quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Missão soberana do Espírito Santo


O Deus Espírito Santo, a terceira Pessoa da Trindade, tem importância central na salvação do homem. Ele é quem realiza em nós essa salvação e, sem Ele, nenhuma das Promessas de Deus poderia ser realizada em nós.

Necessidade da vinda do Espírito Santo para a missão da Igreja:

Por esse motivo é que Jesus, depois da Sua ressurreição, ordenou a seus discípulos que ficassem em Jesrusalém até que do alto fossem revestidos de poder, conforme está escrito assim: "(...) E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder". (Lc 24.49; At 1.4-5).

Sem a vinda pessoal do Espírito Santo para permanecer na Igreja do Senhor Jesus Cristo, e conceder seus Dons e Ministérios, os discípulos não teriam como realizar a Obra sobrenatural e soberana da grande comissão dada à Sua Igreja. Como Jesus mesmo disse: "(...) Ficai em Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder", (Lc 24.49). "(...) Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra". (At 1.8).

O cumprimento da promessa da vinda do Espírito Santo, foi assim: "E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som , como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem". (At 2.1-4). A partir daí é que foi dado início a missão da Igreja de pregar o Evangelho por todo o mundo, impulcionada, sobrenaturalmente, pelo poder do Espírito Santo, o Consolador" (Jo 14.16-17).

Missão soberana e pessoal do Espírito Santo:

O Espírito Santo é aquele que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo de Deus sobre todos. Ele controla o mal que há no mundo e convence aos homens do pecado, atuando sobre todos os homens, através de sua influência, personalidade e presença (Jo.16:7-11). Podemos supor que o mundo seria intoleravelmente mau, não fora a influência do Espírito Santo, que constrange a iniqüidade inerente nos homens.

É como disse Jesus, assim: "Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não fôr, o Consolodor não virá a vós; mas se eu fôr, enviar-vo-lo-ei. E, quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado". (Jo 16.7-11).

O Espírito Santo é criador (Gn 1.1,2,26,27) e, é, também, capaz de regenerar espiritualmente o homem (2 Co.5:17) e, assim sendo, Ele produz transformação de vida (Gl.5:22;23), a começar pela conversão (Jo.3:3-7). Ele dirige ativamente os ministros do evangelho e santifica àqueles que se convertem (At.13:1-4,16:6,7,10; Rm.15:16). Ele é o mestre supremo (Jo.14:26), glorifica ao SENHOR JESUS CRITO e promove a sua causa, (Jo.15:16). Ele habita nos santos (Rm 8.9; Ef.2:20), que são propriedades exclusiva de Deus (1Co.6:19,20; 1ª Pe 2.9). Ele nos ajuda em nossas fraquezas (Rm.8:26).

Síbolos significativos do Espirito Santo:

As Escrituras O apresentam através de símbolos, que nos ajudam na compreensão de suas realizações, ainda que a compreendamos limitadamente. Ele é apresentado como:

a) azeite (Êx.30:22-33): Sua composição: “pura mirra” uma espécie de resina aromática. A resina se assemelha à cera pegajosa; “canela aromática” fala do doce aroma produzido, que simboliza a nova natureza santificada para Deus. Segundo Êx.40:9-15, era imprescindível para o exercício de todo o ofício sacerdotal na tenda da congregação, isto implica que, sem a santa Unção do Espírito de Deus é impossível servi-Lo na Sua Obra. Já em Jo.3:34, o Ungido de Deus, Cristo Jesus, recebeu o Espírito sem medida. E, em Hb.1:8,9, o vemos como o óleo da alegria.

b) água (Sl.46:4): O Espírito é tipificado como as correntezas de um rio que alegram a Cidade de Deus. Em Jo.7:37-39, Ele aparece como um rio de águas vivas dentro do ser; em Jo.6:63; 13:10 e 15:3, é tipificado como a Palavra de Deus que nos purifica; em Tt.3:5,6, Ele está presente no batismo da regeneração e no novo nascimento; em Ap.22:1, como o rio puro da água da vida.

c) vento (Jo.3:8): Sua operação é inacessível à lógica e padrões humanos. Aquele que é guiado por Ele não sabe, por si mesmo, o que lhe espera, e caminha pela fé nEle; em Atos, vemos que a Igreja primitiva aprendeu cedo a depender da direção e do poder do Espírito Santo para fazer a Obra e vontade de Deus.

d) fogo (Êx.25:31-40; Is.6:5-7; At 2:3; Ap.3:1): Tipifica a presença maravilhosa da Glória de Deus, que consome toda impureza e santifica àqueles que são tocados por ele. No V.T. estava presente na Tenda da Congregação, e no N. T. está presente na Igreja de Cristo (1ª Co 6.19-20) e está, também, na Glória dos Céus, na presença de Deus.

e) pomba (Mt.3:16): O Espírito age com simplicidade como as pombas são simples - Mt.10:16; bem como é muito sensível como fica expressamente demonstrado no gemido delas. Compare com Rm.8:26,27.

f) selo (Ef.1:13,14): É o carimbo da propriedade e possessão de Deus. Ninguém poderá tocar nela sem a Sua permissão, que é inviolável, seguro e certo até o destino final dos remidos nas moradas celestiais.

g) garantia (Ef.1:14): O Espírito Santo é Deus e Ele é quem garante a nossa redenção e nos assegura uma eterna vida, em Cristo Jesus.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A Santificação






INTRODUÇÃO


Preliminarmente mencionamos como o apóstolo Pedro define a maneira de ser a santificação do crente regenerado, assim:` "Mas, como é santo aquele que vos chamou, sêde vós também SANTOS EM TODA VOSSA MANEIRA DE VIVER, porquanto, escrito está: SÊDE SANTOS, PORQUE EU (DEUS) SOU SANTO". (I Pe. 1:15-16).

Também, recapitulamos o que já foi colocado, segundo o teologo Myer Pearlman, anteriormente, sobre a doutrina da salvação, o qual afirma que são partes integrantes da salvação: a justificação, a regeneração, adoção e a santificação.




Há um intríseco relacionamento entre esses pontos, assim:





a) Justificação trata do pecador arrempendido, perdoado e justificado diante de Deus, por Jesus Cristo, (Rm 5.1-11; 8.31-39; Gl 2.16);


b) Regeneração: - novo nascimento - se dá quando o homem morto, espiritualmente, em seus pecados recebe de graça a nova vida divina implantada pelo Espírito Santo quando crê em Jesus Cristo; (Jo 3.3-7; 2ª Co 5.17).


c) Adoção: o homem regenerado é assim adotado como filho na família de Deus, sendo herdeiro de Deus e co-herdeiro de Jesus Cristo, (Jo 1.11-13; Rm 8.14-17; Gl 4.4-7); e, por último, a >>>







d) Santificação: que é a identidade final do genuíno filho de Deus, que passou pelo processo da justificação, da regeneração, da adoção, e culmina com a santificação. Então, o verdadeiro cristão tem que ter a nova natureza de santo por ser justificado, regenerado e santificado no sangue de Jesus. (Rm 3.21-28. 6.11-22, 12.1-2; 2ª Co 5.17; Hb 12.14; 1ª Jo 1.7).






e) Santificar – Por definição quer dizer separar-se do pecado e do mundo (kosmos) para se consagrar ao serviço de Deus. “A palavra significa tornar sagrado, separar, consagrar, fazer santo. Nisto inclui pessoas, coisas e lugares santificados (templos); e também o nome, o caráter, o poder, e a dignidade de Deus devem ser santificados, isto é, profundamente reverenciado”. (Ex 20:11; 40:9; Mt 6:9; Lc 11.2). O fato fundamental no uso desta palavra é a santidade do próprio Deus, que é Santo, e requer a santidade de todos aqueles que são seus filhos, os quais devem ter o mesmo caráter santo do Pai. (I Pe. 1:14-17). Como santos, devemos entender que o significado desta palavra, quer dizer: 1) ser piedoso, conforme consta no Salmo 30:4, e também em I Sm 2:9; II Cro. 6:41; Pv 2:8; 2) a outra palavra significa separado, que é aplicado aos anjos, assim: Sl 89:5,7, e aos homens Dt 33.2-3; Sl 16:3; 34:9; Dn 7:18; I Cor 1:2. (Dicionário Bíblico Univ.de A. R. Buckland -M. A.).

Daí derivou-se a palavra “santificação” que implica uma separação do mundo corrompido por Satanás (kosmos) e a libertação do domínio do pecado sobre as vidas diárias dos cristãos. É também, a manifestação natural da nova vida regenerada do crente genuíno em Cristo Jesus, a qual evidencia e autentica a fé viva que o sincero filho de Deus tem no seu coração, no cotidiano.

Como está escrito em:

a) Disse Jesus: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo (kosmos) os aborreceu, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na verdade: a tua palavra é a verdade”. (Jo 17.14-17).

b) Disse Jesus: Mt 5.13-16: "Vós sóis o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma ciade edificada sôbre um monte; nem se acende a andeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus". E mais: Mt 7:16-21: “Pelos seus frutos os conhecereis (...) Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz maus frutos (...). Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”.

c) Também disse Tiago 2:26: "...Assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem as obras é morta".

d) Ainda afirma o Apóstolo Paulo, evidenciando o domínio do novo ser em Cristo sobre a natureza do velho homem adâmico, assim: “Pois o pecado não terá domínio sobre vós..., mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna”. (Rm.6:14,22).


Referências bíblicas sobre a satificação: Ex. 33:1-6, Ez.23:25-30, 48-49, Dt. 22:5, Sal.119:9, Jer.2:5, Is.3:16-24, Mt.5:13-16, 6:9-20, Jo.17:14-19, Rm. 6, 12:1-2,1a. Co.6:9-11, 2a.Co.6:14-18, 7:1,11:1-3, Ef.4:17-32, 5:25-27, Heb.12:5-16, 1a. Pe.1:13-19, 3:1-7, 1a.Tm. 2:9-15, 1ª Jo. 2:14-17, Tg. 1:21-27, 4:4, Ap. 3:14-22, 21: 8, 27, 22:11-21.


De joelho é melhor - Jorge Araujo

domingo, 13 de janeiro de 2008

Clonclusão da Santificação


Concluindo. A santificação em três aspectos efetiva-se, integralmente, em todo nosso ser, EPÍRITO, ALMA E CORPO, de dentro para fora, diante de Deus e dos homens, como LUZ E SAL DA TERRA, (Mt 5.13-16), interagindo, interoperacionalizando, refletindo-se em todo nosso ser, (1ª Ts 5.22-23), de tal maneira que possamos, como embaixadores do Rei e Senhor Jesus, resplandecer, verdadeiramente, a Sua imagem pura e santa, em toda nossa maneira de viver. (1ª Pe 1.15-16).

Os meios e provisões para isto já foram providenciados por Deus, que são aqueles três:

1. O SANGUE DE JESUS, QUE NOS PURIFICA DE TODO PECADO, (1ª 5.7, Ap 7.13-15; 12.11);

2. O ESPÍRITO SANTO, QUE NOS REGENERA E NOS GUIA, (Jo 1.12-13; 3.3-7; Rm 8.5-17);

3. E A PALAVRA DE DEUS, QUE NOS PURIFICA, LAVA POR DENTRO E POR FORA, ATÉ A DIVISÃO DA ALMA E DO ESPÏRITO.], (Jo 4.13-14; 7.38-39; 14. 4-10; 15.3; Ef 5.26-27; Hb 4.12; Ap 22.1-7).

O que devemos agora é vivenciar a Palavra de Deus, como disse o apóstolo Pedro: "Como filhos obedientes, (...) NÃO VOS CONFORMANDO COM AS CONCUPISCÊNCIAS QUE ANTES HAVIA EM VOSSA IGNORÂNCIA; MAS, COMO É SANTO AQUÊLE QUE VOS CHAMOU, SEDE SANTOS EM TODA VOSSA MANEIRA DE VIVER, PORQUANTO, ESCRITO ESTÁ: SEDE SANTOS, PORQUE EU SOU SANTO". (I Pe 1:14-16).

Terminamos usando as palavras de Tiago, irmão do Senhor, o qual define a verdadeira Religião para com Deus, devendo apartar-se da corrupção do mundo (kosmos), a saber: "A religião pura e imaculada para com Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e APARTAR-SE DA CORRUPÇÃO DO MUNDO". Assim é como Deus quer que vivamos neste mundo, sendo as suas fieis testemunhas, para honra e glória do Seu nome. Obedeçamos o mandamento do Senhor Jesus que está escrito em Jo,17:17, "Santifica-os na VERDADE, A TUA PALAVRA É A VERDADE". Amém.

sábado, 12 de janeiro de 2008

A Missão dada à Igreja


Já estudamos sobre a missão de Jesus Cristo na sua vida, morte vicária na cruz, ressurreição e ascensão ao céu à direita do Pai, onde, agora, está glorificado no pleno exercício do Sumo-Sarcedote segundo a ordem de Melquiseque, conforme está escrito, assim: " (...) A qual temos como âncora da alma segura e firme, e que penetra até ao interior do véu, onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque". (Hb 6.19-20) (...) "Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus". (hb 7.26). Como dissse Jesus: "(...) Está consumado". (Jo19.30).

A MISSÃO DADA À IGREJA.

A partir daí Jessus delegou à Sua Igreja a missão de pregar a mensagem do Evangelho por todo o mundo.

Foi assim que o Senhor Jesus Cristo deu a grande comissão de pregar o evangelho para edificação e expansão da Sua Igreja, a saber:

“Disse-lhes Jesus: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho de Deus, vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, (Petros), e sobre esta pedra (Petras) edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. (Mt. 16-15-18).

"E chegando Jesus, falhou-lhe, dizendo: É-me dado todo poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-os a guardar todas as coisas que e vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém." Mt 28:18-20

E disse-lhes Jesus: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Ora o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém". Mc 15.15-20.

Disse-lhes Jesus: "Mas, recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. At 1.8.”

“E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão, chamado Níger, e Lucio cireneu, e Manaem, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Baranabé e a Saulo para a obra q que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Seleucia e dali navegaram para Chipre. E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus (...)”.

O livro dos atos dos apóstolos registra toda história de como foi dado início a pregação do Evangelho pela Igreja primitiva, como também, as epístolas de Paulo, Pedro e João.

A necessidade de testemunhar a ressureição na pregação da Igreja:

Paulo o apóstolo dos gentios explica a necessidade e importância da morte vicária e da ressurreição de Jesus Cristo, com estas palavras: "O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação" (Rm 4.25). Daí a importância que os apóstolos davam da ressurreição de Jesus, na missão de pregar o Evangelho, pois, sem a morte vicária e a ressureição de Jesus Cristo, não tinha a "Mensagem da Cruz", nem ressurreição, nem esperança da vida eterna, nem salvação e nem a glorificação dos filhos de Deus. Vejamos:

Em At.2:24, o apóstolo Pedro testifica, dizendo: “ao qual (Jesus) Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não era possível que fosse retido por ela”. Era impossível pelo fato de ser Ele o Filho de Deus e, na qualidade de Filho do homem, foi-lhe outorgada a verdadeira imortalidade por parte de Deus Pai (Jo.5:25-27; 6:57; 11:25,26). Eis a nossa esperança! O mesmo tipo de vida é prometido a todos os que estão nEle. Por conseguinte, também é impossível que a morte possa reter qualquer remido pelo sangue do Senhor Jesus, porquanto todos eles são verdadeiramente filhos de Deus.

Também, era impossível essa retenção de Cristo pela morte, pois Ele era o Verbo de Deus encarnado, Ele é o Príncipe da Vida, o Pai da Eternidade, razão pela qual a morte não poderia jamais retê-Lo (Is.9:6; Jo.1:1-5). Porquanto era da vontade do Pai que Ele ressurgisse dentre os mortos, como prova completa da autenticação de Sua Pessoa e de Sua missão divina, salientando o fato de ser Ele as primícias dos que dormem, mas que, finalmente, os seus remidos haverão de ressuscitar triunfalmente. É como o apóstolo Paulo disse: "(...) E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos (...) Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vificados em Cristo". (1Co.15:17-22). (Continua)

Conseqüências da ressurreição


1) A ressurreição de Cristo o confirmou como o Senhor da vida. Ele é Aquele que tem a vida em Si mesmo, e pode concedê-la a quem quer;

2) A ressurreição de Cristo declarou a sua divindade, conforme Rm.1:4;

3) A salvação em sua inteireza, do princípio ao fim, depende da ressurreição de Cristo. A justificação é garantida nela (Rm.4:25). Mas, agora, a vida depende da "vida que nos foi dada, através da ressurreição de Cristo". Podem os remidos, compartilhar de sua vida eterna (Rm.5:10; 1Co.15:12,17,20).

4) Fomos regenerados para uma viva esperança: a conversão original, a regeneração, a transformação progressiva segundo a imagem de Cristo, haverão de ser compartilhadas por nós, mediante a graça de Deus em Cristo (Jo.5:25,26; 6:57; 2Co.4:14; 1Pe.1:3,4).

5) Devido a ressurreição de Cristo, O corpo dos remidos ressurrectos não serão compostos dessa carne e sangue, visto que “a carne e sangue não podem herdar o reino de Deus” (ICo.15:50). Antes, será semelhante ao corpo de Cristo (Fp.3:21; 1Jo.3:2).

Jesus Cristo, homem

A Encarnação do Filho de Deus já estava prevista nas Escrituras (Gn.3:15; Is.7:14; 9:6,7; 11:1-5; 53). Sob esse tema, vários pontos merecem nossa atenção:

1) Deus Filho se fez carne:

Não foi o Deus Triúno, mas a segunda Pessoa da Trindade que assumiu a natureza humana. Desta forma, é melhor dizer que “o Verbo se fez carne” (Jo.1:1-14; 6:38). Ao mesmo tempo, vemos que a Trindade agiu na encarnação (Mt.1:20; Lc.1:35; Jo.1:14; At.2:30; Rm.8:3; Gl.4:4); que Cristo Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem (Fp.2:5-11; Cl.1:13-22; 2:9; Tt.2:13,14; IJo.4:1-3).

Para ser Mediador entre Deus e os homens era absolutamente necessário que Jesus Cristo fosse feito homem, sem participar da natureza pecaminosa (Rm.8:3). Destacamos, a seguir, os aspectos humanos encontrados nEle, necessários para a nossa redenção:

a) nasceu de uma virgem e viveu sob o jugo da Lei (Gl.4:4,5);
b) cumpriu toda a Justiça, sendo obediente (Mt.3:13-15; Rm.5:18; Fl 2.5-11);
c) morreu por nossas transgressões para nos reconciliar com Deus (Rm.4:25; 5:1-10);
d) ressurgiu para ser garantia da nossa ressurreição e redenção (I Co.15:17,23; 1ª Ts 4.13-18).

2) Jesus Cristo: “o último adão”.

Esta expressão encontramos somente nas epístolas de Paulo. Em Rm.5:11-21, encontramos a origem do conceito bíblico:

a) Em Adão, o pecado gerou a morte e a justificação não se alcançou pelas obras da Lei;
b) Jesus Cristo, “o último adão”, pelo Seu Ato de Justiça venceu o pecado e a morte; a justificação veio pela fé; e a vida eterna por meio dEle.

Comparação quanto à origem (I Co15:45-49)

a) Adão é: Ser vivente; homem terreno; veio da terra.

b) Cristo é: Espírito vivificante; homem celestial; veio do céu.

Trouxemos a imagem do primeiro, traremos a imagem do último (v.49). Somos participantes das primícias (Ef.2:6).

Quanto às conseqüências de seus Atos (Rm.5:11-21):

a) Em Adão: Opecado trouxe a morte; a morte reinou; sua desobediência gerou pecadores.

b) Em Cristo: Ato justo trouxe justiça e vida; quem O recebe reinará em vida; Sua obediência gerou justos.

Ambos são representantes e, portanto, carregam em si e em seus atos todos os que são nascidos deles.

A missão do último Adão foi a de vencer a morte, trazendo a vida; condenar o pecado na carne (Rm.8:3); salvar os pecadores (2Tm.1:9; Gl.4:4,5). Como vencer o pecado pela humanidade se Ele mesmo não o vencesse em Sua vida? Somente vencendo o pecado pôde Ele comunicar aos que crêem nEle a Sua própria Justiça! Jesus cumpriu toda a lei (Gl.4:4,5. Mt.5:17,18), a si mesmo se entregou (Hb.7:26,27), sacrificou-se por todos nós (1Co.15:3).

Jesus Cristo: o único Mediador entre Deus e os homens


Jesus Cristo homem é o único Mediador - É como está escrito em 1ª Tm 2.5. assim: "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem".

Jesus é o Sumo-Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque (Hb.6:19,20), que intercede pelos pecadores (Is.53:12); pela Igreja (Jo.7:9; Rm.8:34; Hb.7:25).

Nas passagens de Lv.9; Hb.5:1-4; 7:25 encontramos as principais características do ofício sacerdotal, as quais destacamos a seguir:

a) sacerdote é tomado dentre os homens para ser o seu representante;

b) Ele é constituído por Deus, conforme o versículo Hb.5:4;

c) Ele age como mediador entre Deus e os homens, buscando os interesses dos homens nas coisas pertencentes a Deus;

d) Sua tarefa especial consiste em oferecer a Deus sacrifícios pelos pecados;

e) Ele fazia intercessão pelo povo e os abençoava, conforme Lv.9:22.

A Palavra de Deus, ainda no Velho Testamento, prediz e apresenta o Sacerdote Eterno e o Sacerdócio do Redentor que haveria de vir. Há claras referências a isto em Gn.14:18-20; Sl.110; Zc.6:13. Cristo Jesus é o Sacerdote Eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.

No Novo Testamento, há várias passagens que se referem à Obra sacerdotal de Cristo Jesus, mas somente na epístola aos Hebreus é que encontramos uma exposição mais clara e completa sobre este importantíssimo tema. Ele o nosso único, verdadeiro, eterno e perfeito Sumo-Sacerdote, constituído por Deus, que assumiu, substitutivamente, o nosso lugar e, pelo sacrifício de Si mesmo, obteve uma perfeita redenção (Rm.3:24,25; 5:6-8; 1ª Co.5:7; 15:3; Ef.5:2; Hb.3:1; 4:14; 5:1-10; 6:19,20; 7:1-28; 8:1-13; 9:11-15, 24-28; 10:11-14; 1ª Jo.2:2; 4:10).

A Obra sacrificial de Cristo Jesus tem os seguintes aspectos principais:

1) Possui natureza expiatória e substitutiva:

As Sagradas Escrituras testificam o fato de que os sacrifícios de animais, instituídos na Lei dada a Moisés, como nas ofertas pelo pecado e pelas transgressões, tinham o caráter expiatório (Lv.1:4; 4:29-35; 5:10): no ato da imposição de mãos que simbolizava a transferência do pecado e da culpa, para a vítima, como em Lv.16:21,22; no derramamento e aspersão do sangue sobre o Altar de Bronze (pelos sacerdotes levitas) e sobre o Propiciatório (pelo Sumo-Sacerdote uma vez ao ano, no Dia da Expiação), como em Lv.16 e 17; no perdão das ofensas cometidas daquele que trazia sua oferta pelos pecados: Lv.4:26-31.

2) Possui Natureza Profética:

Os sacrifícios ordenados por Deus tinham um caráter profético, e se destinavam a prefigurar os sofrimentos vicários do Senhor Jesus Cristo e a Sua morte expiatória na cruz. No Salmo 40:6-8, o Messias é apresentado como aquele que substitui os sacrifícios previstos na Lei, pelo Seu próprio Sacrifício, conforme constatamos ao lermos Hb.10:5-10.

Há claras indicações no Novo Testamento de que os sacrifícios previstos na Lei prefiguravam Cristo e Seu sacrifício vicário, como em Hb.9:19-24; 10:1; 13:10-13. Ele é o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo.1:29), em cumprimento a Êx.12 e Is.53; Ele é o “Cordeiro sem defeito e sem mácula” (IPe.1:19); e “nosso Cordeiro Pascal”, que foi imolado por nós (I Co.5:7).

3) Seu Propósito:

Os sacrifícios previstos na Lei não podiam expiar os pecados, mas eram figuras do verdadeiro sacrifício vicário de Cristo, ainda por vir (Hb.9:1-14). Em Hb.10, lemos que aqueles sacrifícios não podiam aperfeiçoar o ofertante (v.1); não podiam remover pecados (v.4). Na verdade, eles somente tinham significação real de salvação para Deus, quando realizados com verdadeira fé e arrependimento, na medida em que levavam a atenção do ofertante a fixar-se no Redentor vindouro e na Redenção prometida.

Importante é compreender que Cristo é o Sumo Sacerdote, não somente terreno, mas também, e especialmente, celestial. Ele é, mesmo quando assentado à destra de Deus, com majestade celeste, "ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem" (Hb.8:2).

Em Hb.8:5, lemos: "...como Moisés foi divinamente avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se mostrou". Ele é o Sacerdote verdadeiro (o Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque - Hb.5:1-11); o Sumo-Sacerdote de fato e de direito, conforme o Decreto irrevogável de Deus Pai (Sl.110:4); a servir no verdadeiro santuário, do qual o tabernáculo de Israel era apenas uma sombra imperfeita (e transitória). Ele exerce o Sumo-Sacerdócio diante do Trono de Deus, no Tabernáculo não feito por mãos humanas, apresentando-se a Si Mesmo, pelos que nEle crêem, como Sacrifício Vivo e Eterno, ao PAI. Assim sendo, Ele é nosso intercessor junto ao Pai (Sl.110:5).

Cristo, como o nosso Advogado, intercede por nós junto ao Pai e contra Satanás, o nosso acusador - Hb.7:25; 1ª Jo.2:1; Ap.12:10. Outros textos neotestamentários que falam da obra intercessória do Senhor Jesus Cristo acham-se em Rm.8:24; Hb.7:25; 9:24.

4) A natureza da Obra intercessória de Cristo:

É impossível dissociar a obra intercessória de Cristo de Seu sacrifício expiatório na cruz. Este é apenas um aspecto da obra sacerdotal de Cristo. No entanto, como afirma L.Berkhof:

"A essência da Intercessão é a Expiação de Cristo. A Expiação é real - um sacrifício e uma oferta reais, e não um mero sofrimento passivo - porque, em sua própria natureza, é uma intercessão ativa e infalível; ao passo que, por outro lado, a Intercessão é uma Intercessão judicial, representativa e sacerdotal, e não uma mera influência a favor de alguém - porque é essencial que haja Expiação, ou seja, uma oblação substitutiva, feita uma vez por todas no Calvário, agora apresentada perpetuamente e usufruindo perpétua aceitação no céu." Hb.10:9-14.

Exatamente como o sumo sacerdote, no grande dia da Expiação, entrava no lugar santíssimo, isto é, no Santo dos Santos, com o sacrifício consumado, para apresentá-lo a Deus, assim Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, entrou no Lugar Santíssimo, isto é, no Tabernáculo Celestial, pelo sacrifício de Si mesmo, santo, perfeito, imaculado, insubstituível, único e imutável. Hb.9:24.

Há também um elemento judicial na intercessão, precisamente como na expiação. Mediante a expiação, Cristo Jesus satisfez as justas exigências da lei, de modo que nenhuma acusação legal pode, com justiça, ser feita contra aqueles pelos quais Ele pagou o preço. Contudo, Satanás, o acusador, sempre está a lançar acusações contra os eleitos e remidos; mas o Senhor e Salvador Jesus Cristo nos justifica pela apresentação de Seu próprio Sangue e Obra Expiatórios, diante de Deus. (Ap 12.11).

O apóstolo Paulo, em Rm.8:33,34, afirma: "Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós". Aí está o elemento judicial presente claramente.

Um outro ponto relativo à Obra intercessória de Cristo, é que ela está relacionada com a nossa santificação completa, integral (posicional, vivencial ou prática-progressiva e final). Quando nos dirigimos ao Pai, em nome de Cristo (Mt.18:18-20; Jo.14:13), as nossas orações imperfeitas são aperfeiçoadas nEle; os nossos pecados são perdoados por Ele; as nossas limitações humanas e materiais são plenamente suplantadas e superadas pela Sua divindade eterna. Aleluia! Leia-se: Hb.2:17,18; 3:1-6; 4:15;1Pe.2:4,5.

5) Por quem ele intercede?

O Senhor Jesus Cristo intercede por todos aqueles por quem Ele fez expiação, e somente por estes. Pode-se inferir disto do caráter limitado da expiação somente os que crêem, os que são nascidos de novo, é que são beneficiados por ela, embora o Sacrifício de Cristo tenha sido feito por todos (Mt.10:32,33; Mc.16:16; 1Jo.2:1,2).

Em passagens como Rm.8:1,2,34; Hb.7:25,26 e 9:24, a palavra "nós" se refere somente aos salvos. Além disso, na oração sacerdotal registrada em Jo.17, o Senhor Jesus Cristo diz ao Pai que ora por Seus discípulos que ali estão e "por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra" (v.9,20).

No versículo 9, do mesmo capítulo, Ele faz uma declaração sumária a respeito do caráter restritivo de Sua intercessão, quando diz: "É por eles que Eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste". E o versículo 20, nos ensina que Ele não intercede somente pelos discípulos presentes, mas por todos os que ainda haveriam de ser salvos.

Neste sentido, o Senhor Jesus Cristo está posto como Sumo Sacerdote dos que são declarados filhos de Deus, por meio dELE. Não significa, no entanto, que Ele nunca interceda pelos que não são salvos, como lemos em Lc.23:33, pois aqui o vemos como Filho do Homem, em seu estado de humilhação. Agora, porém, não O vemos desta forma, mas como Aquele que está à direita de Deus Pai, glorificado e que intercede por nós: "o Sumo Sacerdote dos bens futuros". Leia-se, ainda, Jo.17:17,24; Hb.4:14-16; 10:21,22; 1Pe.2:5.

A oração intercessória de Cristo é uma oração que nunca falha. Junto ao túmulo de Lázaro o Senhor Jesus expressou a certeza de que o Pai sempre O ouve, Jo.11:42. Suas orações intercessórias em favor do Seu povo estão baseadas em Sua obra expiatória. Os remidos de Deus podem auferir consolo e fortaleza do fato de contar com um intercessor tão eficaz junto ao Pai! (Jo 14.13-14).

A ascensão de Cristo ao céu. (At.1:6-11)


Esta breve seção é a principal fonte informativa sobre esse acontecimento fundamental da fé cristã. O evangelho de Lucas encerra essa mesma narrativa, em forma abreviada (Lc.24:49-51). Mas, o que ela representa?

Como Filho do Homem, o Senhor Jesus Cristo venceu todas as coisas e assentou-se à direita do Pai. Ninguém, senão Ele só, tem esse direito. A maravilha está em que Ele deseja compartilhar isto com seus irmãos! (Jo 20.17; Rm 8.16-17, 29). Somos feitos filhos de Deus, por adoção, para que tenhamos acesso a esta graça, (Gl 4.5-7). Brevemente, Ele virá nos arrebatar para Si mesmo, a fim de que onde Ele esteja, estejamos nós também (Jo.14:1-4).

A ascensão significou para Cristo, como Filho do homem, ser glorificado à direita do Pai (Jo.17:1-5), não somente no que diz respeito à sua posição, acima de todo principado e potestade (Ef.1:20-23), mas também no tocante à real transformação de seu próprio ser, que nunca mais experimentará a morte (Rm.6:9,10; Ap.1:17,18).

A ascensão foi uma prova mais de suas reivindicações messiânicas, porquanto somente o grande Sumo-Sacerdote, que era o Logos eterno, poderia ter entrado assim até à própria presença de Deus Pai, tendo ele recebido esta exaltação (Gn 14.18-20; .Sl 110.4; Hb.7:21-8:2; 9:11-28).

A ascensão assinalou a inauguração do ofício de Cristo, como o único mediador, entre Deus e os homens (Rm.8; 1ª Tm.2:5,6).

A ascensão era necessária como condição da descida do Espírito Santo para estar na Igreja (Jo. 7.38-39; 14.16-17; 16:7,13-14; At.1:4,8,9; 2:1-4).

A ascensão é a garantia de nossa participação na glória do Pai, tal como a Sua ressurreição é garantia de nossa participação em sua vida ressurrecta. Nele, fomos feitos participantes de todas essas coisas e, finalmente, iremos para onde ELE entrou como nosso precursor. Participaremos da mesma transformação e da mesma vida que Ele desfruta atualmente. (Ef.1:19-23; 2ª Co.3:18; Cl.2:8,9).

Agora, Cristo está assentado à mão direita de Deus, até que todos os seus inimigos lhe fiquem sujeitos (Sl.110:1; 1ª Co.15:27,28; Fp.2:9-11). Ele está à direita do Pai para, finalmente, dar entrada aos remidos, por igual modo. Hb.2:12-13; 6:16-20; 7:1-28.

Apareções do Senhor Jesus Cristo ressuscitado


A ordem dos acontecimentos da ressurreição do Senhor Jesus Cristo:

Ladd, em Teologia do Novo Testamento, sugere a seguinte ordem dos acontecimentos, baseando-se em Mt.28.1-20; Mc.16.1-8; Lc.24.1-53; Jo.20.1-21.25:

1) As mulheres: Maria Madalena, Maria mãe de Salomé, Maria mãe de Tiago, Joana e “outra Maria” dirigiram-se ao sepulcro, no primeiro dia da semana (domingo de madrugada Ap 1.10), levando especiarias para ungir o corpo de Jesus;

2) pouco antes, descera um anjo de Deus (ou anjos) e removera a pedra do sepulcro, causando grande temor entre os guardas, que caem como mortos. Houve um terremoto e eles fugiram;

3) pouco depois disso, chegaram as mulheres. Elas encontram a pedra revolvida. Dois anjos falaram com elas a respeito da ressurreição de Jesus, e mandam-lhes compartilhá-la com os apóstolos e discípulos, e dizer-lhes que Ele iria adiante deles para a Galiléia;

4) Pedro e João, ao receberem a notícia, vão ao túmulo e nada encontram, a não ser os lençóis enrolados, (Lc 24.12; Jo 20.1-10);

5) Pedro e João examinam o túmulo e vão embora (Jo.20:1-10);

6) Maria Madalena volta à cena da ressurreição, chorando, ainda duvidosa; então vê os dois anjos e o próprio Senhor Jesus (Jo.20:11-18). Em seguida, Maria Madalena vai contar tudo aos outros discípulos;

7) Maria, mãe de Tiago, retornou com as outras mulheres ao sepulcro; as mulheres vêem os dois anjos (Lc.24:4,5; Mc.16:5-8), e ao receberem a mensagem angelical saem à procura dos discípulos, mas ao encontro delas sai o próprio Senhor Jesus (Mt.28:1-10; Jo 20.11-18);

8) Jesus aparece aos dez apóstolos (Tomé não estava) e aos discípulos, dentro da casa onde eles estavam, (Jo 20.19-23);

9) Jesus aparece aos dois discípulos no caminho de Emaús e entra em sua casa. Após dar graças pelo alimento, desaparece. Eles, deixando tudo, correm à Jerusalém para avisá-los aos apóstolos, (Lc 24.13-35);

10) Oito dias depois, Jesus reaparece aos discípulos, estando Tomé entre eles, que o adora como Deus e Senhor, (Jo 20.24-29);

11) Jesus aparece aos apóstolos, junto ao mar da Galiléia, em Tiberíades, (Jo 21.1-19);

12) A grande comissãoda dada a Igreja, (Mt 28.16-20; Mc 16.15-20; Lc 24.46-49; At 1.8);

13) A ascensão, próximo à Betânia, (Lc 24.50-53; At 1.9-11).


As tradições que envolvem a ressurreição, até mesmo aquelas preservadas nos evangelhos sinópticos, diferem muito quanto à ordem das manifestações e ao seu número. Mas, são unânimes na narrativa do grande fato da ressurreição.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

A ressurreição foi prevista nas Escrituras, comprovada pelos apóstolos e pela Igreja


A ressurreição de Jesus Cristo é o grande alicerce histórico da Igreja Cristã, sendo o elemento do qual se origina uma das principais diferenças da doutrina cristã, quando contrastada com outras religiões, cujos fundadores jamais puderam prever quando morreriam e que ao terceiro dia ressuscitariam, nem puderam se apresentar aos seus discípulos, como ressurretos dentre os mortos e, após inúmeras provas de suas ressurreições, serem glorificados à direita de Deus, o qual testificasse desse fato! O único foi o Senhor Jesus!

Comprovada pelos apóstolos: "(...) depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera; aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando do que respeita ao reino de Deus". (At 1.2-3). "(...) E que foi visto por Cefas (Pedro), e depois pelos doze". "(...) Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos. E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como um abortivo". (1a. Co 15.5,7,8). Os quatro evangelhos, detalhadamente, testificam desse fato (Mt.28; Mc.16; Lc.24; Jo.20).

Comprovada pela Igreja primitiva: Paulo afirma que mais de quinhentos irmãos tinham visto Jesus, após a sua ressurreição, assim: "Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também".(I Co.15:6). Teria sido fácil verificar o testemunho dessa gente, quando Paulo fez tal declaração.

Comproda pelas Escrituras - As Escrituras, também, previram e comprovam esse notável acontecimento:

a) Foi predito pelos profetas (Sl.16:10; At.2:22-36;13:34,35). Foi tipificada no sacrifício de Isaque (Gn.22:13; Hb.11:19); em Jonas (Jn.2:10; Mt.12:40);

b) Prevista pelo próprio Senhor Jesus (Mt.17.8-9; 20:17-19; Mc.9:9,10; 14:28; Jo.2:19-22);

c) O Senhor Jesus deu muitas provas infalíveis de sua ressurreição (Mt.28:1-10; Lc.24:35-43; Jo.20:20,27; 21:4-25; At.1:3,6-11);

d) A ressurreição foi confirmada pelos anjos (Mt.28:5-7; Lc.24:4-7, 23); pelos apóstolos (At.1:22; 2:32; 3:15; 4:33); pelos seus inimigos (Mt.28:11-15); e pelo apóstolo Paulo (At.25:19; 26:12-19, 23);

e) Ela foi efetuada pelo poder de Deus (At.2:24; 3:15; Rm.8:11; Ef.1:20); pelo Seu próprio poder (Jo.2:19-21; 10:17,18; 11:25-26); pelo poder do Espírito Santo (I Pe.3:18); no primeiro dia da semana (Mc.16:9); no terceiro dia após a sua morte (Lc.24:46; At.10:40-41; I Co 15:4).

A importância da ressurreição de Jesus Cristo

A ressurreição de Jesus Cristo

A ressurreição de Jesus Cristo e a sua glorificação à direita de Deus Pai é o ponto central da doutrina do evangelho. Ela tem implicações eternas para a vida de milhões de pessoas que depositaram a sua fé no Filho de Deus, e que aguardam nEle a sua salvação eterna, pela transformação de seus corpos mortais à semelhança do corpo imaculado do Senhor Jesus Cristo. Sem a ressurreição de Cristo, não haveria nenhuma esperança para o homem. O apóstolo Paulo explica detalhamente como será a importância e a ordem da ressurreiço em Cristo Jesus, como está escrito em 1a. Co 15.20-23, assim: "(...) Mas, de fato Cristo ressurcitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem (Adão), também a ressureeição dos mortos veio por um homem (Jesus). Porque, assim como todos morreram em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda". (1a. Ts 4.13-18).

A importância da ressurreição de Cristo

De acordo com as Escrituras, a fé na ressurreição de Cristo é essencial para a salvação (Rm 4.25; 10:9,10):

a) É a doutrina fundamental do cristianismo (1 Co.15). O apóstolo Paulo nos mostra que a pregação do evangelho depende da certeza desta doutrina (v.14); sem ela a fé é vã (v.14); os apóstolos seriam falsas testemunhas (v.15); os cristãos permaneceriam em seus pecados (v.17); os que dormiram em Cristo pereceriam (v.18); os cristãos seriam os mais infelizes de todos os homens (v.19). No livro de Atos dos Apóstolos encontramos relatos de pregações dos apóstolos e discípulos do Senhor, os quais enfatizavam a importância da ressurreição (At.2:24,32; 3:15,26; 4:10; 10:40; 13:30-37; 17:31). Nas epístolas também encontraremos a mesma ênfase (Rm.4:24,25; 6:4-7; 7:4; 8:11; 10:9; I Co.6:14; II Co.4:14; Gl.1:1; Ef.1:20; Cl.2:12; I Ts.1:10; II Tm.2:8; I Pe.1:21).

b) É fundamental para a salvação. Por causa do perdão dos pecados (1Co.15:17); da justificação (Rm.4:25; 8:32-34); da nossa esperança (ICo.15:19); da eficácia da pregação (1Co.15:14); da eficácia da fé (1Co.15:14,17); da nossa ressurreição em um corpo glorioso, tendo sido feitos participantes da natureza divina (1Co.15:49-57; 1Jo.3:2); para provar que Ele é o Filho de Deus (Sl.2:7; At 13:33; Rm.1:4). Deus ressuscitou ao Senhor Jesus Cristo dentre os mortos e O exaltou à Sua direita nos céus, para que Ele fosse o cabeça da Igreja (Ef.1:19-23); o Senhor de todas as coisas, nos céus, na terra e debaixo da terra (Fp.2:9-11); para conceder o Espírito Santo aos que nEle cressem (Jo.1:33; 15:26; 16:7; At.2:32,33); a remissão dos pecados (At.5:31); os dons ministeriais à Igreja (Ef.4:8-13); Ele ressurgiu para que fôssemos aperfeiçoados nEle para a salvação (Rm.5:8-10). Essa confissão não consiste de mera aceitação do fato histórico da ressurreição. Os soldados que estavam guardando o túmulo de Jesus creram nessa realidade ainda que, mentindo, a negassem posteriormente mas nem por isso se converteram. É evidente, pois, que a salvação nada tem a ver com formulas verbais e doutrinárias. Ela vem da expressa confissão verbal de um coração sincero que creu na mensagem do evangelho.

c) Para os santos remidos pelo sangue de Jesus ela significa que eles são gerados para uma viva esperança (1a. Pe.3:21); que desejam conhecer o seu poder (Fp.3:10); que ressuscitarão à semelhança de Cristo (Rm.6:5; 1a Co.15:49; Fp.3:21); e que é o emblema do novo nascimento (Rm.6:4; 2a. Co 5.17; Cl.2:12).

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Conclusão sobre a doutrina da salvação


A Obra perfeita, suficinte e eficaz da salvação consumada por nosso Senhor Jesus Cristo, está, claramente, expressa nas suas palavras ditas no cume da cruz do calvário, registradas nos Evangelhos, a saber:

a) Pelo apóstolo João, assim: "(...) Depois, vendo Jesus que tudo já estava comsumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Estava alii um vaso cheio de vinagre. Embeveram de vinagre uma esponja e, fixanmdo-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. Quando pois, Jesus tomou o vinagre, disse: ESTÁ COMSUMADO! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito". (Jo 19.28-30).

b) Pelo "médico amado Lucas", assim: (...) Então Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! e, dito isto, expirou". (Lc 23.46).

c) Também, pelo apóstolo Paulo foi registrada assim: "(...) Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou as terceiro dia, segunda as Escrituras (...) ". (1ª Co 15.3,4).


"A salvação é um Dom de Deus (Ef.2:8-9) e nos vem pela graça divina. Em relação à justificação, Deus é o Juiz e Cristo é o nosso advogado de defesa; o pecado do homem é sua frontal desobediência e agravo contra Deus, cuja penalidade é a morte; a expiação no sangue de Jesus é o cumprimento da exigência divina expressada em sua Lei, reveladora de Sua justiça e santidade; o arrependimento e a fé representam a convicção e aceitação da Obra expiatória de Cristo na cruz, trazendo a remissão dos pecados; o Espírito Santo testifica do perdão concedido, em Cristo, e realiza o novo nascimento; a vida cristã é obediência em santificação; e sua perfeição é o cumprimento da lei da justiça, no homem nascido de Deus (Rm.5:1,2; 13.8)". (Do livro Conhecendo as Doutrinas da Bíblia de Myer Pearlman).

Deus, através do Espírito Santo, forma em nós a imagem de seu Filho (Rm.8:29; 2ª Co 3.18). Toda essa realização está muito acima das possibilidades humanas. Tudo nos vem pela graça e méritos de Jesus Cristo (Rm.3:23-28; 6:23; Ef.2:8-10). A Deus demos toda glória! Amém!

Santificação último aspecto da salvação

Luiz de Carvalho - Cantor Cristão
A salvação é um processo que se inicia na conversão e termina na ressurreição de nossos corpos, no dia da vinda do Senhor Jesus Cristo. Assim, a “santificação”, como parte da salvação, está relacionada à separação da propriedade exclusiva de Deus (que somos nós) para uma vida que O glorifique (Rm.12:1-2). Tendo paz com Deus, e tendo recebido uma nova vida, o novo homem, dessa hora em diante, dedica-se ao serviço de Deus. Comprado por elevado preço (1Pe.1:14-19), já não é dono de si mesmo; não mais vive na prática do pecado, mas serve a Deus de dia e de noite (Lc.2:37). Tal pessoa é santificada por Deus e, por sua própria vontade, entrega-se a Ele para viver em santificação e em novidade de vida. Somos santificados (1Co.1:2), e Ele é feito para nós santificação (1Co.1:30). Ele é o autor da salvação eterna (Hb.12:2).


É como afirmou o teólogo "Myer Pearlman em seu livro Conhecendo as Doutrinas da Bíblia", assim: "O homem salvo, portanto, é aquele cuja vida foi harmonizada com Deus, foi adotada na família divina, e agora dedica-se a servi-Lo. Em outras palavras, sua experiência da salvação, ou seu estado de graça, consiste em justificação, regeneração, adoção e santificação. Sendo justificado, ele pertence aos justos; sendo regenerado, ele é filho de Deus; sendo santificado, ele é santo, literalmente uma pessoa santa” (Hb. 12:14).

Meios da Santificação


A santificação completa em três aspectos é operada integralmente em todo nosso ser: EPÍRITO, ALMA E CORPO, de dentro para fora, diante de Deus e dos homens, como LUZ E SAL DA TERRA, interagindo e interoperacionalizando em todo nosso ser, de tal maneira que possamos, como embaixadores do Rei e Senhor Jesus, refletir a Sua imagem pura e santa, verdadeiramente, em toda nossa maneira de viver. (1ª Pe 1.15-16).

Os meios e provisões para isto já foram providenciados por Deus, que são aqueles três:

1. O sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado. (1ª Jo 1.7b);

2. O Espírito Santo que nos regenera e nos guia. (Rm 8.14; Ef 1.13-14);

3. E Palavra de Deus que nos purifica, lava por dentro e por fora, até a divisão da alma e do espírito. (Jo 13.4-10; 15.3; 17.17; Ef 5.26-27; Hb 4.12) .

O que nos resta agora é vivenciar a Palavra de Deus, conforme disse o apóstolo Pedro: "Como filhos obedientes, (...) NÃO VOS CONFORMANDO COM AS CONCUPISCÊNCIAS QUE ANTES HAVIA EM VOSSA IGNORÂNCIA; MAS, COMO É SANTO AQUÊLE QUE VOS CHAMOU, SEDE SANTOS EM TODA VOSSA MANEIRA DE VIVER, PORQUANTO, ESCRITO ESTÁ: SEDE SANTOS, PORQUE EU SOU SANTO". (I Pe 1:14-16).

Tiago, irmão do Senhor, em sua epístola define a autenticidade da verdadeira religião, assim: "A religião pura e imaculada para com Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e APARTAR-SE DA CORRUPÇÃO DO MUNDO (Kosmos)". (Tg 1.27). É assim mesmo como Deus quer que vivamos neste mundo, santos e santificados em Cristo Jesus, como sendo as suas fieis testemunhas, para honra e glória do Seu nome. Obedeçamos o mandamento do Senhor Jesus que está escrito em Jo,17:17, "Santifica-os na VERDADE, A TUA PALAVRA É A VERDADE". Amém.

Três aspectos da santificação

A Santificação
Para uma melhor compreensão didática, dividimos este estudo em três pontos:

1. A santificação posicional diante de Deus.
É o aspecto da salvação da culpa do pecado. Baseia-se no valor eterno e imutável da obra redentora de Cristo Jesus na Cruz do Calvário, ou seja, a purificação dos nossos pecados no sangue de Jesus, (1ª Jo. l:7, Apoc. 1:5, 5:9 e Heb. 10:14, 18). É o preço suficiente pago por Jesus em resgate de nossas almas. (1ª Co 6.20; 1ª Pe 1.18-19; Ap 5.9).

2. A santificação vivencial, diária, prática.
É o aspecto da salvação do domínio do pecado. É, também, a vivência prática, autêntica, verdadeira, o testemunho vivo do novo nascimento que se processou interiormente, e que se reflete na maneira comportamental de ser, da nova criatura, pelo poder do Espírito Santo e da Palavra de Deus, a partir do interior para o exterior como nova criatura. (Mt. 5:5-16. Jo.3:1-21, 1ª Cor 5:17).

3. A santificação final.
É o aspecto da salvação da presença do pecado. Só acontecerá quando formos libertados definitivamente da presença do pecado e da morte física dos nossos corpos, os quais serão transformados, glorificados e imortalizados, à semelhança do corpo glorioso de nosso Senhor Jesus Cristo, na primeira ressurreição que se dará na Sua vinda para arrebatar a Sua Igreja Triunfante. (1ª. Cor.15:35-58, Fl 3.20-21;1ª.Ts 4:13-18).

As palavras santo, santos e santificados

Sgnificado das Palavras: santo, santos e santificados

Estudando a Palavra de Deus, verificamos que existem três palavras que explicam o sentido completo da SANTIFICAÇÃO, a saber: SANTO, SANTOS e SANTIFICADOS (no plural), indicando a composição dos santos ou a Igreja, (Ek+Klesia), ou seja, a comunidade dos comprados, lavados pelo sangue de Jesus e tirados do mundo (kosmos) para o serviço sagrado do SARCEDÓCIO SANTO E REAL, enquanto "POVO DE PROPRIEDADE EXCLUSIVA DE DEUS" (1ª. Pe.2:5,9-10; 1ª.Co.1:2; Rm 1:7; Ap. 20.6; 22:11b).

a) A primeira palavra, SANTO, é usada mais de 400 vezes no V. T. e cerca de 12 vezes no N. T. Seu significado é: "Ser separado daquilo que não é Santo", como está escrito no Salmo 1º v.1:"Bem aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores." Exemplo de Jesus em Heb. 7:26, está escrito assim:"...Com efeito nos convinha um Sumo Sacerdote, como este, Santo inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus". Note as palavras que explicam a santidade de Cristo: Ele era Santo (separado), imaculado, e separado dos pecadores. Portanto, Jesus é chamado de Santo, não só por ter domínio sobre pecado, mas, porque foi "separado", afastado ou apartado daquilo que não era Santo, do mundo “kosmnos”.

Etimologia da palavra SANTO. Vem do latim "sanctu" que significa essencialmente puro, soberanamente perfeito que indica a santificação pessoal vivenciada diante do mundo como "Sal e Luz" É o testemunho vivo do genuíno cristão. "Esta palavra no A. T. (Antigo Testamento) representa duas palavras hebraicas, significando uma delas PIEDOSO (Prov.2:8) e a outra SEPARADO (Sal.89:5,7; Dan. 7:18.), que no seu equivalente grego no Novo Testamento é adotada com uma designação característica da comunidade cristã. Exemplo: At. 9:13; Rom. 1:7; 1ª.Co. 1:2; 2ª Co.1:1. E, assim, por aquela expressão se indica em primeiro lugar a CHAMADA e ESTADO do crente cristão; e em segundo lugar as qualidades próprias do crente genuíno, as quais derivam de tão alto privilégio". (Dic.Bíb.Univ.de A. R. Buckland -M. A.).

b) A segunda palavra, SANTOS, é usada 62 vezes no N. T. e se refere aos crentes coletivamente, como o corpo de Cristo - a Igreja (Ek+Klesia) -, isto é, os tirados do mundo (kosmos) para formar o corpo de Cristo consagrado ao Seu serviço como sacerdócio santo, conforme está escrito: 1ª Pe 2.5: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo”. É a palavra mais freqüentemente usada em referência aos filhos de Deus, como em 1ª. Co 6:11. Observemos, ainda, como diz Paulo na primeira carta aos Corintios: 1:2: "À Igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados (separados) em Cristo Jesus, chamados para ser santos...".Notemos no texto o que diz: "...chamados para ser santos...", separados do mundo para a Obra de Deus, por isso, não são mais do mundo, mas santos, como disse Jesus:"...Não são do mundo, assim como Eu do mundo não sou..." Jo. 17:16.

c) A terceira palavra SANTIFICADOS , que indica a maneira de ser de todos os santificados no sangue de Jesus diante de Deus Pai e do mundo (kosmos).

Aparece mais de 100 vezes no V. T. e mais de 30 vezes no N. T. O seu significado básico é "separados". Exemplo: Jo 17:19 "... Disse Jesus: - E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade." Quando Jesus disse: "- Eu me santifico a mim mesmo", Ele estava afirmando ao Pai que se separava a si mesmo para a Obra que tinha a realizar. Santificar aqui quer dizer separar simplesmente, e não progredir em santidade, pois, Jesus como o Filho de Deus não tinha pecado, era Santíssimo no sentido absoluto, não precisava crescer mais em santidade. Apenas Ele se separou do “kosmos” para morrer na Cruz. Esta passagem revela que a palavra "santificado" significa basicamente separado. Assim também, o crente é perfeitamente santificado diante de Deus, porém, como Cristo, precisa se separar do mundo (kosmos) e do domínio do pecado para realizar, em verdadeira consagração, a Obra de Deus.

Salvação Eterna


Mais Perto Quero Estar


A salvação do crente genuíno é um ato irrevogável! uma vez salvo, salvo para sempre! uma vez filho de Deus, é filho para sempre, e não bastardo (Jo.1:11-13; Rm.11:29; Hb.12:6-8; 1Jo.3:1,2).

A doutrina da salvação eterna do crente genuíno tira o medo e a dúvida do coração do homem, infundindo nele a confiança e a esperança; elimina os nocivos “ventos de doutrina”, fornecendo-lhe a segurança e fortaleza no conhecimento da verdade.

Leiamos alguns textos bíblicos que nos ensinam a segurança eterna do cristão:

1. "O qual também nos selou e nos deu como penhor o Espírito em nossos corações" (2ª Co.1:21-22). Deus, em Jesus Cristo, nos deu do seu Espírito (v.21). O ato de selar é uma forma de segurança contra a abertura de documentos. Assim, os que estão em Cristo, têm este selo do Espírito Santo que garante a sua propriedade divina. Seu destino final é a nossa morada nos céus (Dn.6:17; - Ef.1:13-14) "(...) Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra a verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele crido também, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória" - A palavra “penhor” significa “garantia; segurança” (2ª Co.5:5; Ef 1:14), isto é, garantia de tudo quanto está envolvido na salvação. Pelo selo do Espírito Santo, no espírito e alma do homem regenerado, há uma transformação interior, mudando-o "de um ímpio pecador, em um santo adorador". Ele garantiu possessão final e completa de tudo o que a vida eterna significa.

2. "Porque eu sei em quem tenho crido e estou bem certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia". 2ª Tm. 1:12. O apóstolo está convicto, não tem dúvidas, não tem receio, tem fé! Sabe que Ele é poderoso e tem toda autoridade nos céus e na terra (Mt.28:18). A vida que é entregue a Deus está segura em suas mãos. Deus é quem a está guardando e este depósito, ninguém o pode confiscar. A expressão “até aquele dia” é muito séria, e nos faz lembrar das palavras de Jesus aos seus discípulos: "Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus" (Lc. 10:20). Alegrai-vos! é a ordem do Senhor! O que nos resta fazer? Exultar! Portanto, exultem cidadãos do céu! No céu não tem borracha, nem apagadores, nem revisores de texto. Se o seu nome foi escrito no céu, no livro da vida do cordeiro, - Ap. 21:27: "E não entrerá nela coisa alguma que contamine, e cometa abominaçao e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro" - você já está relacionado como um morador da Nova Jerusalém, e ninguém pode mudar este fato! Como filho de Deus você já pertence ao aprisco celestial do Bom Pastor, (Jo 10.9-16). Como está escrito: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém arrebará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e nimguém pode arrrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um". Portanto, a ovelha nasce, vive e morre como ovelha, porque tem a natureza de ovelha e não de cão ou de porca lavada que gosta da lama, é uma questão de natureza diferente. (2ª Pe 2.22).

A certeza da salvação




Como posso ter certeza de salvação? Resposta: Deus o declarou expressamente pela Sua Palavra! Ele afirma clara e categoricamente que toda pessoa que confia sua vida a Cristo, é perdoada e salva, recebe a vida eterna e está segura para sempre (Jo.3:16; 5:24; 10:27-30; Rm.8:1-2, 31-39; 10:9,10). É a Palavra de Deus que nos dá a certeza da salvação eterna em Cristo Jesus, assim:

1. Primeiro, é Jesus mesmo quem nos garante esta certeza, dizendo: "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me eniou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida" (Jo 5.24). "As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. E dou-lhes a vida eterna; e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão do meu Pai. Eu e o Pai somos um". (Jo 10.27-30).

2. Segundo, é o apóstolo quem afirma, assim: "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte". (Rm 8.1-2).

3. Terceiro, o apóstolo João, categoricamente, confirma, assim: "E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e estga vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus". (1ª Jo 5.11-13).

4. O que deve fazer o arrependido pecador para ser salvo, então? É como o apóstolo Paulo respondeu à pergunta do carcereiro filipense, assim: "(...) Crê no Senhor Jesus e serás salvos, tu e tua casa" (At 16.31).

Então, a certeza da salvçã0 é para aquele que crê em Jesus Cristo como seu suficiente Salvador e Senhor, sem nenhuma dúvida, crendo na veracidade absoluta da Palavra de Deus.

Salvação Aceita

Cem ovelhas - Oseias de Paula

Aceitar a salvação gratuita de Deus, o favor imerecido, é preciso:

1. Arrepender-se de seus pecados (Mc.1:15; Lc.13:3; At.2:37,38).

O arrependimento consiste em uma mudança de direção, uma mudança de atitude com relação ao pecado, mudança de comportamento, mudança de coração e mente (2 Co.7:10). A indiferença do pecador é substituída por um desejo sincero de salvação; a sua auto-suficiência, por uma franca confissão de incapacidade espiritual; o seu orgulho, por humildade.

2. Crer em Jesus Cristo, como seu único e suficiente Salvador (Ef.1:13;2:8-9; 1Jo.5:9-12; Mc.1:15; 16:15,16).

Crer no testemunho de Deus com respeito à pessoa e obra de seu Filho (1Jo.5:9-13). Sendo um pecador, culpado e perdido, ele deve crer no fato de que Cristo morreu por ele, levou os seus pecados, tomou o seu lugar na cruz, realizou uma obra perfeita, fazendo tudo o que era necessário para a sua salvação. (Hb.10:10,14-20; 1Jo. 5:13).

3. Confessar a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida (Rm.10:9,10).

Este é um passo importante e decisivo, por que é um ato definido de vontade. Como saber se alguém creu, ou não, em Jesus? Se alguém não crer nele, como irá confessá-lo? Confessá-lo como único e suficiente Salvador e Senhor de sua vida, significa entregar-se totalmente a Ele. Crer, neste caso, também é obedecer (Mt.7:21-29; Lc.6:46; 1Jo.2:4; At.16:30,31)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Salvação Providenciada


Deus tomou a iniciativa na salvação do pecador. Foi Ele quem providenciou o meio para que o pecador se aproximasse dele entregando seu Filho para o sacrifício vicário na cruz do calvário, conforme está escrito, assim: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo.3:16; 16:8; Rm.10:8-17; Ef.2:8,9); a Graça nos foi concedida pelo Senhor e até a fé salvadora, vem pelo ouvir, o ouvir a Palavra de Deus (Jo.1:16-17; Ef. 4:7; Rm.10:17).

1. Cristo veio para ser o salvador (Mt.1:21):

O Unigênito do Pai se fez carne a fim de providenciar a salvação da humanidade (Jo.1:1,14; 3:16,17).

2. A vida, morte e ressurreição de Cristo, satisfizeram plenamente todas as exigências de Deus Pai (ICo.15:14; Rm.4:25).

Deus demonstrou sua plena aceitação do sacrifício de Cristo, pelo fato de ressuscitá-lo dentre os mortos e assentá-lo à sua destra, acima de todo o poder e autoridade (At.5:31,32; Fp.2:8-11; Hb.1:3, 13; 8:1; 10:12; 12:12).

Quando Cristo, voluntariamente, foi a cruz, morreu como sacrifício (oferta) de substituição em favor dos pecadores. O castigo de Deus contra o pecado caiu sobre Ele (Is.53; Rm.5:6-11; 1Pe.2:24), satisfazendo toda a justiça divina. Agora, Deus Pai não aceita outro mediador, entre Ele e os homens (At.4:12; ITm.2:5).

O que deve fazer então o homem agora? A resposta se encontra em At.16:30,31, onde se pergunta: "o que devo fazer para ser salvo"? Cuja resposta foi: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo..."!

Necessidade da Salvação




Por que falamos de salvação? Será que todo homem necessita de salvação? A necessidade da salvação do homem vinda da parte de Deus se deve a dois fatos que cada pessoa tem que enfrentar:

a) O fato da pecaminosidade do homem (Rm.3:23) todo homem é pecador (Sl.51:5; 1Jo.1:8-10);

b) Deus é justo e santo (Sl.89:14; 36:6) Deus condena o pecado, sendo Ele mesmo Juiz contra todos aqueles que morrem em seus pecados (Jo.3:36); a sentença é o afastamento eterno da sua presença (Jo.8:21-24; Ap.20:11-15).

A Bíblia é muito clara sobre este fato: O homem está perdido e precisa ser achado (Lc.19:10); está condenado e precisa de absolvição (Is.53:6); está espiritualmente morto e precisa de vida (Ef.2:1); está em trevas e necessita de luz (Jo.1:4,5,9); está doente e necessita de médico (Mt.9:12); é culpado e necessita de justificação (Rm.3:21-23); é pecador e necessita de perdão (Rm.5:12-19); é um escravo e precisa de libertação (Jo.8:32); é absolutamente incapaz de salvar a si mesmo (Is.64:6).

A Salvação - Justificação, Regeneração e Santificação



Adotaremos aqui a mesma divisão utilizada por Myer Pearlman, em seu livro “Conhecendo as Doutrinas da Bíblia”, para o estudo da doutrina da salvação. Ele a subdividiu em três aspectos: justificação, regeneração e santificação, como partes integrantes e inseparáveis de uma mesma verdade. Veremos, inicialmente, os dois primeiros aspectos da salvação e, depois, o aspecto da santificação num capítulo mais detalhado.

1. Justificação - é o ato de Deus pelo qual Ele declara justo aquele que crê em Jesus Cristo. O homem, que era culpado e condenado perante Deus, agora é absolvido e declarado justo pelo próprio Deus (justificado), por meio de Jesus Cristo (Rm.5:1). Nos que estão em Cristo, a justiça de Deus é manifestada (2Co.5:21) e por Ele obtemos o perdão dos pecados (Ef.1:7).

2. Regeneração e Adoção – regenerar significa gerar de novo. O homem, morto em transgressões e ofensas, precisa de uma nova vida em Cristo, sendo esta concedida pelo ato divino do novo nascimento (Jo.1:12,13; 3:3-5). Sugere uma cena familiar. O crente é um com Cristo, em virtude de sua morte expiatória e do Seu Espírito vivificante. Nele somos feitos novas criaturas, com uma nova vida (2Co.5:17). O novo homem, em Cristo, torna-se herdeiro de Deus e membro de Sua família (Rm.8:14-17).
3. Santificação – a salvação é um processo que se inicia na conversão e termina na ressurreição de nossos corpos, na dia da vinda do Senhor Jesus Cristo. Assim, a “santificação”, como parte da salvação, está relacionada à separação da propriedade exclusiva de Deus (que somos nós) para uma vida que O glorifique (Rm.12:1-2). Tendo paz com Deus, e tendo recebido uma nova vida, o novo homem, dessa hora em diante, dedica-se ao serviço de Deus. Comprado por elevado preço (1Pe.1:14-19), já não é dono de si mesmo; não mais vive na prática do pecado, mas serve a Deus de dia e de noite (Lc.2:37). Tal pessoa é santificada por Deus e, por sua própria vontade, entrega-se a Ele para viver em santificação e em novidade de vida. Somos santificados (1Co.1:2), e Ele é feito para nós santificação (1Co.1:30). Ele é o autor da salvação eterna (Hb.12:2).

O homem salvo, portanto, é aquele cuja vida foi harmonizada com Deus, foi adotada na família divina, e agora dedica-se a servi-Lo. Em outras palavras, sua experiência da salvação, ou seu estado de graça, consiste em “justificação, regeneração, adoção e santificação. Sendo justificado, ele pertence aos justos; sendo regenerado, ele é filho de Deus; sendo santificado, ele é santo, literalmente uma pessoa santa”. A santificação está consubstanciada na salvação fomando um conjunto integralizado, conforme vemos em Hb. 12:14, assim: "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor". Este item será estudado, detalhamente, em um capítulo específico.

Introdução a doutrina da salvação


Estudaremos, a partir desta lição, uma das mais importantes doutrinas da Igreja: a doutrina da salvação. Os teólogos a chamam de “soteriologia”, que é a parte da teologia que estuda a doutrina da salvação. A expressão soteriologia vem do grego sõteria, que significa “salvar”; “salvador” ou “libertador” encontrada em textos como: Lc.2:11; Ef.1:13; Hb.7:25).

Quase a totalidade dos grupos religiosos atuais, não pregam a certeza de salvação. Alguns sequer cogitam disso, nem crêem na possibilidade da salvação, como os espíritas, por exemplo. Já os católicos romanos pensam que a salvação só é possível com o concurso das obras, e ninguém (senão Deus) pode saber quem é salvo, ou não. Por isso, praticam missas em sufrágio das almas, acrescidas das indulgências, votos e penitências aos santos, na tentativa de “colaborar com Deus” para a salvação de seus entes queridos falecidos.

Entre os evangélicos, há os que defendem a predestinação determinista, isto é, Deus já teria determinado os que serão salvos e perdidos, independetemente de qualquer atitude ou manifestação da vontade deles. Por outro lado, há quem ensine a perda da salvação, ou seja, a salvação estaria condicionada a certos pré-requisitos que, se não cumpridos, sujeitaria ao transgressor à perda da salvação. Há, ainda, os que anunciam o evangelho da prosperidade, do “aqui e agora” e, nem ao menos falam em salvação, estando mais interessados em lucros, domínio, posição eclesiástica e outros assuntos.

A Igreja de Cristo no Brasil crê, à semelhança de grande parte das igrejas evangélicas tradicionais, no que a Palavra de Deus ensina, a qual nos mostra, com absoluta clareza, que se alguém é salvo, está salvo para sempre, conforme Jo.10:27-30; Rm.5:1-2; 8:1-2, 31-39; 1Jo.5:1-13.

Não há como aceitar a perda da salvação, à luz das Escrituras. As decisões e propósitos divinos são imutáveis (Rm.11:29). Deus não está sujeito às incertezas do proceder humano, e tão pouco age diante de méritos humanos.

Rosa Vermelha - Luiz de Carvalho

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Conclusão



Na redenção, Deus demonstra a sua graça e o seu amor para conosco, tendo dado o seu próprio Filho como preço do resgate de nossas vidas. Esse Plano de Deus é eterno e tem Cristo como centro (Ef.1:4,5; 1Tm.2:5). Ele é a Palavra Eterna, a revelação de Deus para toda criação. Esta revelação inclui a nossa redenção (Jo.1:1-14; Ef.1:3-14); Ele como o único mediador entre Deus e os homens (1Tm.2:5); único Salvador (Jo.3:16; At.4:12); o caminho, a verdade e a vida (João 14:6).

Liberdade! Esse é um dos resultados da redenção, em Cristo (Gl.5:1). Essa liberdade da escravidão do pecado (Rm.6), no entanto, não nos deve conduzir ao pecado (Gl.5:13), mas à prática da lei de Cristo, que é o amor (Rm.13:8-14; 1Co.9:19-22; Gl.5:14-6:2).

Jesus Nosso Representante e Substituto

Jesus é o nosso substituto porque tomou o nosso lugar, enquanto que, como representante, Ele agiu (e age) em nosso favor, fazendo-se presente em nosso lugar diante de Deus, visto que não poderíamos comparecer perante Ele, em defesa própria.

Cristo é o nosso representante diante de Deus. Ele é o cabeça da geração eleita, a geração dos remidos (Rm.5:12ss). É o nosso irmão mais velho, em cuja imagem moral e metafísica estamos sendo transformados (Rm.8:29 2Co.3:18). E isso significa, finalmente, que participaremos plenamente da natureza divina, da mesma maneira que Ele veio participar de nossa natureza humana (2 Pe.1:4). Ele tornou-se o representante daquilo que os remidos haverão de ser, mediante a redenção e a transformação à sua imagem.

Por outro lado, Cristo é o representante de Deus Pai, entre os homens (Jo.1:16-18; 8:28,29; 14:9; Jo 17.1-26).

Jesus é o nosso substituto. Nele foram satisfeitas as justas exigências de Deus contra o pecado e, por conseguinte, em seu valor supremo, o Senhor Jesus cumpriu toda a justiça de Deus. A "satisfação" dada a Deus pelo sangue de Jesus, se reveste de valor infinito e imutável. Jesus nos substituiu na cruz do calvário, portanto, sejamos gratos a Ele e aceitemos todos, sem demora, esta maravilhosa manifestação do amor de Deus!

A Expiação no Sangue de Jesus Cristo

Expiação significa, segundo o dicionário Aurélio: “remir (a culpa), cumprindo uma pena; purificar através de sacrifício; tornar puro, sofrendo as conseqüências disto.” De fato, a obra redentora de Cristo está estreitamente ligada à expiação 1Jo.1:7. Sem ela, não haveria salvação! Ela é o único modo pelo qual Deus poderia perdoar o pecador e, ao mesmo tempo, satisfazer a sua justiça. No latim, “expiação” é composta de duas palavras: “ex” (completamente) e “piare” (aplacar; purificar). Segundo Cl.1:20; 2.14, a expiação produz paz com Deus e reconciliação.

Referências bíblicas da expiação: A expiação é aplicada (Rm.5:8-11; 2 Co.5:18,19; Gl.1:4; 1Jo.2:2; 4:10); foi preordenada por Deus (Gn.3:15; Rm 3:25; I Pe.1:11,20; Ap.13:8); ela é universal, porém, Deus exige que seja concedida somente a todo aquele que crê e for batizado em Jesus (Mt.7:13,14; Mc.16:16; Lc.13:23,24; Jo.3:16-19;5:24-29; At.16:30,31; 1Tm.2:4-6); foi predita (Sl.22; 69:20,21; Is.7:14; 53:4-12; Zc.13:1,7); foi efetuada por CRISTO (Jo.1:29,36; At.4:10-12; 1Ts.1:10; 1Tm.2:5,6; Hb.2:9; 1Pe.2:24); voluntariamente (Sl.40:6-8; Hb.10:5-9; Jo.10:11-18). A Expiação exibe a graça e a misericórdia de Deus (Rm.8:32; Ef.2:4-7; 1Tm.2:4; Hb.2:9); o amor de Deus Pai (Jo 3.16; Rm.5:8; 1Jo.4:9,10); o amor de Jesus (Jo.15:13; Gl.2:20; Ef 5:2,25).

Em 1Jo.2:2 lemos: "Ele (Jesus) é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo". Isto significa que o sacrifício de Jesus Cristo foi feito por todos, não, porém, que todos tenham sido salvos por ele (o sacrifício). Tanto é verdade, que o próprio Senhor Jesus previu a morte e condenação para muitos. A extensão da expiação, da salvação, das bênçãos espirituais, não é universal, mas alcança somente aos que nascerem de novo, tendo sido feitos filhos de Deus (Jo.1:12-14; 3:16-19; 5:24-29; 1Tm.2:4-6). O apóstolo Paulo confirma isto, em 2 Ts.3:2b, dizendo: “...pois a fé não é de todos”. E, Jo.3:36b, diz: “...mas todo aquele que rejeita o Filho não verá a vida, pois sobre ele permanece a ira de Deus”.

A expiação é um ato de Deus, pois Ele apresentou a Jesus para propiciação, pela fé, no seu sangue (Rm.3:25). E, mais adiante, afirma: "porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios" (Rm.5:6). Lemos em Ef.1:7: "no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados"; e, em Ef.5:2: "Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave". Citamos, ainda: Ef.2:13,16; Cl.1:14,20,22; 1Tm.2:6; Tt.2:14; Hb.9:27; 10:10; 1Pe.1:18,19; Ap.5:9).

Redenção da Presença do Pecado

É chamada, também, de “redenção final”, pois ocorrerá quando formos libertado da presença do pecado e da morte física no nosso corpo, o qual será transformado, glorificado e imortalizado, à semelhança do corpo glorioso de nosso Senhor Jesus Cristo, quando de sua vinda para arrebatar a sua Igreja Triunfante (Rm.8:19-25; 1Co.15:35-58; 1Ts.4:13-18; Fp.3:20,21; 1Jo.3:1-3). Isso é realmente maravilhoso, por que seremos semelhantes ao Senhor Jesus, pois não teremos mais a presença do pecado em nossos corpos, não mais morreremos e seremos glorificados! Será assim mesmo, quando Deus transformará nossos corpos completamente, para nós nos apresentaremos diante dele, com nossos corpos transformados "santos e irrepreensíveis diante dele...", e não nos envergonharmos dele na sua vinda. Como escreveu o apóstolo Paulo aos Filipenses, assim: "Mas nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas". Leir: Fl 3.20-21; 1Ts.4.13-18; 5:23 e 1Jo.2:28.

A Redenção da Maldição da Lei (Gal 3.13)

Visto que a redenção livra da servidão ao pecado, seu alcance é tão amplo como o escopo do pecado e do mal a ele inerente. Este livramento envolve, também, a redenção da maldição da lei (Gl.3:10-14), e da exigência da obediência à lei, como um meio de alcançar a salvação (Gl.2:16-19; Fl.3:9).

Em relação a esta compreensão, muito nos auxiliará o estudo profundo das epístolas aos Gálatas, Romanos, Colossenses e Hebreus.

Jesus e a Lei (Mt.5:17-20) - De fato, as declarações de Jesus acerca da lei ultrapassam em muito a teologia judaica comum. Por exemplo: Jesus reconheceu a autoridade vigente da lei de Moisés (Mt.5:17); mas, rejeitou a hipocrisia dos fariseus na observância da mesma lei (Mt.23;23,25,26); recomendou às multidões que fizessem aquilo que era ensinado pelos escribas e fariseus, embora não devessem praticar as suas obras (Mt.23:1-3); Ele deu o sentido verdadeiro de interpretação da lei (Mt.5:21ss). Quanto um certo mamcebo indagou o que teria de fazer, a fim de herdar a vida eterna, Jesus lhe disse: "...guarde os mandamentos"? Essa é a verdade! Não há aqui nenhuma “segunda intenção” de Jesus. Ele está sendo absolutamente sincero, e fala exatamente do que sabe ser correto! O interessante no texto, é que o homem acredita que já pratica essa verdade! Porém, quando Jesus lhe mostra o verdadeiro sentido da Lei, mandando-lhe vender tudo o que tivesse, para dá-lo aos pobres, e depois vir a Jesus e segui-Lo, o que aconteceu? Ele ficou extremamente decepcionado consigo mesmo! Onde estava o problema: na Lei, ou no homem que quer agradar a Deus pela Lei?

Paulo e a Lei - Paulo ensina que a lei é o “aio” (guia) que nos conduz a Cristo. A lei demonstra a justiça de Deus, sendo, portanto, santa, pura e perfeita. Mas, ao mesmo tempo, revela ao homem sua completa impossibilidade de alcançar aquele padrão divino de justiça, através de seus méritos ou esforços pessoais.

A lei mostra ao homem a sua verdadeira natureza pecaminosa, levando-o a buscar em Cristo, escape do juízo de Deus, porque somente Jesus cumpriu toda a justiça da Lei, concedendo-a, gratuitamente, àqueles que nEle crêem. Ora, sermos livres do juízo de Deus ¾ porque havíamos transgredido a sua lei e a sua justiça ¾ o qual foi derramado sobre o justo Senhor e Salvador Jesus Cristo, não nos dá o direito de abusarmos da graça de Deus, ou de desprezarmos a sua Palavra, sob pretexto de sermos “livres da lei”.

O homem sem Cristo é escravo do pecado O que a Palavra de Deus ensina é que, quem está na carne, não pode, jamais, cumprir a Lei, por causa do pecado; pois a lei é santa, espiritual, justa e boa (Rm.6:14,15).. Porém, aquele que está em Cristo, já não está mais na carne, mas no Espírito (Rm.8:5-14) e alcançou maior justiça, que é a de Cristo, do que a dos escribas e fariseus.

Agora, o novo homem em Cristo deve andar no Espírito (Gl.5:16), cumprindo a Lei de Cristo (Gl.6:2), através do amor, que é, no final das contas, o próprio cumprimento da Lei de Moisés e de toda a Escritura!!! (Rm.13:8-10; Gl.5:13-15). Vemos, assim, que a lei se cumpre em nós, não para a salvação, mas porque somos salvos e amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos, por meio daquele que nos amou, o Senhor e Salvador Jesus Cristo e da atuação poderosa de seu Espírito Santo, no homem interior!

O homem não deve, e não pode buscar estabelecer a sua justiça pelo cumprimento da lei, pois ele, fatalmente, se colocará debaixo da maldição da lei (Gl.3:10-12). Então, o que era impossível a nós, Cristo fez nos libertando dessa maldição (Gl.3:13,14). Então, o objetivo da lei, que era o de servir de “mestre-guia” ou “aio”, até que Cristo viesse, foi cumprido (Gl.3:21-24). Uma vez unidos a Cristo, pelo novo nascimento, e sendo participantes da justiça de Cristo, o objetivo da lei é cumprido (Gl.3:26,27), e o homem é declarado justo, pela fé em Jesus Cristo (Rm.10:1-11).

Resumimos a redenção da maldição da Lei, assim: (Gal 3.13)

1 - Paulo rejeitava qualquer possibilidade de que a salvação pudesse ser obtida mediante a guarda da lei, mas somente pela justificação pela fé, em Cristo Jesus (Rm.3:20-28; 4:13; Gl.3:11).

2 - Não é por causa da lei que o homem não é salvo (Lv.18:5; Gl.3:12), mas porque o homem natural jamais poderá cumpri-La, por causa de sua natureza pecaminosa (Rm.3:20; 7:7,8).

3 - Isso conduz o homem a procurar em Jesus Cristo outra solução, que se encontra na graça divina. (Gl.3:12; Rm.7:11)

4 - A própria lei é boa. Nada há de errado com a qualidade moral da lei (Rm.7:12,14). Mas, apesar da lei mostrar o que é bom, e condenar o que é mau, ela não tem qualquer poder para ajudar o homem a seguir a bondade e evitar a maldade. O sétimo capítulo de Romanos demonstra isso claramente. O principio do pecado inerente ao homem, é forte demais para ele. Se quiser ser salvo, terá de socorrer-se em Cristo e no poder do Espírito Santo (Rm.7:24,25; 8:1ss).

5 – Entretanto, o plano de Deus é que a sua lei se cumpra em nós, que temos sido alcançados pela sua graça e misericórdia (Rm.8:3-17), enaltecendo o papel singular operado pelo Espírito Santo.

6 - deste modo, o Espírito Santo nos guia à vida de santificação e à prática da Lei de Cristo: que é o amor! Todas as obrigações morais da lei cumprem-se no amor ao próximo (Rm.13:8ss).

7 - Paulo nunca ensinou que a lei deixou de existir, ou perdeu qualquer significado para nós (Rm.3:31). Mas, pelo contrário, vemos que o apóstolo ensina que ela tem seu cumprimento em nós, no amor de Cristo (Rm.13:8-10), seguindo o exemplo do próprio Senhor Jesus Cristo (Mt.5:17-20). Esse é o propósito de Deus (Jr.31:31-34).

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Redenção do Domínio do Pecado

Após a experiência do novo nascimento, tendo sido “mergulhado” (batizado) em Cristo, em sua morte e ressurreição, tendo sido selado com o Espírito Santo, o novo homem em Cristo passa a ser livre do domínio do pecado em sua vida (Rm.6:12-18).

É na prática o domínio do novo homem em Cristo sobre o velho homem adâmico. É a vivência prática, autêntica e verdadeira de um testemunho vivo do novo nascimento, que se processou interiormente, e que se reflete na maneira comportamental de ser, da nova criatura em Cristo, pelo poder do Espírito Santo e da Palavra de Deus, do interior para o exterior do cristão genuíno (Rm.6:1,2,17,18; Gl.2:20; 5:16,24).

A maneira de ser do novo homem em Cristo, revela quem o domina: se a carne ou o Espírito Santo; se o “eu” carnal, ou Cristo. Certamente distingue o verdadeiro crente, do falso; o “nominal-teórico”, do “genuíno-prático”. Isto só pode ser conhecido pelas nossas ações diárias. Se somos luz e sal da terra, então, os homens “verão” as nossas boas obras e glorificarão a Deus (Mt.5:13-16). Sua vida reflete essa verdade bíblica, diante dos homens?

O apóstolo Paulo definiu o verdadeiro testemunho cristão, em Ef.4:24 e Rm.12:1-2. O crente fiel, que apresenta o seu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, separando-se do mundo ímpio e corrompido pelo pecado, ele, por inteiro, oferece-se em consagração ao serviço do seu Senhor, como ressurreto dentre os mortos, no altar da graça (Cl.3:1-17). A vontade de Deus é que a imagem santa de seu Filho seja refletida em nossas vidas (2 Co.3:18).

Rude Cruz - André Valadão

Redenção da Pena do Pecado

A morte expiatória de Cristo Jesus na cruz foi o preço pago pelos nossos pecados. Ele assumiu o castigo que deveria cair sobre nós e nos reconciliou com Deus (Is,53:4-10; Rm.3:24-26; 4:25; 5:6-10; 8:1-4; 1Co.6:20; Ef.1:7; Cl.1:14). Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, pagou um alto preço para a nossa redenção, quitando nossa dívida, diante de Deus (Hb.9:27,28).

O Deus Unigênito se fez carne, morreu e ressuscitou, vencendo a morte e ao império das trevas e a Satanás. Cristo venceu o pecado e a morte, sendo glorificado à direta de Deus Pai (Rm.8:1-4; Ap.1:17,18). E o que é a morte agora para o crente? A própria morte é nossa, diz o apóstolo Paulo, como também nossa são todas as coisas, em Cristo (1Co.3:21-23). Devido ao Bendito Salvador, ter entrado por mim na morte, e também no julgamento, ele se tornou para mim a redenção da morte (pena), tornando-se assim a minha salvação. O pecado que tem por salário a morte, foi eliminado pela sua própria morte. O julgamento foi sofrido por mim ali na cruz do calvário, quando eu fui “mergulhado” nele (Rm.6:3-6). A vida eterna, não pode ser adquirida pelo esforço do homem, mas precisa ser recebida pela fé no doador da vida, isto é, Jesus Cristo (Ef.2:8,9).

Redenção da Culpa do Pecado



A REMISSÃO DOS NOSSOS PECADOS.

A redenção da culpa do pecado custou o preço do sangue precioso de nosso Senhor Jesus Cristo na cruz do calvário, como disse o apóstolo Paulo assim: "24sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, 25ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus". Rm 3.24-25

Todo pecado envolve culpa, porque, em alguma medida, uma lei ou norma de conduta foi violada (Rm.2:11-15). Ser culpado equivale a merecer a justa punição pelos pecados cometidos (Rm.3:23). Em Lv.4:13; 5:2, lemos que a quebra de qualquer dos mandamentos de Deus, incorria em culpa. A passagem de Tg.2:10, afirma que quebrar um só mandamento da lei, apesar dos demais estarem sendo obedecidos, resulta em culpa. Assim sendo, o homem pecador necessita de redenção e resgate, pois se encontra, por sua própria culpa e pecado, submetido ao poder do pecado e da morte.

Os homens, de fato, são escravos do pecado, e não podem ser livres, se não houver a interferência de alguém a seu favor, que pague o preço de sua dívida pelo pecado, bem como lhe restitua aquilo que ele havia perdido. A Palavra de Deus nos afirma que, somente Jesus tem esse poder (Jo.8:32-36).

Aspecto da salvação da culpa do pecado: Deus interveio a favor dos homens para a salvação, por meio de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Jo.4:42; At.5:31; Rm.1:16; Ef.1:13; 1Co.1:21; Fp.3:20; 1Tm.1:15; Hb.2:10; 5:9; 7:25; 1Pe.1:15). A obra redentora de Cristo Jesus, na cruz do Calvário, é perfeita e eficaz, feita uma só vez, para a purificação de nossos pecados no seu sangue (1Co.6:20; 1Pe.1:18; 1Jo.1:7; Ap.1:5; 5:9). Desta forma, somos libertos de uma consciência culpada diante de Deus, tendo livre acesso a sua presença (Hb.10:10,14,18-23).