas". (Mt 6.24). "Esses dois reinos por natureza são antagônicos. O de Deus traz justiça, paz e alegria. (Rm 14.17); o das riquezas é egoístico, avarento e promotor da violência, guerra e destruição". (Tg 4.1-4).

Conclusão - Como disse o Pr Carlos Queiroz no livro citado acima: "Esses abandonados deixados à margem da sociedade recebem da parte do Senhor um tratamento todo especial, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento". (Fonte: o Livro "Eles Herdarão a Terra, editado por Encontro Publicações).

E, porque não dizer que os pobres enriquecidos pela graça de Deus, no céu são bem-aveturados a exemplo do "pobre mendigo Lázaro", como disse Jesus assim: "(...) No Hades, (o rico) ergueu os olhos, estando em tormentos, viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio. E, clamanmdo, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado. E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quissessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós. (...). (Lc 16.23-26).

É necessário que as igrejas evangélicas ocupem urgente este espacço e não se omitam mais, ao contrário, criem agências de atendimento nas áreas: da educação, da formação profissional, da saúde e da economia em todos os níveis, a favor dos pobres. (Tg 4.17). Observemos como viviam os primeiros cristãos no I século. (At 2.43-47; 4.32-37). Atentando para a lei áurea do amor ao próximo registrada na Bíblia Sagrada, assim: "A religião pura e imaculada diante de nosso Deus, o Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições, e guardar-se da corrupção do mundo (kosmos)". Como disse o apóstolo João: "Quem pois tiver bens no mundo, e vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de lígua, mas por obras e em verdade". (1ª Jo 3.17-18). (Continua)>>>

Na Cruz Jesus foi inocente!


Deus é Inocente - Ed Renee Kivitz

Há muitos ateus que, como Robert De Niro, faz o seguinte questionamento: "Se Deus existe, por que tanto sofrimento?" Se o céu existe, Deus tem muito o que explicar". Essa afirmação do Robert De Niro faz eco em meu coração. Também experimento o incômodo de deixar Deus sub judice diante do sofrimento humano. Não me conformo diante das injustiças da vida. O argumento de que todos somos maus e em última análise ninguém mereceria ser poupado do mal não me satisfaz. Sou daqueles que acreditam que coisas ruins acontecem às pessoas boas, e acalentam silenciosos uma certa contrariedade quando coisas boas acontecem às pessoas ruins. Acredito, sim, que no mundo existe gente boa e gente ruim. E também acredito que a maioria das pessoas não merece a tragédia que sofre. O casal que perde o filho recém nascido, o adolescente que fica tetraplégico após um displicente mergulho na piscina do clube, a mulher que se vê mutilada pelo câncer, o pai de família que percorre as ruas na indignidade do desemprego e que, por vergonha ou por caráter - ou as duas coisas, não sabe nem mesmo esmolar, são situações cotidianas que me fazem dormir mal, sob o peso do veredicto: Deus tem mesmo muito o que explicar.

Mas trago no coração duas outras certezas que me apaziguam a alma, me dão coragem para viver, e me animam à solidariedade, ainda que tímida e não poucas vezes insuficiente. O céu existe. Não sei como é. Não sei onde fica. Não sei quando acontece. Mas que existe, existe. Este mundo não é a realidade definitiva. O presente estado de coisas não é a versão final da obra de Deus. Uma coisa é o mundo em que vivemos. Outra, o mundo em que viveremos eternamente. E a respeito das coisas que acontecem neste mundo e não deveriam acontecer, e que não acontecerão no mundo vindouro, Deus já se explicou. Deus se pronunciou em alto e bom som, há mais de dois mil anos, na cruz do Calvário, onde foi morto Jesus de Nazaré, o Cristo, unigênito de Deus.

A tradição cristã afirma que "Deus prova seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores", (Rm 5.8). Quem duvida do amor de Deus deve olhar para o Calvário. No dia em que o sofrimento se agiganta e a visão do amor de Deus fica ofuscada pelas lágrimas da dor quase insuportável, a cruz do Calvário é o grito apaixonado de Deus. John Stott disse que na cruz de Cristo Deus justifica não apenas a humanidade, mas justifica a si mesmo. Na cruz de Cristo, Deus se levanta diante de todos os que o acusam de ser injusto, tirano, indiferente ao sofrimento e à dor humanas, e pronuncia a sentença de inocência sobre si mesmo. A cruz de Cristo é a prova irrefutável do amor de Deus.

Na cruz de Cristo há quatro afirmações que provam o amor e definem a inocência de Deus. Na cruz de Cristo Deus é declarado inocente porque se solidariza com as vítimas do mal e da malignidade. Através da morte de Jesus Cristo, seu Filho, Deus afirma "O mal também me feriu", "O sofrimento chegou também à minha casa", "As lágrimas pelo padecimento injusto também rolam dos meus olhos", "Eu e as vítimas do mal e da malignidade somos um".

Aqueles que imaginam que o Deus que "habita em luz inacessível" vive confortavelmente no ar condicionado do céu enquanto suas criaturas penam contra o diabo na terra do sol, estão absolutamente enganados. Deus tem a cara suja pelas lágrimas que borram seu rosto sofrido com a dor de cada um dos seus filhos por adoção e do seu unigênito. Na cruz de Cristo Deus sofre conosco. Sofre por nós. Sofre em nosso lugar. Deus sabe o que é padecer. Seu Filho é homem de dores. Ovelha muda entre seus sanguinários tosquiadores. Na cruz de Cristo Deus atravessou não apenas o vale da sombra da morte. Atravessou a própria morte. (Is 53).

Na cruz de Cristo Deus é declarado inocente porque não é contado entre os promotores do mal, mas entre os que sofrem os danos da malignidade. Na cruz de Cristo Deus afirma "Não olhem para mim como se eu ordenasse o mal", "Quando estiver sofrendo, não me conte entre os que lhe causam a dor", "Na cruz, eu não batia pregos na mão de ninguém. Na cruz, a mão sob os pregos ferozes era a minha". Quase posso escutar Deus dizendo à mãe que chora a filha atropelada: "Não me tome como quem passou por cima, eu estava em baixo, sendo esmagado sob o peso da borracha negra que me dilacerava a carne e a alma". Na cruz de Cristo Deus sofre o mal. Na cruz de Cristo Deus é exposto como vítima da malignidade e não como algoz que causa dor e sofrimento. Na cruz de Cristo os verdadeiros promotores da morte são publicamente desmascarados. Cai o pano. E todo mundo pode ver que Deus não está com mãos sujas de sangue inocente. Na cruz de Cristo Deus é a mão inocente que sangra. (1ª Pe 2.24).

Na cruz de Cristo Deus é declarado inocente porque fica evidente que a causa do sofrimento é o pecado da raça humana. Os pecadores estão pensos nas cruzes laterais, mas a cruz do meio sustém um inocente. Na cruz de Cristo Deus afirma: "Vocês deflagraram o mal", "Vocês abriram a caixa de Pandora", "Vocês soltaram a besta fera", "Vocês macularam o Paraíso". O aviso ainda ecoa pelo universo: "No dia em que pecar, certamente morrerás". A presença da morte é evidência de pecado. E o pecado é responsabilidade da raça. A cruz de Cristo somente se explica porque o pecado a faz necessária. Naquele dia em que Deus provava seu amor para conosco éramos de fato ainda pecadores.

Na cruz de Cristo Deus é declarado inocente porque é o que morre, e não o que mata. Na cruz de Cristo pende o justo morrendo a morte dos injustos. O veredicto está lançado: há pecado, pois que haja morte. O salário do pecado é a morte, disse o apóstolo. A justiça do Deus três vezes santo há que ser satisfeita. Deus está diante de seu dilema eterno: matar ou morrer. E sua opção é definitiva, desde antes da criação do mundo: morrer. Na cruz de Cristo Deus faz sua escolha e anuncia sua disposição de amor absoluto: se alguém tem que morrer para que a justiça volte a brilhar no universo maculado pela culpa da raça humana, que viva a raça e que morra eu-Eu.

O primeiro dos dilemas é criar ou não criar. O segundo é criar com liberdade ou sem liberdade. O terceiro é assumir o ônus da liberdade ou deixar este ônus nas mãos da criatura. Deus faz as escolhas que o machucam, que lhe causam dor, que o fazem sofrer, que o diminuem. Simone Weil diz que "Deus e todas as suas criaturas é menos do que Deus sozinho". Deus escolhe criar. Escolhe criar um ser livre, pois não fosse livre não seria à imagem do Criador. E escolhe arcar com ônus da liberdade que concede à sua criatura. Na cruz de Cristo está Deus, dando ao rebelde o direito de existir. Na cruz de Cristo está Deus entregando a sua vida, voluntariamente, em favor dos pecadores. O mal deflagrado pela raça levanta sua sombra sobre o trono de Deus. E Deus se levanta como um Cordeiro que se doa, pois escolhera morrer, em detrimento de matar. Na cruz de Cristo está o Deus que morre para que todos tenham vida, vida completa, abundante vida.


Fonte: Galilea via Praxis Cristã


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

ISRAEL - O Relógio de Deus entre as Nações (IX) - 3ª Parte


O PLANO INTERNACIONAL DE PAZ PARA O ORIENTE MÉDIO.

a) O Plano de Paz para Israel e os Palestinos - Confirmando a seqüência desses sinais proféticos com relação a Israel e as outras nações, no dia 07 de Junho de 2003 foi noticiado pela “France Press, em Àcaba (Jordânia), “O Plano de Paz para Israel e os Palestinos”, assim: Reuniram-se os líderes de Israel com os dos Estados Unidos, Rússia, União Européia e Organização das Nações Unidas, sob a égide dos EUA, e assinaram conjuntamente o “Plano Internacional de paz para o Oriente Médio, com o nome de Mapa da Paz”.

b) Objetivos do Plano de Paz para Israel e os Palestinos - Este plano tem como objetivo a criação de um Estado Palestino que possa coexistir pacificamente com Israel. Os Estados Unidos pediram imediata aplicação, com previsão de várias etapas até o ano de 2005. Todavia, sabemos que ainda não se cumpriu, estando sem data prevista para chegarem a um acordo. O documento elaborado pelos países acima mencionados denominado “quarteto”, reflete o ponto de vista do presidente George W. Bush, expressado em seu discurso de 24 de Junho de 2002.

c) É possível a coexistência passífica - Afirmaram que a solução dos dois Estados, Israelense e Palestino, para viverem juntos é possível, desde que cessem a violência e o terrorismo. A direção palestina deve lutar efetivamente contra o terrorismo e respeitar os princípios de democracia e liberdade. Israel deve estar disposto a trabalhar para que possa surgir um Estado Palestino. A solução porá fim ao conflito israelense-palestino considerando-se a ocupação dos territórios conquistados por Israel em 1967, e também, fará com que os países árabes reconheçam o direito de Israel viver em paz nas questões sírias e libanesas.

d) As três fazes do plano - O plano tem três fases que seriam executadas até 2005, para resolver as questões sobre Jerusalém, (Lc 13.34-35); os refugiados palestinos; e as colônias judaicas. Quando isso ocorrer, certamente, deverá se cumprir as profecias de Lc 21.24 e I Ts 5.1-4. (Matéria publicada no Informativo Regional Sudeste, 09)

e) A figueira -Israel - indicando que está próximo o verão - Jesus comparou esses sinais a uma figueira quando está próximo do verão. Sabemos que a figueira é um tipo de Israel, (Mt 24.32-35; Mc 11.12-21), como, também, a videira é um tipo de Cristo e Sua Igreja. (Jo 15.1-8). Por isso que Jesus no seu sermão profético alertou a seus discípulos que olhassem para estes sinais dos tempos, em relação ao surgimento da nação de Israel entre as nações, assim como, a figueira quando começa a “brotar os seus ramos e folhas indica que está próximo o verão". Foi com a parábola da figueira (Israel) que Jesus previu esses acontecimentos, dizendo: (...) "Quando já os seus ramos se tornam ternos e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele (Jesus) está próximo, às portas.” (Mt 24.32-35). É, também, como se fosse um relógio que faz a contagem regressiva para o lançamento de um foguete espacial, e no relógio escatológico de Deus já estamos nas últimas horas. (...) "Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus". (Continua) >>>>>>

ISRAEL - O Relógio de Deus Entre as Nações (VIII) - 2ª parte



AS BATIDAS HISTÓRICAS DO RELÓGIO DE DEUS - ISRAEL - ENTRE ÀS NAÇÕES.

Deus promete dar as terras de Canaan a Abraão, assim: "Disse Jehovah a Abrão, depois que Ló se separou dele: Levanta agora os olhos, e desde o lugar onde estás olha para o Norte, para o Sul, para o Oriene e para o Ocidente; porque toda essa terra que vês, te hei de dar a ti e à tua semente para sempre. (Gn13.14-15)
Deus mostra a Moisés a terra prometida, assim: "Subiu, pois, Moisés das planícies de Moab ao monte Nebo, ao alto de Fasga, defronte de Jericó. O Senhor mostrou-lhe toda a terra de Galaad até Dan, todo o Neftali, a terra de Efraim, de Manasés, toda a terra de Judá até ao mar extremo, a parte meridional, a espaçosa campina de Jericó, cidade das palmeiras, até Segor. E o Senhor disse-lhe: Esta é a terra pela qual jurei a Abraão, Isaac e Jacó, dizendo: Eu a darei à tua posteridade (...). (Dt 34.1-4).
As terras bíblicas dadas por herança às 12 tribos de Israel, conforme a promessa feita por Deus a Abraão estão mencionadas detalhadamente nos capítulos 13 a 22 do livro de Josué. É por isto que Israel briga pelas terras bíbblicas como sua herança legítima até aos dias de hoje, assim:

a) Início das guerras contra Israel - A partir da criação do novo Estado de Israel em 1948, começou no oriente médio um período de sucessivas guerras dos palestinos, tendo a frente Yasser Arafat que instalou um quartel-geral autônomo na faixa de Gaza, não querendo reconhecer o Estado de Israel, e muito menos a posse das terras bíblicas. Vejamos alguns exemplos:

b) Guerra em 1956 - Houve a guerra do Sinai quando o Egito atacou Israel e perdeu todo o Sinai, porem, depois Israel o devolveu ao Egito. Os observadores da ONU ficaram com a incubência de controlar o monte Sinai para evitar novos conflitos, que durou até o ano de 1967.

c) Guerra de 6 dias em 1967 - Em 1967 houve um conflito extraordinário liderado pelo Egito que acumulou grande poder bélico, fazendo com que os observadores da ONU saíssem do Sinai, fingindo que não tinha interesse militar contra Israel. Depois disto, o Egito desfechou de supresa um ataque contra Israel o qual se defendeu heroicamente destruindo, surpreendentemente, durante 6 dias os inimigos, mesmo o Egito tendo bastante aviões e tanques de guera. É a chamada “guerra dos seis dias”. A Síria e a Jordânia empolgadas pelos acontecimentos, também, resolveram entrar nessa guerra contra Israel. Como resultado desta guerra, o Egito perdeu o domínio sobre o Sinai, a Síria perdeu as colinas de Golã e a Jordânia e a Cisjordânia perderam parte do seu domínio, e Israel chegou vitoriosamente até o canal de Suez.

d) Guerra do Egito em 1973 - Outra vez o Egito ataca Israel de surpresa no dia do Yom Kipur, - dia do perdão -, o dia mais sagrado do povo judeu. O presidente dos Estados Unidos Richard Nixon, por intermediação do Secretário de Estado Henry Kinsinger, mandou armas e tanques para ajudar a Israel que venceu novamente a guerra. Posteriormente, em 1979 Israel fez um acordo com o presidente do Egito, após Hanuar Sadat reconhecer Israel como nação independente, que em troca delvolveu o Sinai ao Egito.

e) Acordo de paz em 25 de Julho de 1994 - A Jordânia firma com Israel um acordo histórico de paz na Casa Branca em Washington, assinado pelo rei Hussein e o primeiro-ministro de Israel Yitzhak Rabin, tendo como testemunha formal o presidente norte americano Bill Clinton, pondo fim a 46 anos de conflito entre os dois paises.

f) Ameça de mais guerra pelos Árabes - Entre os dias 12 e 15 de Março de 1995 foi promovido um simpósio no Cairo capital do Egito, onde os árabes conclamaram os 1,2 bilhões de muçulmanos para uma Guerra Santa contra Israel, com o objetivo de libertar Jerusalém do domínio judaico.

g) Sinal histórico - o Muro das Lamentações - Mencionamos um fato notável que aconteceu em 23 de Setembro de 1996. Foi a abertura de um túnel que liga o Muro das Lamentações à Via Dolorosa, o qual passa ao longo do monte do antigo templo de Jerusalém, onde se ergueu a mesquita Al-Aqsa, local sagrado dos mulçumanos. Isto desencadeou uma grande violência que durou 4 dias de conflitos e 80 mortes.

Provavelmente neste local os judeus querem reconstruir o terceiro Templo para restabelecer o culto e os sacrifícios segundo a Lei de Moisés, quando, então, se cumprirá a profecia de Daniel citada por Jesus. (Dn 12.6-12; Mt 24.15) - Continua>>>>

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

ISRAEL – O relógio de Deus entre as nações (VII)


A NAÇÃO DE ISRAEL É O SINAL ESCATOLÓGICO ENTRE AS NAÇÕES

a) O relógio de Deus - Com a parábola da figueira, Jesus mostrou o sinal histórico dos últimos tempos, com relação a Israel e as outras nações, assim: "Aprendei pois a parabóla da figeueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele (Jesus) está próximo, às portas" (...) Mt 24:32-35; Mc 13:28-31; Lc 21:29-35.

b) O sinal da paz mencionado por Paulo - O apóstolo Paulo deu outro sinal, com as seguintes palavras proféticas: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão” (I Ts 5.3).

Historicamente o cumprimento desse sinal deu início assim:

c) Cumprimento histórico - Após a grande perseguição do tirano alemão Hitler aos judeus dispersos, na II Guerra Mundial, onde seis milhões de judeus foram mortos como animais, em campos de concentrações e nas câmaras de gás, os judeus que escaparam em todo mundo, dirigiram-se à palestina, com o sonho de reconstruir sua antiga pátria.

d) A Assembléia Geral da ONU- Para cumprimento das profecias, em maio de 1947, a Assembléia Geral da ONU estabeleceu o Comitê Especial das Nações Unidas para palestina, integrado por 11 países, para aprovarem um plano a fim de criarem o novo Estado de Israel. Os árabes foram contra, como acontece até nossos dias. O projeto da ONU era para que fosse formado um estado judaico composto de três áreas ligadas entre si, e um Estado palestino nas mesmas condições. Jerusalém ficaria de fora como uma zona neutra sob um regime internacional, administrada pelas Nações Unidas.


Após longos debates, no dia 29 de Novembro de 1947, a Assembléia Geral da ONU aprovou com 2/3 dos votos dos seus representantes, a formação de dois estados, sendo: um palestino e outro judaico. O brasileiro Oswaldo Aranha teve o privilégio de presidir esta Assembléia. Logo após, o Conselho da Liga dos Estados Árabes se manifestou contra, afirmando que impederia o estabelecimento do referido projeto, declarando, assim, um estado de guerra.

Mesmo assim, os judeus se prepararam para assumir o poder quando o novo Estado fosse proclamado como um governo provisório. No dia 14 de maio de 1948, no museu da cidade de Tel Aviv, às 16 horas, nascia um pais com o nome de Estado de Israel.

e) Cumprimento parcial das profecias - Com isto se deu o cumprimento parcial das profecias de Jeremias e Ezequiel: (...) "Dize-lhes pois: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que Eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações, para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra. E deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel, e um rei será rei de todos eles; e nunca mais serão duas nações, nunca mais para o futuro se dividiração em dois reinos." Ez 37.21-22. Como já estava previsto na profecia de Isaías assim: Quem jamais ouviu tal coisa, quem jamais viu coisa semelhante? É possível um pais nascer num dia? Pode uma nação ser criada repentinamente? Desde as primeiras dores de Sião deu à luz seus filhos” Is 68.8.

Nesse mesmo dia Israel foi atacado pelos exércitos do Egito, Jordânia, Iraque, Síria, Líbano e Arábia Saudita, mesmo estando em superioridade, não conseguiram êxito.

f) Declaração da criação do novo Estado de Israel - Na noite do dia 14 para 15 de maio de 1948, inspirado por Deus, o novo primeiro-ministro de Israel, David Bem Gurion, declarou para todo mundo o seguinte: “Aqui é o Estado de Israel! Fala Bem Gurion o primeiro-ministro de Israel. Esperamos durante 2000 mil anos por esta hora e agora aconteceu. Quando o tempo está cumprido nada pode resistir a Deus! (Citação retirada do Jornal Notícias de Israel, Fevereiro de 1996).

g) Início da volta dos judeus para o Estado de Israel - Com a criação do novo Estado de Israel mais de 150 mil judeus que moravam no Egito, Argélia, Síria, Marrocos, Rússia e outros países imigraram para Israel, e foram recebidos jubilosamente e o governo deu-lhes casas para morarem, planos de saúde, educação, nacionalidade, liberdade de cultuar a Deus, etc. Deu-se início ao cumprimento do que Jesus predisse: "(...) E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levadas cativas; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem." Lc 21.24. Continua>>> (Fonte: O Livro o Lindo Amanhecer, Gerson do Vale, ano 1997)



quinta-feira, 16 de outubro de 2008

SINAIS - Onde estão os pobres !?!?!?!?!? (II)


Onde estão os pobres (humildes) de espírito. !?!?!?

a) A humildade de espírito - É evidente que Jesus não está falando de pobreza econômica, quando disse: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus”. (Mt 5:3).
Não é impossível para o pobre ser arrogante nem para o rico ser humilde. Lembrem-se, muitos podem viver com muitas posses, entretanto serem pobres de espírito, enquanto outros podem viver na pobreza e serem riquíssimos em espírito.
Aqui nos ensina a reconhecermos o nosso estado pecaminoso, fruto de uma falência espiritual absoluta, na qual uma pessoa é compelida a implorar por aquilo que ela é impotente para obter (Jr 10:23), e ao que ela não tem nenhum direito mas sem o que ela não pode viver. (Lc 15:18-19).

b) Deus se agrada da singeleza e da humildade - Deus rejeita o orgulho e a auto-suficiência, mas agrada-se da singeleza e humildade, assim: “Porém o maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado. (Mt 23:11-12). É como o salmista disse: “Ainda que o Senhor é excelso, atenta para o humilde; mas ao soberbo, conhece-o de longe”.(Sl 138.6).

c) Agradou ao Pai revelar-se aos pequeninos. “Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos". (Mt 11:25). Ser pequenino não quer dizer ser pobre financeiramente nem inculto intelectualmente, mas ser pequeno para perceber e ser ensinado por aquele que é o grande Mestre da vida - Jesus. Repito, alguns são cultos ou ricos, mas são simples na maneira de ver a vida. Outros são incultos, mas podem ser arrogantes e impenetráveis. Temos de tomar cuidado com nossa postura diante da vida. Quem é incapaz de questionar as suas verdades não tem mais nada para aprender. O seu conhecimento se transformou no seu cárcere. Jesus só conseguia ensinar as pessoas que não estavam entulhadas com velhos conhecimentos, preconceitos cristalizados e verdades absolutas. A humildade é a força dos sábios; e a arrogância, dos fracos.

d) Jesus formava discípulos humildes - Jesus não desejava formar homens seduzidos pelo sucesso, que se colocassem acima dos mortais. Almejava que a humildade fosse permeada na personalidade de cada um. Queria gerar discípulos que fossem capazes de dizer: “Eu errei me desculpe”. Que tivessem a ousadia de falar: “Eu preciso de você”. Que não tivessem medo de dizer: “Eu estou sofrendo, preciso de ajuda”. Queria produzir homens saudáveis, felizes, satisfeitos, serenos, que não tivessem vergonha dos seus sentimentos.
Jesus nunca desejou que seus discípulos fossem gigantes ou até mesmo infalíveis, mas que sempre que errassem tivessem a coragem de reconhecer o erro e a humildade de se desculpar. Exemplo do publicano na parábola citada por Jesus: “(...) O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este voltou justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado" Lc 18:13-14. (Palestrante: Adalto Pinho Faria. Continua)>>>

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Período Tribulacional no Evangelho de São Mateus (VI)

Paralelismo dos sete selos do Apocalipse com o capítulo 24 do Evangelho de São Mateus.

Para melhor compreenção da abertura dos sete selos, (Ap 6; 8.1-2) temos outro paralelismo importante, entre o capítulo 24 do Evangelho segundo São Mateus e os os sete selos do livro de Apocalipse, além do paralelismo dos "duplos" postado anteriormente, a seguir:

Segundo o teólogo Scofield, o capítulo 24 de Mateus tem dupla aplicação, parte aplicável à era da Igreja militante e parte na tribulação, assim: “Os versículos de 4 a 14 de Mateus 24 têm dupla interpretação que são”:

a) O caráter da presente era – guerras, conflitos internacionais, fomes, pestes, perseguições e falsos cristos, aplicáveis à dispensação da Igreja, ou seja, está se cumprindo historiacamete. (Dn 9.26; 1ª Jo 4.1-4); e

b) Aplicação no tempo do fim da era - Ele afirma que a mesma passagem (Mt 24.4-14) aplica-se, também, de maneira específica ao fim desta era, ou seja, durante a tribulação prevista na septuagésima semana de Daniel (Dn 9.27). Tudo “o que caracteriza o século presente assume terrível intensidade no fim, na tribulação ”. Assim entendemos que a profecia acima está se cumprindo em parte durante o período da Igreja militante, e será cumprida na sua totalidade no período da tribulação.

Paralelismo– Com base no comentário do teólogo English, "existe um paralelismo entre os sete selos e o capítulo 24 de Mateus, vejamos:

i) Em Mt 24.4-14, corresponde aos primeiros 5 selos de Apocalipse capítulo, 6, vv 2-11, porém, sob a falsa aliança do anticristo, conforme a primeira metade da semana profética de Dn 9.27ª, e,

ii) Em Mt 24.15-26, corresponde aos sexto e sétimo selos de Apocalipse capítulos 6, vv 12-17 e 8.1-2, relativo à segunda metade da grande tribulação, vindo depois o fim". (Dn 9:27; Ap 7.1-8; 12:6,14), assim:

a) Paralelismo de Mt 24.4-14 e os cinco primeiros selos de Apocalipse cap. 6:

1) O primeiro selo (Ap 6.2) - "Revela um cavaleiro num cavalo branco com um arco, e foi-lhe dado uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer", tentando conquistar, o qual é o falso “Cristo”, (o falso profeta imitando o Messias, Jo 5.43; Ap 13:11). Ele vai estabelecer uma paz temporária com os judeus, conforme Dn 9:27; e 1ª Ts 5.3. Correesponde à primeira previsão em Mt 24:5, assim: "Muitos virão em meu nome dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos”.

Observação - É importante não confundir o "cavalo branco" de Ap 6.2, (é uma falsa imitação), com o "cavalo branco" do capítulo 19.11 de Apocalipse, no qual Jesus vem vitorioso para reinar, conforme Ap 19. 11, 13, 16, que diz ser Ele: “Fiel e Verdadeiro", "Verbo de Deus", e tem na Sua coxa escrito: "Rei dos Reis e Senhor dos Senhores".

2) O segundo selo Ap 6.3-4 - Foi aberto revelando um homem num cavalo vermelho, que deveria tirar a paz da terra com grande mortandade, (Ap 6.4). Corresponde a Mt 24.6, “Guerras e rumores de guerras (...), se levantará nação contra nação”

3) O terceiro selo Ap 6.5-6 - Foi aberto revelando um homem num cavalo preto, que tinha balança na mão (...), (Ap 6.5,6), indicando escassez de alimento, corresponde a terceira previsão de Mateus 24:7 que diz: “haverá fomes e pestes (...)” .

4) O quarto selo Ap 6.7-8 - Foi aberto revelando alguém num cavalo amarelo, cujo nome era Morte, (Ap 6.8), corresponde a quarta previsão de Mt 24:7, “haverá guerras, terremotos e pestes”, conseqüentemente, haverá muita morte.

5) O quinto selo Ap 6.9-11 - Relaciona-se aos que foram mortos pela Palavra de Deus, e, sob o altar choram: “Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” Corresponde a quinta profecia de Mateus 24:9, que diz: “ Então, sereis atribulados, e vos matarão”.

b) Paralelismo de Mt 24.15-26 com os sexto e sétimo selos de Ap. 6.12-17 e 8.1-2 ss.

6) O sexto selo Ap 6.12-17 - Refere-se a inervenção de Jesus a favor de Israel (Ap 6.12-17). correspondente à previsão de Mt 24:15-22, ou seja, a ruptura do tratado de paz com os judeus, dando início à segunda metade da septuagésima sema de Daniel (Dn 9.27b), ou a metade da grande tribulação.

Observação - Aqui começa as grandes perseguições contra Israel que estão escritas em Ap 12.6, 12-17, cuja perseguição "durará mil duzentos e sessenta dias", ou seja, "um tempo, dois tempos e metade de um tempo. (Ap 12.6, 14)". Corresponde à abominação da desolação de que falou o profeta Daniel (Dn 9.27, 12.7,11; Ap 12.3; ), mencionada por Jesus em Mt 24.15, “Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, estiver no lugar santo, quem lê, entenda”, indicando que o evento será na última metade da semana de anos, ou seja, nos três anos e meio no período da grande tribulação. (2ª Ts 2.1-7; Ap 13.1-10).

7) O sétimo selo (Ap 8.1-2) - Refere-se à última metade da grande tribulação, quando João viu os sete anjos que estavam diante de Deus os quais passaram a tocar as sete trombetas, (Ap 15.1; 16.1), para derramarem as sete taças da ira de Deus, (Dn 9.27b; Ap 8; 9; 11; 15; 16; 17; 18). Com esses acontecimentos terminará o período da grande tribulação, o tempo do fim (Dn 12.8-13), correspondente às profecias de Jesus em: Mt 24.21-31; Mc 13.19-23; Lc 21-23-24; Ap 7.14, 17.14

Conclusão - Fazendo-se um resumo do paralelismo do capítulo 24 Mateus, com os sete selos do livro de Apocalipse, observa-se a seguinte ordem dos acontecimentos no período da tribulação, assim:

a) Na primeira metade dos sete anos Israel sofrerá os castigos mencionados em Mt 24.4-14, correspondente aos primeiros 5 selos de Apocalipse cap. 6, porém, sob a falsa aliança do anticristo, conforme Dn 9.27a: "E ele firmará um concerto com muitos por uma semana (...) ; (1ª Ts 5.3).

b) Na metade da semana (três anos e meio) profética de Daniel (Mt 24.21-28; Ap 11.2,3 ), haverá a ruptura do tratado de paz feito pelo anticristo com o povo de Israel e começará a grande perseguição ou a "grande tribulação", até a volta de Cristo Jesus para reinar. assim: "Dn 9.27b (...) e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador". (Mt 24.27-31; Mc 13.24-27; Lc 21.29-33; 1ª Ts 5.1-3; Ap 11.15; 16.13-16; 19.6-8).

c) Na última metade da semana profética, sexto e sétimo selos, (três anos e meio), ocorrerá a grande tribulação com a súbita perseguição do Desolador, (Dn 9.27c; Mt 24.21-28; Ap 7.14, 12.12-17; 2a. Ts 2.3-4; Ap 12.3-11; 13.1-10), o que levará a Israel fugir da sua terra indo "(...) até ao deserto, ao seu lugar". (Mt 24.16-20; Ap 12.14).

d) A parte infiel de Israel será enganada pelo falso profeta (Mt 24.11-26; Ap 13.11-18) e apostatará (Jo 5.43; 2ª Ts 2:8-12).

e) A parte fiel de Israel convertida a Cristo dará testemunho, (Ap 6.9-11; 7:3-8; 12.10-12) anunciando as boas novas de que estes acontecimentos prenunciam a vinda do Messias, e muitos morrerão, Ap 6.9-11. (Mt 24.14, Ap 11.3-14). Paralelismo já mencionado acima. (Continua) >>

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Os Juízos de Deus sobre a Terra na Tribulação Registrados no Apocalipes (V)


DESFECHO DO JUIZO DE DEUS SOBRE A TERRA DURANTE A TRIBULAÇÃO:

Apocalipse - "Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo, o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto". (Ap 1.1-2).

1. Juízos de Deus na tribulação - Período de sete anos dos grandes juízos da tribulação, com início imediatamente após arrebatamento da Igreja Triunfante. Vejamos o conceito das profecias paralelas ou "os duplos" dos 7 anos da tribulação no livro do Apocalipse:

2. Desfechos dos "duplos" paralelos - O conceito das profecias dos “duplos”, dos grupos de sete julgamentos paralelos do livro de Apocalipse, está baseado no texto de Gn 41:14 ss, onde há interpretações paralelas dos mesmos eventos em cada sete anos, assim:

a) As sete "espigas cheias" são, paralelamente, idênticas às sete "vacas gordas"- sete anos de farturas -, dos mesmos acontecimentos, e

b) as sete "espigas mirradas" - sete anos de escassez -, são idênticas às sete "vagas magras", que corresponde a mesma coisa dos sete acontecimentos , - duplicados - conforme o sonho que José (tipo de Jesus), filho de Jacó, interpretou para Faraó no Egito. (Fonte: Novo Testamento, comentado por Russell Norman Champlin).

Aplicação das profecias paralelas - Aplicando-se este conceito do paralelismo ao livro de Apocalipse, temos o seguinte quadro:

a) “Os sete selos e as sete trombetas seriam, espiritualmente paralelos; e os sete anjos e as sete taças seriam espiritualmente paralelos, respectivamente.

b) A abertura dos selos e as trombetas seriam uma “visão celeste” dos mesmos acontecimentos localizados na terra correspondentes, assim: 1) a abertura dos cinco primeiros selos na primeira metade da grande tribulação e, 2) a abertura do sexto e do sétimo selo constituido dos sete anjos e as sete taças correspondente aos últimos flagelos descritos no Apocalipse, refere-se à segunda meade da grande tribulação. (Ap 6.12-17; 8.1-2; 6-13; 9.1-21; 10.7; 11.15-19; 14.6-18; 15; 16).

c) Desta maneira, temos o total da abertura dos sete selos pelo o Cordeiro (Ap 5.1-5), e sete elementos distintos dos últimos flagelos, (Ap 8.1-2), com respeito aos juízos, e não uma série de quatro conjuntos de acontecimentos. Isto é, às visões celestes dos mesmos acontecimentosdos sete selos, e dos sete anjos e das sete taças, correspondentes aos juízos aplicados na terra. Assim, somente sete elementos distintos seriam encontrados no livro de Apocalipse, (sete selos) no tocante aos juízos, e não uma série de quatro conjuntos distintos de julgamentos.

a) Aplicando o conceito dos "duplos" - Aplicando a interpretação do capítulo 41 de Gênesis, e a tomada de Jericó em Josué capítulo 6, podemos entender melhor o conceito: “os duplos” das profecias paralelas. Considerando-se ainda, que as sete trombetas constituem o sétimo selo, (Ap 8.1-2), conseqüentemente, temos treze acontecimentos gerais, correpondente aos sete eventos em sete dias na tomada de Jericó (tipo deste mundo), a saber:

i. Seis selos descritos nos capítulos 5 e 6.
ii. O sétimo selo composto de sete trombetas, capítulo 8. 1-2 ss,
iii. O sétimo selo constituido de sete eventos, dando um total de 13 acontecimentos, ou seja, 6 seis selos mais as sete trombetas que constituem o sétimo selo.

iv) Paralelismo com a tomada de Jericó -Fazendo-se outro paralelismo com a tomada de Jericó por Josué (tipo de Jesus), temos o seguinte quadro: O povo de Israel, sob o comando dos sacerdotes com os toques das trobetas, rodeou a cidade de Jericó por 13 vezes, assim: Nos primeiros seis dias eles a rodearam apenas uma vez cada dia que é igual a seis dias; mas, no sétimo dia, rodearam-na por sete vezes. Seis mais sete é igual a treze vezes. Com isso derrubou as muralhas de Jericó, com a conseqüente derrota de seus habitantes. (Js cap 6).

v) O sétimo selo e a sétima trombeta - Assim também, treze acontecimentos gerais estão profetizados para mesmo período de sete anos durante a tribulação, pois, as sete trombetas constituem o sétimo selo, dando assim, o total de 13 acontecimentos, seis selos mais sete trombetas, no período de sete anos da tribulação, que corresponde aos sete dias da tomada de Jericó. Então, com os 13 acontecimentos paralelos revelados no livro de Apocalipse, cap 5 a 16, porão fim ao governo mundial da Besta e Satanás, estabelecendo-se em seu lugar, o Reino Milenial de Cristo Jesus. O sétimo anjo comanda do céu o desfecho final como está escrito: "Tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e de seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre", (Ap 11.15; 1ª Cor 15.23, 51, 52).

vi) Jesus toma posse do seu Reino - Finalmente Jessus como Rei dos Reinos e Senhores dos Senhores toma posse do Seu Reino eterno: "(...) E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas que dizia: Aleluia! Pois já o Senhor Deus Todo-poderoso reina", Ap 19:17ss (...) E no vestido e na sua coxa tem escrito esse nome: Rei dos reis dos reis, e Senhor dos senhores", (Ap 19.16-21; 17.1, 14; 18.1ss; 19.11,-21 ). Amém.

Damos abaixo, os textos bíblicos correspondentes dessas profecias paralelas, para uma melhor compreensão:

Só Jesus como o Leão da tribo de Judá - o Cordeiro ressuscitado e glorificado Ap 5.6 -, poderá abrir os sete selos, e comandar os juízos sobre a terra, (Mt 28.17-18), assim:
"E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos. E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos? E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele. E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele. E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e desatar os seus sete selos. E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda terra". ( Ap 5,1-6).

vii) Os paralelos duplos dos selos e dos anjos - Vejamos no quadro abaixo os paralelos: A aberturas dos sete selos e as trombetas indicam o comado do ponto de vista celeste; os anjos e as taças indicam do ponto de vista terreno dos mesmos acontecimentos. A seguir damos a ordem de como será executado o Juizo de Deus na tribulação, como está no livro de Apocalipse:

viii) Os seis primeiros selos - Assim: (Ap 6.1-17) a 8.1-6): 1º Selo - Ap. 6:2; 2º Selo - Ap 6:3-5 ; 3º Selo - Ap 6:5-6 ; 4º Selo -Ap 6:7-8 ; 5º Selo - Ap 6:9-11; 6º Selo - Ap 6:12-17 ;

ix) Sétimo selo - O sétimo selo é constituido de sete taças correspondentes às últimas sete pragas do Apocaliépse. (Ap 8:1-6). Assim:

x) Sete anjos e sete taças do sétimo selo - Em (Ap 8.1-6), tem sete anjos que tem as sete trombetas para executar os sete últimos flagelos, correspondente a ira de Deus sobre a terra, conforme estão descritas no capítulo 16 de Apocalipse

xi) Os sete anjos -Ler em Ap 15:1-8; Os sete anjos: 1º- Ap 14:6,7; 2º - Ap 14:8; 3º - Ap 14:9-12; 4º - Ap 14:13; 5º - Ap 14:14, 19-20; 6º- Ap 14:17; 7º -14.18. Quantos aos anjos tem dois momentos para se cumprir a Profecia, do mesmo jeito como aconteceu com a derrubada dos muros de Jericó. (Vide abaixo as sete trombetas e as sete taças).

xii) As sete trombetas e as sete taças - As trombetas indicam o ponto de vista celeste; as taças indicam o ponto de vista terreno dos mesmos acontecimentos. Vejamos no quadro abaixo os paralelos:

xiii) As sete trombetas são: 1ª trombeta - Ap 8:7; 2ª trombeta - Ap 8:8-9; 3ª trombeta - Ap 8:10-11; 4ª - trombeta - Ap 8:12-13 ; 5ª trombeta - Ap 9:1-12; 6ª ttrombeta - Ap 9:13-21; 7ª trombeta - Ap 11:15-19; Ap 10:7.

xiv) As sete taças são: 1ª taça - Ap 16:2; 2ª taça - Ap 16:3; 3ª taça - 16:4-7; 4ª taça - 16:8-9; 5ª taça - Ap 16:10-11; 6ª taça - 16:12-16; 7ª taça - Ap 16:17-21

xv) O total dos juízos - Assim dá o total de 13 eventos, visto que nos seis primeiros selos seis eventos e no sétimo selo mais sete eventos constituido de sete taças dando o total dos juízos sobre a terra, na grande tribulação.

xvi) Sete acontecimentos paralelos - Aqui temos os mesmos acontecimentos paralelos do ponto de vista celeste e terrenos, respectivamente, no total de sete selos terminando com a sétima trombeta e com a sétima taça que constituem o sétimo selo.

xvii) Entendo o paralelismo: Como aconteceu com a tomada de Jericó, com o toque da sétima trombeta no último dia, completando os 13 acontecimentos, da mesma maneira, com o toque da sétima trombeta e a sétima taça do livro de Apocalipse, (Ap 8.1-2 ss; 10.7; 11.15-19; 16.15-21), se dará o segundo advento com a volta de Cristo e completar-se-á o tempo dos gentios, "tempo do fim", de que falou o profeta Daniel. (Dn 12. 6-11; .I Co 15:51-54).

xviii) Resumo final - Temos: Os selos e os anjos descrevem os mesmos acontecimentos, embora de pontos de vistas do céu; o sétimo selo se constitui das sete trombetas e das sete taças que descrevem os mesmos acontecimentos de acordo com diferentes pontos de vistas celestiais e terrenos. (Continua)>>>>>

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sinais dos verdadeiros seguidores de Cristo (I)


SINAIS - Verdadeiros sinais dos verdadeiros seguidores de Cristo.

Meu diagnóstico - Depois de passar 36 anos de minha vida como católico e outros 18 anos como evangélico, cheguei à conclusão de que, como o mundo seria diferente, se os que se dizem seguidores de Cristo, praticassem os seus ensinamentos. (Testemunho do palestrante Adalto Faria).

Comparação - Imaginem o Brasil, com aproximadamente 40 milhões de praticantes dos ensinamentos de Cristo. Já estaríamos na sala de espera do paraíso, tudo seria diferente, mas se olharmos em nossa volta, veremos que na realidade os parâmetros de nossa sociedade se assemelham mais aos do inferno do que aos do céu.

Avaliação panorâmica - Ao adentrarmos nos arraiais ditos cristãos, vamos perceber que o mundo perdeu excelentes empresários, atores dignos de Oscar, cantores com vozes invejáveis, dançarinos e coreógrafos sensacionais, políticos tremendamente carismáticos com possibilidades de chegarem até mesmo à presidência da Republica, professores de didática inigualáveis, tudo isto o mundo perdeu e em troca a Igreja de Cristo ganhou um monte de sepulcro caiado! A troca não foi boa para nenhum dos lados.

Vivência atual - Vivemos em uma época em que a palavra de DEUS tem sido severamente embotada. O evangelho tem sido aparado para ajustar-se ao estilo de vida dos homens indisciplinados e indulgentes. O mundo transformou o evangelho em pouco mais do que civilidade de nosso século. Vivemos em um tempo caracterizado por um grande entusiasmo religioso, seguido de desorientação e superficialidade.

As recomemdaçõs de Jesus - As recomendações de Jesus que veremos a seguir são as mais conhecidas, menos entendidas e menos praticadas, entretanto, se ouvirmos com humildade e colocarmos em prática estes ensinamentos, nossas vidas poderão ser transformadas, nossos espíritos revigorados e nossas almas salvas.

Princípios éticos do cristão - É claro que, os princípios éticos aqui exigidos não podem ser alcançados pelos não convertidos. Estes são princípios para os cidadãos do reino. Estes sinais marcam a diferença radical entre o reino do céu e o mundo dos outros homens. O filho do reino é diferente naquilo que ele admira e dá valor, diferente naquilo que ele pensa e sente, diferente naquilo que ele procura e faz.

Sinais genuínos - Quem possui estes sinais que estudaremos a seguir, não os receberam por herança hereditária ou fruto do ambiente em que vivem, mas trata-se de escolha. Eles não acontecem no homem naturalmente, e são de fato distintamente contrários à “segunda natureza” que o orgulho e a ambição têm feito prevalecer nos corações de toda a humanidade.

Sinais dos verdadeiros cidadãos do reino - Nestes sinais estão dois grandes alertas:

a) Primeiro é que o reino de DEUS não está aberto aos que se julgam virtuosos e aos presunçosos, mas ao pecador suplicante que chega procurando por ele.

b) Segundo é que o reino não é para o “poderoso” que obtêm o que deseja pela riqueza ou pela violência, mas para a companhia de homens pacientes, que abrem mão, não somente de suas vontades, mas até de seus “direitos”, em prol das necessidades dos outros.

Lendo os Evangelhos, somente os Evangelhos, encontrei vários sinais que comprovam a identidade de um verdadeiro cristão, separei alguns e quero hoje, lançar um desafio a todos os que assim se denominam.

Necessidade de testemunhar - Busque em suas congregações, alguém com pelo menos três dos atributos a seguir, se você encontrar...Glorifique a DEUS!!! (Palestrante: Adalto Pinho Faria.
Continua) >>>>>>>>>>

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Período histórico das Igrejas Militantes (IV)


O Semeador. - Jesus semeia os "mistérios do reino dos céus", dizendo: "E de muitas cousas lhes falou por parábolas; e dizia: Eis que o semeador saiu a semear". (Mt 13.3).

Princípio da semeadura. - Inicialmente Jesus se apresentou como o Semeador pioneiro, (Mt 13.3), que é a época da semeadura do Evangelho do Reino de Deus, desde o batismo de João no Jordão até à Sua ascensão ao céu. Esse período coresponde "...as coisas que viste" em Ap. 1.19a.

Intervalo escatológico. - Período entre os dois adventos de Jesus. Depois da rejeição de Jesus como o Messias pelos judeus, o Senhor começou a revelar a seus discípulos, "(...) os mistérios do reino dos céus" (v. 11), relativo à Sua Igreja peregrina, como se encontra no capítulo 13 do Evangelho segundo São Mateus, (Mt 13.3-50), que corresponde "(...) as coisas que são" em Ap 2 e 3.

Nesse capítulo 13 de Mateus temos sete parábolas que descrevem a presença do Evangelho na presente dispensação, a qual começou com o ministério pessoal de Jesus Cristo como o Semeador e terminará com a colheita final na Sua segunda vinda. (Mt 13.40-43).

Paralelismo. - Para melhor entendimento vejamos o paralelismo entre o capítulo 13 do Evangelho de Mateus e os capítulos 2 e 3 do livro de Apocalipse correspondente às sete igrejas (Ap 1.11), ou "as coisas que são" (Ap 1.19b). Assim:

Paralelismo entre o capítulo 13 de Mateus e os capítulos 2 e 3 de Apocalipse:
As sete igrejas militantes no Apocalípse. "(..) e ouví por detrás de mim grande voz, como de trombeta, dizendo: O que vês, escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia". (Ap 1.10-11).

Segundo C. I. Scofield as mensagens às sete igrejas locais têm quatro significações: 1) local, às igrejas na Ásia; 2) admonitória (admoestatória), a todas às igrejas em todas as épocas para discernirem seu verdadeiro estado espiritual diante de Deus; 3) pessoal, nas exortações àquele "que tem ouvidos", e nas promessas aos "vencedores" que serão galardoados. (2ª Co 5.10; Ap 2.7, 11, 17, 26; 3.5, 12, 21; 22.12); 4) profética, quando revela em duas áreas as fases da história espiritual da Igreja: a) um padrão que tem se repetido muitas vezes através dos séculos; e b) o progresso do seu estado espiritual até o final da presente dispensação. (...) Estas mensagens por seus próprios termos vão além das igrejas locais mencionadas acima. Especialmente, as que são proféticas e ainda não se cumpriram.

Analisemos os significados dos nomes; das datas aproximadas e as cracterísticas das sete igrejas em Apocalipse capítulos 2 e 3, correspondente às sete parábolas de Mateus capítulos 13, assim:

1. Primeira parábola: O trigo como a boa semente que é a Palavra de Deus semeada, Mt 13.4-9, 18-23. Corresponde à Igreja em Éfeso , (Ap 2.1), que quer dizer desejada. Período: Fim da era apostólica do Pentecostes a 100 D.C. Característica: Organização e evangelização.

2. Segunda parábola: O joio no meio do trigo. (Mt 13.24-30, 36-43). Corresponde à Igreja em Esmirna, que quer dizer mártires. (Ap 2.8). Período: De 100 a 316 d. C. tempo dos imperadores romanos perseguidores da Igreja, principalmente, Nero e Domiciano, etc. Tempo de perseguição, o inimigo revelado.

3. Terceira parábola: O grão de mostarda. (Mt 13.31-32). Corresponde à Igreja em Pérgamo que significa casamento ou acomodada no mundo (kosmos). (Ap 2.12). Período: De 316 a 500 d. C. Característica: Tem a doutrina dos nicolaítas - a hierocracia - e a de Balaão - o mercenarismo; e aliança mundana com o império romano, época de grande crescimento externo.

4. Quarta parábola: O fermento da mulher, (Mt 13.33). Corresponde à Igreja em Tiatira que tem Jezabel a mulher que profetiza ensinando a prostituição e a idolatria. (Ap 2.18-29). Período: De 500 a 1.517 d. C. Característica: Igreja idólatra, tem o sacrifício contínuo, a prostituição; era de densas trevas; corrupção doutrinária; a inquisição e o domínio papal.

5. Quinta parábola: Tesouro escondido, (Mt 13.44). Corresponde à Igreja em Sardes dos remanescetes ou aqueles que escaparam vivos, (Ap 3.1-6). Período: De 1.517 a 1.700 d. C. Característica: Crescimento da igreja papal; reforma religiosa protestante com base doutrinária "somente nas Escrituras Sagradas e a salvação de graça pela fé em Jesus Cristo".

6. Sexta parábola: A pérola de grande preço, (Mt 13.45-46). Corresponde à Igreja em Filadelfia, que quer dizer "amor fraternal" seguido de reavivamento. (Ap 3.7-13). Período: Início dos últimos dias, desde 1.700 até 1.900 d. C., era das missões. Característica: A igreja fiel e verdadeira dos últimos dias, que será arrebatada, como disse Jesus: "(...) Guardaste a minha Palavra e não negaste o meu nome, " (Ap 3.8b), "(...) também, eu (Jesus) te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro", (Ap 3.10b).

7. Sétima parábola: A rede de arrasto com os peixes bons e maus, (Mt 13.47-50). Coresponde à Igreja em Laodicéia, que significa democracia, o povo reinando e Jesus do lado de fora. Tipo da igreja no estado final de apostasia. (Ap 3.14-21). Período: Era da igreja apóstata. A partir de 1.900 d. C. até aos últimos dias desta dispensação. Já está em andamento em nossos dias. Ler: 1ª Tm 4.1-2; 2ª Tm 4.1-5; 2ª Ts 2.1;4. Característica: Orgulho, mornidão, indiferentismo, secularismo, modernismo e apostasia.
(Fonte: Manual de Escatologia - J. Dwight Pentecost e a Bíblia anotada de Scofield).

Como observamos acima a era da Igreja peregrina corresponde (...) as coisas que são (...), que mostra esse processo histórico das Igrejas Militantes durante o período do "reino dos céus" na terra, representadas pelas sete igrejas mencionadas nos capítulos 2 a 3 do livro de Apocalipse. Teve Início no dia de pentecostes indo até a primeira ressurreição quando se dará a trasladação da Igreja Triunfante. (Lc 14.14; At 2.1-47; 1ª Co 15.23-25; 1ª Ts 4.13-18; Ap 20.4-6). Continua.>>

domingo, 27 de julho de 2008

A Igreja de Cristo Universal -Tempo da Graça de Deus (III)



1) O TEMPO DO EVANGELHO DA GRAÇA DE DEUS. Ef 2.8-9.

Período da Igreja Universal ou tempo do Evangelho da graça de Deus. Como disse o apóstolo Paulo: “(...)contanto que cumpra com alegria, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da graça de Deus”. At 20.24. Este é o PARÊNTESE ESCATOLÓGIGO, definido no livro de Apocalipse como “as coisas que são (...) Ap 1.19a. (Lc 21.24; Rm 11.25).

2) DIVISÃO ESCATOLÓGICA DO LIVRO "APOCALIPSE"

Para se entender melhor a ordem escatológica do livro de Apocalipse, é preciso saber a divisão que se encontra no capítulo 1º e versículo 19, assim:

"Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer". Ap 1:19, a saber:

i. No primeiro capítulo temos o passado, “as coisas que tens visto”. Ap 1.1-20).

ii. Nos capítulos segundo e terceiro temos o tempo presente das Igrejas Militantes, ou seja: “as coisas que são”; representadas pelas sete Igrejas locais constantes do livro de Apocalípse capítulos 2 e 3.

iii. Nos capítulos quatro ao vigésimo segundo temos o futuro profético das últimos coisas, ou seja, "as coisas que depois destas hão de acontecer”. (Ap 4 a 22).

3) O PARÊNTESE ESCATOLÓGICO – PERÍODO DA IGREJA

(...) As coisas que são" - Ap 1.19a. ) - É o período correspondente à edificação da Igreja Universal de Cristo pela pregação do Evangelho da graça de Deus. Constituida por todos os que crêem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador, até à Sua segunda vinda para o arrebatamento da Igreja. Como Jesus disse: “... sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. (Mt 16.18). Este período é chamado no livro de Apocalipse de: “...as coisas que são...” (Ap 1.19)

4) O MISTÉRIO OCULTO NO ANTIGO TESTAMENTO

Essa era corresponde ao “mistério oculto”, porque não estava revelado no V. Testamento, mas sim, só o foi no Novo Testamento, conforme escreveu o apóstolo Paulo aos efésios dizendo: “Por esta causa, eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo, se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como me foi este mistério manifestado, como acima, em pouco, vos escrevi, (Ef 2.11-22), pelo que quando ledes, podeis entender a minha compreensão do mistério de Cristo”. (Ef 3.1-4).

Esse período referido em Ap 1.19b, “(...) as coisas que são (...)”, só terminará quando completar o “tempo dos gentios”, como disse Jesus, assim: “... e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem” Lc 21.24b.

5) AGRANDE COMISSÃO DADA À IGREJA.

Esse período corresponde, também, à "grande comissão dada por Jessus à Sua Igreja, conforme está escrito assim: "Então os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaurarás o reino a Iarael? Respondeu-lhes: Não vos compete connhecer tempos ou épocas que o Pai resorvou para sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e serreis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra." At 1.6-8. (Mt 28.17-20; Lc 24.49).

Nas próximas postagens vamos ver mais detalhamente o desenrolar histórico deste capítulo, para sabermos onde a Igreja peregrina caminha no deserto desta geração. (Continua) >>>>>

terça-feira, 15 de julho de 2008

A Iminência - Surpresa na segunda vinda de Cristo (II)


A IMINÊNCIA - SURPRESA DE ALGO PARA ACONTECER COMO UM RELÂMPAGO>

A palavra ininência vem do termo latino "iminere" que significa surpresa de algo que está prestes a acontecer. Segundo o Dicionário de Aurélio iminência quer dizer: "(...) aquilo que ameaça acontecer breve; que está em via de efetivação imediata".

A iminênciaDoutrina segunda qual o Senhor Jesus Cristo voltará a qualquer momento para arrebatar a Sua Igreja Triunfante. Como disse Jesus: Lc 17.24-25; "(...) porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do Homem no seu dia. v25 Mas primeiro convém que ele padeça muito e seja reprovado por esta geração."

Jesus ensina a iminência no Seu sermão escatológico - Como disse assim: "Mt 24.36-51; (...) v36 Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai. v37 E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. v38 Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, v39 e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem. v40 Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; v41 Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. (...) ". (Mt 24:36-51; 25:1-13; Mc 13:32-37; Lc 21:34-36).

Jesus ensinaa a vigilância: Mt 24.42-44; "v42 Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. v43 Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. v44 Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis". Lc 12:35-48.

Jesus adverte sobre a Sua volta iminente no último livro da Bíblia, o Apocalipse, assim: Ap 3.10-11; "v10 Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. v11 Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa". (...) Ap 16.15 "Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha." (...) Ap 22.20; "Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!"

Jesus adverte para não sermos supreendidos naquele dia": Lc 21.34-36; "v34 E olhai por vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. v35 Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. v36 Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas essas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do Homem".

Jesus ordenou para lembrarmos do exemplo da mulher de Ló assim: Lc 17.26-37; (...) "v28 Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam. v29 Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, consumindo a todos. v30 Assim será no dia em que o Filho do Homem se há de manifestar. v31 Naquele dia, quem estiver no telhado, tendo os seus utensílios em casa, não desça a tomá-los; e, da mesma sorte, o que estiver no campo não volte para trás. v32 Lembrai-vos da mulher de Ló". (Gn 19.1-29)


O apóstolo Paulo ensina a vigilância assim:

a) Chama-a de "O Dia de nosso Senhor Jesus Cristo" conforme ele disse: - 1ª Cor 1.7-8; "v7 De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, v8 o qual vos confirmará também até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus". Como também ele disse em Fp 1.6; " v6 Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo".

b) Como um ladrão de noite: - Tes 5.1-2; "v1 Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; v2 porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite" (...).

c) Acontecerá - "como dores de parto" - quando disserem: há paz e segurança: - 1ª Tes 5.3; "v3 Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão. (...) ".

d) Ante a iminência todos filhos da luz - crentes genuínos - serão poupados da "ira", assim: 1ª Tes 5.4-8; " (...) v4 Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão; v5 porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. v6 Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios. v7 Porque os que dormem dormem de noite, e os que se embebedam embebedam-se de noite. v8 Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e da caridade e tendo por capacete a esperança da salvação".

e) O apóstlo Paulo afirma que não fomos destinados para o dia da "ira de Deus" - a tribulação - assim: 1ª Tes 5.9-10; "(...) v9 Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, v10 que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele."

Conclusão - Jesus virá de supresa como um "ladrão de noite" para raptar a Sua Igreja Triunfante, constituida de todos os genuinos cristãos em toda face da terra, tantos os que forem encontrados vivos, como também, todos os que já dormem no Senhor (que morreram em Cristo). Como disse o apóstolo Paulo assim: 1ª Cor 15.22-23; "v22 Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. v23 Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda". 1ª Cor 15.51-53; "(...) v51 Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, v52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. v53 Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade".

Qual é a tua situação para a iminente vinda do Senhor Jesus? Estás preparado? Já tens Jesus como teu Salvador suficiente, como âncora de tua alma? Oxalá que sim, para que também sejas arrebatado com todos os remidos do Senhor na Sua vinda! Ler: 1ª Ts 3:13; 5:23; 1ª Jo 2:28; 3:1-3; Jd 14; Ap 22:12. (Continua) >>>>>